Pular para o conteúdo

Sindirações projeta crescimento próximo a 1,5% até o final do ano • Portal DBO

    Sindiracoes projeta crescimento proximo a 15 ate o final do

    Os resultados obtidos até o momento pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), com crescimento próximo de 1,5% até o final do ano, revelam um ritmo mais conservador do que a previsão divulgada no final de 2021, que apontava para a produção de 88 milhões de toneladas de ração animal e suplementos minerais e um aumento esperado de cerca de 3,5% este ano.

    Segundo Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, mesmo com a vacinação e a diminuição do número de casos de Covid-19, muitos segmentos continuam enfrentando dificuldades para a retomada das atividades e remissão dos danos decorrentes.

    Patrocinadores

    “A produção de ração animal, concentrados e sal mineral durante o primeiro semestre do ano permaneceu abaixo do esperado, circunstância atribuída principalmente à desaceleração da demanda na cadeia produtiva de proteína animal (ovos e leite principalmente), que foi bastante afetada por este novo patamar de preços do milho. , farelo de soja e outros macroingredientes para galinhas poedeiras e vacas leiteiras, além da impossibilidade de repassar integralmente esse custo adicional, pois o preço pago ao produtor só melhorou um pouco mais recentemente”destaca o líder em sua análise.

    *Estimativa;**Previsão (Fonte: Sindirações)

    Patrocinadores

    Adicionalmente, as importações de aditivos (vitaminas, enzimas, aminoácidos, etc.) sofreram com a desvalorização excessiva da moeda e a interrupção do trânsito de mercadorias, devido à escassez de contêineres e custos de frete proibitivos para movimentação de cargas.

    “Antes da pandemia, lembra Ariovaldo, em janeiro de 2020 um recipiente de vitaminas da China para o Brasil custava em média US$ 2 mil, enquanto no segundo semestre de 2021 aumentou em até 7 vezes e em abril deste ano, atingiu US$ 12,5 mil”, aponta Ariovaldo.

    Ainda de acordo com o SEO do Sindirações, o cenário segue piorando por conta do compromisso chinês, firmado na COP de transição de sua matriz fóssil para renovável, e da política de saúde “Covid Zero” que subtraiu, respectivamente, energia e mão de obra no linhas de produção nessas fábricas.

    SAIBA MAIS | Revista DBO | Expectativas para a 2ª ronda de confinamento

    “Além do recente registro de interesse pelo milho e farelo de soja brasileiros, que hipoteticamente pode estimular algumas especulações, embora a tendência, desde julho, seja de alívio em função da generosa segunda safra que, somada à primeira, deve resultar na colheita de aproximadamente 115 milhões de toneladas de milho“, avalia.

    Mais recentemente, a invasão russa da Ucrânia com interrupção nas proximidades do Mar Negro, desencadeou o sinal de alerta de insegurança alimentar, uma vez que Rússia e Ucrânia representam 30% da produção de trigo e milho transacionada pelo mundo, gerando assim um grande desafio para a logística e o sistema de compensação financeira.

    “É importante, no entanto, ressaltar a vocação dos agricultores brasileiros na resolução de desafios, na defesa das relações comerciais pela singular competitividade nacional e no flagrante entusiasmo, que, mesmo diante do atual cenário adverso, continua empregando tanto tecnologia capaz de garantir zootécnicos invejáveis ​​e simultaneamente mitigar as emissões indesejáveis ​​de gases de efeito estufa e, assim, contribuir para a segurança alimentar e o aquecimento global“, destaca Ariovaldo Zani.

    gado de corte – A produção de carne bovina durante o primeiro semestre do ano continuou sendo estimulada pelos embarques para clientes estrangeiros, enquanto prevaleceram baixas perspectivas para a demanda doméstica devido à fragilidade econômica dos consumidores.

    De janeiro a junho, foram produzidos 2,35 milhões de toneladas de ração para bovinos de corte e, somada à previsão para o segundo semestre, isso pode resultar no montante de 5,9 milhões de toneladas, ou seja, um aumento de 3% durante o ano de 2022, estima Sindirações.

    pecuária leiteira – O custo de produção para os produtores de leite e a fraca procura de produtos lácteos no mercado retalhista conduziram a um recuo razoável da atividade durante o primeiro semestre, circunstância que resultou na produção de pouco mais de 2,6 milhões de toneladas de ração animal.

    Para o sindicato, a hipotética melhora nas pastagens, no preço dos grãos, no estímulo ao poder de compra do consumidor e, principalmente, no preço do leite pago ao produtor, pode resultar na demanda por 6,2 milhões de toneladas de ração animal, valor ainda 3% inferior ao produzido em todos os anos anteriores.

    VEJA TAMBÉM | Revista DBO | O top 20 de engorda de cocho no Brasil

    Corte de Aves – A demanda por rações para frangos de corte de janeiro a junho atingiu 17,9 milhões de toneladas e diminuiu pouco mais de 3% em resposta ao menor ritmo de alojamento dos pintinhos. A previsão do Sindirações é produzir 35,8 milhões de toneladas ao longo de 2022 e ainda avançar 1%.

    suinocultura – O abate de suínos durante o primeiro semestre do ano superou o registrado no ano passado. Em resposta, a demanda por ração aumentou 6,5% e atingiu 9,6 milhões de toneladas.

    “Apesar do descompasso entre o custo de produção e o preço pago/kg vivo ao produtor, é possível atingir, ao longo de 2022, cerca de 20,5 milhões de toneladas de ração suína e ainda avançar 4% em relação ao que foi produzido em 2021 ”destaca a análise da entidade.

    Avicultura – A produção de ração para galinhas poedeiras no primeiro semestre totalizou quase 3,4 milhões de toneladas, um decréscimo de mais de 6%, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

    De acordo com o Sindirações, a tendência de maior alojamento para galinhas poedeiras em produção no segundo semestre pode até resultar em produção de 6,9 ​​milhões de toneladas e amenizar o recuo para o patamar de 4% ao longo de 2022.

    Aquicultura – Acompanhando o ritmo da atividade industrial da aquicultura, a produção de rações para peixes e camarões somou 740 mil toneladas no primeiro semestre, enquanto a expectativa para todo o ano de 2022 é crescer 2,5% e contabilizar algo em torno de 1,5 milhão de toneladas de alimentação.

    Fonte: Ascom Sindirações

    Fonte: Portal DBO