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Governo de Minas Gerais bate recorde na entrega de títulos de regularização…

    Governo de Minas Gerais bate recorde na entrega de titulos

    Políticas públicas e investimentos priorizam a geração de emprego e renda no campo, com ênfase na agricultura familiar e desburocratização para incentivar novos negócios

    Com foco na população rural, principalmente onde há maior vulnerabilidade, o Governo de Minas entregou mais de 1.700 títulos de regularização fundiária rural em 2022, fechando a execução do programa este ano com recorde. O investimento em políticas públicas, em 2022, totalizou R$ 2 milhões. No período de 2019 a 2022, o investimento estadual foi de R$ 11,8 milhões, com a entrega de mais de 5,2 mil títulos em 66 municípios.

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    Os recursos foram utilizados em serviços de georreferenciamento, realização de audiências públicas e custos operacionais para cadastramento dos agricultores. Para o próximo mandato (2023-2026), o Governo de Minas projeta um aumento de 40% no número de títulos, totalizando 7.280 documentos entregues ao final do período.

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    A entrega de títulos é uma demanda histórica da sociedade e constitui um passo importante para o crescimento das atividades no campo. Com os documentos em mãos, os produtores rurais têm acesso a diversas políticas públicas, como o crédito rural que permite o investimento na produção, com geração de emprego e renda no campo.

    O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, destaca a relevância do Programa Estadual de Regularização Fundiária para os pequenos produtores. “Os documentos garantem às famílias melhores condições de investir na produção e possibilitam o ingresso na formalidade. Com os títulos em mãos, os produtores podem negociar em mercados institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Alimentos Brasil, por exemplo, que compram produtos da agricultura familiar”, explica.

    Novo estado de saúde

    Minas se prepara agora para uma nova fase da vigilância sanitária da febre aftosa. Após realizar a última campanha de vacinação contra a doença neste mês, o estado será considerado área livre da doença sem vacinação a partir de 2023.

    O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) continuará com as ações de prevenção e fiscalização no estado. “Estamos entrando com uma ação na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o reconhecimento internacional do novo status sanitário de Minas Gerais. Os próximos passos são principalmente fortalecer a fiscalização ativa realizada pelo serviço oficial no trânsito de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal, nas fronteiras e no interior das propriedades. Também vamos reforçar a fiscalização passiva, realizada com o envolvimento dos produtores rurais no processo de fiscalização. Nesse caso, o próprio setor produtivo notifica o IMA caso perceba sinais característicos da doença no rebanho. É um trabalho que será feito em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) para não retroagirmos nesse importante avanço”, detalha o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.

    O rebanho livre de febre aftosa sem vacinação é exigido inclusive por alguns países para a importação de carne bovina. A retirada da vacina deve abrir as portas para novos mercados, que remuneram melhor os produtos vindos de países livres da doença sem vacinação.

    No setor produtivo, os benefícios da retirada já serão sentidos no custo de produção. Com um dos maiores rebanhos bovinos do país, as duas etapas da campanha de vacinação no estado envolvem cerca de 35 milhões de doses de vacina. Para o pecuarista, a economia será imediata, pois não haverá gastos com a compra da vacina e a parte operacional do manejo do gado a vacinar.

    Registro em Exportações

    As exportações do agronegócio mineiro atingiram o recorde de US$ 14,2 bilhões de janeiro a novembro deste ano. Mesmo sem considerar o mês de dezembro, os números apontam para o melhor resultado das vendas externas de toda a série histórica.

    No acumulado do ano, o faturamento aumentou 49%, em relação ao mesmo período de 2021. As vendas do agronegócio cresceram mais do que outros setores importantes, como mineração e metalurgia.

    Para o secretário, os novos recordes reforçam a força do agronegócio para a economia do estado. “Mais uma vez a indústria da mineração mostra seu potencial como diferencial positivo para a balança comercial mineira. O setor produtivo está cada dia mais organizado e profissionalizado. Tudo isso se traduz em aumento de divisas, com geração de empregos, geração de renda, riqueza e a projeção internacional da nossa produção”, enfatiza.

    Os embarques de produtos agrícolas mineiros representaram 38,2% de toda a cesta mineira, o maior percentual da série histórica, iniciada em 1997. Os produtos agrícolas mineiros foram vendidos para 175 países. Café, soja e carnes lideraram os embarques no período.

    Sustentabilidade

    Com foco no desenvolvimento sustentável do agronegócio mineiro, diversas ações têm sido realizadas para incentivar a produção de alimentos e a geração de emprego e renda, alinhadas à necessidade de preservação dos recursos naturais. Um exemplo é o Programa de Revitalização da Sub-Bacia do Rio São Francisco, desenvolvido em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e realizado com o apoio da Emater-MG.

    Em 2022, até o início de dezembro, as obras já foram concluídas em 13 sub-bacias de 12 municípios, totalizando um investimento de mais de R$ 3 milhões. As ações beneficiaram os municípios de Campos Altos, São Gotardo, Tiros, Glaucilândia (Sub-bacia Córrego Mocambo e Ribeirão Januário), Engenheiro Navarro, Jequitaí, Varjão de Minas, Ibiaí, Montes Claros, São Gonçalo do Abaeté e São João da Lagoa.

