O mercado de boi gordo brasileiro registrou nesta quinta-feira, 20 de julho, estabilidade na maioria absoluta das regiões brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
Em geral, diz S&P Global Commodity Insightsos frigoríficos ainda não estão comprando gado gordo, trabalhando apenas com compromissos de curtíssimo prazo.
A lentidão nos embarques de carne bovina, principalmente para o mercado interno, explica a postura cautelosa das indústrias brasileiras.
Por sua vez, os frigoríficos que ainda estão tentando recompor suas operações de abate têm tentado fazer novas negociações a preços inferiores aos atuais patamares da arroba do boi gordo.
Tal estratégia destaca a S&P Globalnão obteve sucesso, prevalecendo estabilidade nas cotações da arroba.
De qualquer forma, continua a consultoria, as escalas de abate continuam diferentes entre as unidades industriais, informa o S&P Global.
Frigoríficos que operam apenas com vendas para o mercado interno registram escalas que não avançam mais de três dias, e optam por paralisar suas operações em pelo menos dois dias da semana.
Por sua vez, informa S&P Globalentre as indústrias que atuam atendendo o mercado externo, há relatos de escalas de abate que já avançam na primeira semana de agosto/23.
“Tais condições entre os compradores limitam a liquidez dos negócios, fomentando a especulação baixista”observa a S&P Global.
Segundo a consultoria, os movimentos descendentes da arroba ganharam fôlego ao longo desta semana diante da onda de frio (e falta de chuva) registrada nas regiões pecuárias do Centro-Sul do país, condição que reduziu a capacidade de suporte das pastagens.
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No entanto, na visão dos analistas da S&P Global, apesar do período seco, ainda há uma janela de oportunidade para o manejo integrado com pastagem e suplementação, já que o período chuvoso do primeiro semestre condicionou bons volumes de matéria verde nas lavouras.
interior de São Paulo – Em São Paulo, as cotações de todas as categorias de acabados ficaram estáveis nesta quinta-feira, informa a Scot Consultoria.
“Balanças de abate estão bem posicionadas e há ofertas de compra de boi gordo abaixo da referência, reflexo do fraco fluxo de carne e da queda dos preços de corte”aponta Scot.
Com isso, o boi gordo continua valendo R$ 240/@ no mercado paulista, enquanto o boi gordo e a novilha são negociados a R$ 212/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e futuros).
O preço do “boi chinês” (abatido mais jovem, até 30 meses) é de R$ 250/@ em São Paulo, a prazo, valor bruto – portanto, com prêmio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”, acrescenta Scot.
Cotações máximas de homens e mulheres na quinta-feira, 20/07
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MS-Gold:
bois a R$ 241/@ (à vista)
desocupado a R$ 222/@ (à vista)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
bois a R$ 215/@ (à vista)
vago a R$ 185/@ (à vista)
MT-Collider:
bois a R$ 215/@ (à vista)
desocupado a R$ 190/@ (à vista)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 231/@ (prazo)
vaca R$ 207/@ (prazo)
GO-Sul:
carne bovina a R$ 228/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
PR-Maringá:
bois a R$ 241/@ (à vista)
vago a R$ 212/@ (à vista)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
BA-F. Santana:
bois a R$ 210/@ (à vista)
vago a R$ 200/@ (à vista)
RS-Fronteira:
bois a R$ 264/@ (à vista)
vago a R$ 234/@ (à vista)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
PA-Paragomin:
carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 209/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
RO-Cacoal:
bois a R$ 205/@ (à vista)
desocupado a R$ 180/@ (à vista)
MA-Açailândia:
bois a R$ 297/@ (à vista)
desocupado a R$ 180/@ (à vista)
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