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ALERTA! Disparada dos grãos põe mercado de reposição em compasso de espera

    ALERTA Disparada dos graos poe mercado de reposicao em compasso de espera

    Recriadores e invernistas estão preocupados com a valorização do milho e do farelo soja no âmbito interno e externo, apontam analistas

    De modo geral, o volume de negócios no mercado brasileiro de gado para reposição evolui de forma inconsistente, apesar de algumas particularidades regionais, informam nesta sexta-feira (25/3) os analistas da IHS Markit.

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    “Embora a arroba da boiada gorda continue valorizada na comparação com igual período do ano passado – permitindo uma certa vantagem na relação de troca entre animais terminados e as diversas categorias de gado magro –, a atuação dos compradores continua pautada pela cautela”, relata a consultoria.

    Segundo os analistas, recriadores e invernistas estão preocupados com a valorização do milho e do farelo soja no âmbito interno e externo neste começo de ano.

    Em média, diz a IHS, os gastos com ração chegam a variar entre 20% e 25% do custo total no confinamento, mas essa representatividade pode aumentar caso a escalada dos preços dos grãos persista diante de aperto nos estoques e riscos de fornecimento como o visto em 2021.

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    Na ponta final da cadeia de carne bovina, apesar do firme ritmo das exportações da proteína fomentar a demanda por boiada, a recuperação econômica no País é lenta e isso deve manter o consumo doméstico acanhado, gerando impactos negativos no ritmo do abate nacional, observam os analistas da IHS.

    Tais fatores vem mantendo os preços da reposição acomodados e mais baixos.

    Entre as praças da região Norte do Brasil, o mercado de reposição se mostrou mais lento em termos de negócios, sobretudo no Tocantins e no Pará.

    Os preços nessas regiões têm variado de forma mista – o fluxo mais consistente abrange apenas lotes mais pesados com foco no confinamento. Porém, os compradores continuam barganhando prazos mais longos para pagamento.

    Tocantins

    Há relato de muita oferta de novilha. No Centro-Oeste, a semana também foi de variações majoritariamente baixistas para o mercado de reposição.

    Mato Grosso do Sul

    Relata a IHS, apesar da melhora do clima, a procura de gado magro ainda avança de forma cadenciada.

    “Compradores ainda estão fazendo as contas com relação as estratégias de confinar animais”, justificam os analistas que acompanham o setor.

    Nas praças de Mato Grosso e Goías

    A tímida procura por animais tem limitado a liquidez e gerado espaço para especulação baixista, sobretudo para categorias mais jovens.

    Por outro lado, a demanda por novilhas e garrotes mais pesados surpreendeu em algumas regiões e garantiu suporte aos preços da categoria.

    No Sudeste, foram registradas quedas nos preços da reposição em Minas Gerais e nas praças de São Paulo, informa a IHS.

    Nas regiões paulistas, embora haja relatos de oferta enxuta e dificuldade de originação de garrotes e novilhas para engorda, não há pressão de demanda, relata a IHS.

    Na região Sul

    Foram registrados ajustes negativos no mercado de reposição do Paraná.

    O avanço gradual da oferta brasileira de animais gordos, com destaque para as fêmeas descartadas ao fim da estação de monta, fez com que as escalas de abate continuassem alongadas em todo o Brasil, informa nesta sexta-feira (25/3) a equipe de analistas da IHS Markit.

    No momento, a média nacional das escalas de abate se encontra em 10 dias úteis, sem mudanças no comparativo semanal.

    Desta forma, diz a IHS, os preços físicos do boi gordo continuam estabilizados, mas sofrendo pressão negativa por parte dos frigoríficos em todo o País.

    Veja abaixo as escalas atuais de abate em algumas das principais regiões pecuárias, segundo levantamento realizado pela Agrifatto.

    São Paulo 

    As indústrias paulistas fecharam a sexta-feira com 12 dias úteis programados, avanço de 1 dia no comparativo entre as semanas.

    Goiás 

    Os frigoríficos goianos encerraram a semana com as escalas na média de 13 dias úteis, alta de 1 dia no comparativo semanal.

    Pará

    No Estado, os abates estão programados para 11 dias úteis, 2 dias a menos do que foi visto na semana passada.

    MG/MS/MT

    Nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os frigoríficos fecharam a semana com a média de 9 dias úteis escalados, com os mineiros e sulmatogrossenses mantendo a estabilidade e os matogrossenses avançando 2 dias, no comparativo semanal.

    RO/TO

    As escalas de abate se encontram próximas dos 8 dias úteis, com a média dos frigoríficos rondonienses recuando 3 dias e os tocantinenses avançando 2, no comparativo entre as semanas.