    Ao longo do ano, foram construídas 3.870 bacias de captação de águas pluviais, 252 quilômetros de terraços e 24 quilômetros de vicinais adequados com técnicas ambientais. “Essas intervenções promovem a infiltração de água no solo, com a consequente melhoria da qualidade e quantidade de água nas sub-bacias, contribuindo para a manutenção da vazão em córregos e rios, além de garantir o abastecimento humano, o abastecimento de água para os animais e a manutenção de pequenas lavouras durante a maior parte do ano. São ações fundamentais não só para a revitalização do ‘Velho Chico’, mas também para o desenvolvimento rural sustentável”, afirma o secretário Thales Fernandes.

    Queijos Artesanais

    Em janeiro de 2002, a Lei 14.185 dispôs sobre o processo de produção do queijo artesanal. Desde então, até 2018, Minas Gerais teve sete regiões caracterizadas como produtoras de Queijo Minas Artesanal (QMA) e duas como produtoras de Queijo Minas Artesanal (QAM).

    Atualmente, são 15 regiões caracterizadas como produtoras de vários queijos mineiros artesanais. Destas, seis receberam reconhecimento na atual gestão do Governo do Estado: Serras da Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça, como produtoras de QMA, e Alagoa, Mantiqueira e Jequitinhonha, como produtoras de outros tipos de queijos artesanais.

    Durante a ExpoQueijo Brasil – Araxá 2022, em junho, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) lançou o Projeto Queijo Minas Legal, que prevê investimento de R$ 2,8 milhões, por meio de parceria com o Fundo Estadual de Defesa e Defesa do Consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Com a iniciativa, espera-se que 200 novos queijeiros sejam sanitários, abrangendo 165 municípios.

    Os recursos serão aplicados em capacitação de profissionais do Sistema Agrícola, visitas a estabelecimentos produtores e análises laboratoriais de amostras de água e queijo, além de assistência técnica aos laticínios. Também estão previstas atividades de educação sanitária, com produtores e consumidores.

    Além das caracterizações, foi possível reduzir o prazo mínimo obrigatório de maturação dos queijos Minas Artesanais produzidos nas regiões da Canastra e Serra do Salitre. Essa redução de 22 para 14 dias foi baseada em pesquisas científicas nacionais e atende a reivindicações antigas dos produtores. Dessa forma, os custos de produção do queijo são reduzidos e os investimentos na construção de salas de maturação são permitidos pelos produtores que migram da informalidade para a produção fiscalizada.

    irriga minas

    Outro programa de impacto social é o Irriga Minas, voltado para a produção de alimentos, geração de emprego e renda em áreas de vulnerabilidade social e hídrica. Nos últimos dois anos de execução do programa, foram distribuídos 716 kits de irrigação para agricultores familiares da região Norte e dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce.

    Neste ano, foram adquiridos 2.745 kits de irrigação, que serão entregues em 2023 e beneficiarão quase 3.000 famílias de agricultores familiares.

    Os conjuntos são compostos por caixas d’água de 500 litros com tampa e itens para irrigação por gotejamento. Cada kit possibilita a produção de 9.000 quilos de alimentos e gera uma receita bruta de aproximadamente R$ 19.000.

    Garantia de Colheita

    Quando o pequeno produtor é mais afetado pelas intempéries, o Governo de Minas se faz presente por meio do Programa Garantia-Safra. A iniciativa é do Governo Federal, realizada em parceria com governos estaduais, prefeituras municipais e agricultores familiares. A ação faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

    Na safra 2019-2020, 24 mil produtores foram beneficiados, com aporte estadual de mais de R$ 3 milhões e mais de R$ 20,4 milhões pagos. E, na safra 2020-2021, 28,4 mil pessoas foram beneficiadas, com a destinação de recursos do Estado de R$ 3,2 milhões e mais de R$ 24,1 milhões entregues.

    Atualmente, na safra 2021-2022, já são 40,4 mil agricultores inscritos no programa. O Governo de Minas está investindo mais de R$ 4,1 milhões.

    Programa Alimenta Brasil

    A Secretaria de Agricultura atua na coordenação do Programa Alimenta Brasil (PAB), selecionando os municípios, capacitando coordenadores locais e técnicos da Emater-MG, além de cadastrar informações de produtores, produtos e alimentos no sistema e fiscalizar a execução e distribuição dos valores disponíveis.

    Entre 2019 e julho de 2022, o PAB (antigo Programa de Aquisição de Alimentos) beneficiou 3.510 agricultores familiares e 449 entidades em Minas Gerais, de cerca de 150 municípios. O valor disponibilizado pelo Ministério da Cidadania e pago ao produtor, durante a atual gestão estadual, foi de R$ 19,6 milhões.



    Fonte: Noticias Agricolas