Com sede na maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, na Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), o polo busca ser a ponte entre a Companhia e o ecossistema de inovação para desenvolver soluções tecnológicas para o agro brasileiro
Pense em uma operação logística agroindustrial que, em um único dia de safra, somando todos os trajetos de máquinas, veículos e outros implementos, percorre seus 350 mil hectares de lavouras, uma distância equivalente a quatro vezes a volta ao globo. Agora, imagine toda essa operação conectada, permitindo que máquina fale com máquina, e cada rotina seja monitorada online e em tempo real. Essa é a realidade da São Martinho, um dos maiores grupos de bioenergia do país, que acaba de inaugurar seu Centro de Inovação, um polo dedicado a pensar e desenvolver soluções tecnológicas que possam beneficiar não só a Empresa, mas todo o agroecossistema , a partir de parcerias com startups, empresas, universidades, entre outros agentes, utilizando como campo de experimentação suas quatro usinas, que juntas têm capacidade para processar 24,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
Localizado no coração da Usina São Martinho – localizada em Pradópolis (SP) e com capacidade para moer 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, produzindo etanol, açúcar e energia elétrica – o Centro de Inovação é uma estrutura física projetada pela Companhia para ser o elo com os diferentes agentes do ecossistema de inovação nacional e internacional. Representa também a Transformação Digital aplicada como alavanca de valor, abrindo caminho para o uso de tecnologias que possibilitarão um futuro ainda mais conectado, reforçando o pioneirismo da São Martinho no agronegócio brasileiro.
“A São Martinho sempre foi inovadora e construiu sua história a partir de uma visão e atuação de pioneirismo e superação. Recentemente definimos, por meio de nosso planejamento estratégico, as diretrizes da Tese São Martinho Inova, estabelecendo que é imprescindível inovarmos para nos mantermos competitivos. Entendemos que essa inovação deve estar focada no desenvolvimento de novas tecnologias para garantir a produção contínua de carbono renovável com a máxima eficiência e menor custo do mercado, transformar esse carbono em novos produtos com alto valor agregado e desenvolver novos negócios oportunidades a partir dos ativos tangíveis e intangíveis da Companhia”, explica Agenor Cunha Pavan, Vice-Presidente e Superintendente Agroindustrial da São Martinho.
É nesse contexto que a Companhia vem investindo em iniciativas de inovação que têm impulsionado, entre outros projetos, a transformação digital da companhia. São projetos como o desenvolvimento e implantação de rede 4G na Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), entre 2015 e 2018; o desenvolvimento, implantação e implantação do Centro de Operações Agrícolas São Martinho nas quatro unidades da Companhia, entre 2018 e 2021; a implantação da rede 4G proprietária para as unidades Santa Cruz, em Américo Brasiliense (SP) e Boa Vista, em Quirinópolis (GO), no biênio 2020 e 2021; a implantação da rede pública 4G na Usina Iracema em parceria com a CNHi e a Tim (2020-2021); a implantação do SAP S4 Hana (SMTO 4.0) no Grupo São Martinho, a partir de 2021; o projeto de expansão (fase 2) dos Centros de Operações Agrícolas para todas as unidades da Companhia, com foco na extração de inteligência dos dados coletados na “iluminação” das áreas agrícolas, desde 2021; a implantação da rede 5G para estruturar o Centro de Inovação (2022); e o desenvolvimento da Plataforma Digital e agroindustrial Datalake SM, a partir de 2022.
Vale ressaltar que todos esses projetos, somados ao lançamento do Cubo Agro, em 2021, iniciativa de incentivo ao desenvolvimento tecnológico de startups que oferecem soluções para a cadeia do agronegócio, em parceria com a Corteva Agriscience, Itaú BBA, CNHi e Suzano, preparou a Companhia para se firmar no ecossistema de inovação com a criação do Centro de Inovação São Martinho.
“Ao olharmos para todos esses projetos que estão sendo realizados pela Companhia, entendemos melhor o processo de transformação em que estamos inseridos e buscamos ser referência. Com base nas informações atualizadas disponíveis nos Centros de Operações da São Martinho (COA – Centro de Operações Agrícolas e COI – Centro de Operações Industriais), a Companhia passa a ter suas operações iluminadas para atuar com precisão, fazendo a coisa certa, na hora certa. O próximo passo nessa jornada digital já começou a partir do momento que a São Martinho integrou e concentrou essas informações em um único local (Datalake Agroindustrial SM), de onde pode sistematizar esse conhecimento agronômico e industrial na forma de algoritmos de inteligência artificial, suportando tomada de decisões nos 350 mil hectares que opera em suas quatro unidades. Agora, com o Centro de Inovação, buscamos abrir nossa expertise para parceiros interessados em desenvolver soluções para o agronegócio, baseadas na tecnologia 5G e na Internet das Coisas, que podem ser transformadoras para a São Martinho e para o agronegócio global, para nossos parceiros e para o ecossistema de inovação no qual estamos inseridos”, diz Pavan.
