O Sorgo Biomassa BRS 716 é um hibrido de sorgo desenvolvido pela Embrapa com alta produtividade de biomassa para múltiplos usos, recomendado atender com excelência todas as regiões edafoclimáticas do Brasil.
O Sorgo Biomassa BRS 716 foi concebido inicialmente para atender a crescente demanda por matéria prima renovável por parte das indústrias que utilizam biomassa (carbono) para cogeração de energia através da queima em caldeiras.
Atualmente a matéria prima mais utilizada para este fim é a madeira proveniente de áreas de reflorestamentos.
Esta madeira proveniente de reflorestamento precisa de um tempo médio de 5 anos para o primeiro corte, e produz em média 100 toneladas de madeira/há.
Porém estas áreas ficam indisponibilizadas para outras atividades pelo período em que as arvores estão implantadas.
Buscando inovar este setor, a Embrapa enxergou a possibilidade de oferecer uma cultura que produzisse tanto quanto o reflorestamento, pudesse ser implantado via sementes, não indisponibilizasse a área por longos períodos, fosse de fácil manejo e que fornecesse matéria prima anualmente ao invés de 5 anos necessários para o reflorestamento, lançando assim no mercado o Híbrido de Sorgo Biomassa BRS 716.
Também enxergando a demanda por fonte de matéria prima para produção de silagem de boa qualidade, foram realizados estudos e protocolos para checar a viabilidade do emprego do Sorgo Biomassa BRS 716 como fonte vegetal para ensilagem.
Vale salientar que o Sorgo Biomassa BRS 716 é da mesma espécie dos sorgos forrageiros tradicionalmente utilizados para confecção de silagem.
Os resultados iniciais foram surpreendentes, pois o Alto rendimento de forragem/ha, a vigorosa capacidade de rebrota, possibilitando dois a três cortes com um único plantio, e as boas características bromatológicas comprovaram que Sorgo Biomassa BRS 716 é uma excelente ferramenta para produção de silagem, maximizando a produção por área implantada, chegando a 170 toneladas de silagem/há.
Para uso como forragem a colheita deve ocorre mais precoce, quando comparado ao uso para queima, que necessita menor umidade.
Hemisfério Sul | ||
Plantio | Mês | Outubro a Janeiro |
Florescimento/Ponto de corte | dias | 120 a 150 |
Potencial de produção de biomassa verde | tons/ha | 170 |
Rendimento de biomassa seca | tons/ha | 50 |
Altura da planta | metros | 4,50 a 6,00 |
Plantio | Mês | Fevereiro a Março |
Florescimento/Ponto de corte | dias | 90 a 100 |
Potencial de produção de biomassa verde | tons/ha | 50 |
Rendimento de biomassa seca | tons/ha | 15 |
Altura da planta | metros | 3,00 a 4,00 |
Hemisfério Norte | ||
Plantio | Mês | Maio |
Florescimento/Ponto de corte | dias | 120 a 150 |
Potencial de produção de biomassa verde | dias | 100 a 120 |
Rendimento de biomassa seca | tons/ha | 36 |
Altura da planta | metros | 4,50 a 6,00 |
Tipo de panícula | semicompacta | |
Cor do grão | marrom | |
Peso de 1000 grãos | gramas | 35 |
Acamamento até ponto de corte | resistente | |
Reação a doenças | ||
Antracnose | moderadamente resistente | |
Ferrugem | moderadamente resistente | |
Helmintosporiose | moderadamente resistente | |
Regiões recomendadas | Sudeste/Centro-oeste/Sul/Nordeste | |
Densidade de plantas inicial (recomendado) | plantas/ha | 110 a 140 mil |
Consumo de sementes | Kg/ha | 5 a 7 |
Dados bromatológicos de silagem
Dias após plantio | ||||
Item % (MS) | 70 dias | 100 dias | 130 dias | 160 dias |
Matéria seca | 16,80 | 19,50 | 22,40 | 27,00 |
Cinzas | 9,68 | 7,3 | 7,84 | 4,53 |
Proteína Bruta | 9,98 | 7,8 | 7,84 | 4,53 |
Extrato eterio | 4,2 | 1,85 | 2,25 | 2,90 |
Carboidratos totais | 76 | 83 | 84 | 87,50 |
Carboidratos não fibrosos | 14,66 | 18,54 | 20,50 | 20,44 |
Fibra em detergente neutro | 61,20 | 64,40 | 63,30 | 66,50 |
Fibra em detergente acido | 39,60 | 45,40 | 45,50 | 46,20 |
Fibra insolúvel em detergente neutro (FDNi) | 9,3 | 15,35 | 6,60 | 18,20 |
Nutrientes digestíveis totais | 51 | 47 | 47 | 48,87 |
* Dados médios para plantios realizados inicio do verão, BRS716 |