Centro de Inovação São Martinho
Instalado na Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), o Centro de Inovação oferece ao ecossistema um ambiente físico, lógico e cultural altamente propício ao modelo de inovação aberta e totalmente conectado em toda a sua extensão para a realização de projetos. Com a criação deste espaço, a São Martinho abre também todo o conhecimento dos seus especialistas com larga experiência e know-how acumulado ao longo de décadas, bem como os dados das suas operações, num ambiente que incentiva o desenvolvimento de soluções digitais com oportunidades escalar tais soluções, de forma disruptiva, atrelada à força da marca São Martinho.
“O Centro nasceu do entendimento de que investir em inovação e na adoção de tecnologias pioneiras no segmento continua sendo imprescindível para manter a vantagem competitiva de nossas operações. Só assim poderemos deter os produtos desses projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), gerando novos negócios e receitas. Por isso, estamos fazendo esse movimento fora da empresa, buscando inovações em estágios iniciais de maturidade e novos parceiros. Em conjunto com a Corteva e o Itaú BBA, lançamos o CuboAgro, que atualmente conta também com a Suzano e a CNHi como patrocinadoras; reforçamos nossa posição na Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI); fizemos parceria com a ibiTech, em Israel; para Enriquecer, na Europa; e a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), entre outras iniciativas em andamento. O Centro de Inovação é um ícone para coroar esse posicionamento estratégico, um ambiente inspirador, totalmente conectado e viabilizado por nossa plataforma digital dentro da maior usina de cana-de-açúcar do planeta”, explica Marcelo Eskenazi, Assessor de Inovação em Novos Negócios da Saint Martin.
Estruturado para ser um ambiente inclusivo e horizontal, com espaços compartilhados para idealização, capacitação e desenvolvimento de projetos, o Centro de Inovação São Martinho reúne em um mesmo prédio os processos de Gestão da Inovação, Gestão Ambiental, Sustentabilidade, Melhoria Contínua, Tecnologias Agroindustriais e o Escritório de gerenciamento de projetos. “E do ponto de vista de infraestrutura lógica, o Centro de Inovação é iluminado por redes 4G e 5G dedicadas a PD&I e também é habilitado a partir de nossa Plataforma Digital, que conta com um moderno projeto Datalake, no qual podem ser disponibilizados dados para projetos com toda governança e controle necessários para esse novo estágio de maturidade de nossas inovações”, acrescenta Walter Maccheroni, Assessor de Pesquisa e Inovação da São Martinho.
Parcerias para sonhar e construir o impossível
O hub é um símbolo do movimento de transformação digital da Companhia, marcado pela construção de parcerias e fortes laços com empresas e instituições do ecossistema de inovação, que muito contribuíram nesse processo liderado pela São Martinho. “É importante destacar o CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), quando nos referimos ao desenvolvimento e implantação da rede 4G proprietária da São Martinho; Ericsson/Vivo na construção/ideação do Roadmap 5G para nossa agroindústria; CNHi/Tim na implantação da rede 4G na unidade de Iracemápolis, Ericsson/Tim na implantação da rede 5G; KPMG no desenvolvimento do projeto SAP S4 Hana da Companhia, bem como KPMG/Microsoft no desenho e implementação de nossa Plataforma Digital”, detalha Maccheroni.
Nesta altura, com a criação do Centro de Inovação, vários parceiros continuam a interagir com a Empresa no desenvolvimento ou fornecimento de tecnologias e soluções, em diferentes projetos, incluindo startups recentemente integradas no Cubo Agro como AgroScout, Arable, IBBX, entre outros.
“Além desse símbolo, o Centro de Inovação foi concebido para ser a sede da Transformação Digital da São Martinho e uma base para o desenvolvimento e integração de nossos projetos e novos negócios digitais. Nossa expectativa é que ela nos proporcione novas parcerias de grande relevância no panorama global, contribuindo decisivamente para abrir caminho para uma operação mais autônoma e viabilizar a agricultura de ultraprecisão. Inovamos para continuar construindo um futuro que nos permita sonhar com o que ainda é impossível. Convidamos as empresas de tecnologia que acreditam que o impossível é aquilo que alguém ainda não fez para fazer parte dessa jornada e construir esse futuro conosco. Bem-vindo à mais nova casa de inovação do agronegócio mundial, o São Martinho Innovation Center”, conclui Agenor Pavan.
