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gado brasileiro causou furor no Marrocos

Gado brasileiro toma ruas no Marrocos e assusta moradores

gado brasileiro
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Uma cena inusitada chamou a atenção dos moradores da cidade de Casablanca, no Marrocos: um grande grupo de gado brasileiro tomando as ruas da cidade. Os animais estavam sendo transportados em um navio que havia chegado recentemente ao porto de Casablanca.

Segundo relatos, os moradores ficaram assustados com a presença dos animais nas ruas e muitos ficaram curiosos para saber o que estava acontecendo. A polícia foi acionada para controlar o tráfego e evitar possíveis acidentes com os animais.

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De acordo com a imprensa local, o transporte de gado brasileiro para o Marrocos tem se intensificado nos últimos anos devido à alta demanda por carne no país. A qualidade e o preço competitivo da carne brasileira tem atraído a atenção de importadores marroquinos, o que tem impulsionado o comércio entre os dois países.

No entanto, o episódio das ruas tomadas pelo gado brasileiro levantou preocupações sobre as condições de transporte e o bem-estar dos animais durante a viagem. Afinal, os animais precisam ser transportados em condições adequadas para garantir a sua saúde e bem-estar, além de manter a qualidade da carne que será consumida pelos marroquinos.

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Apesar dos transtornos causados pelo incidente, espera-se que o comércio de gado brasileiro para o Marrocos continue a crescer nos próximos anos, impulsionando o setor agropecuário do Brasil e atendendo à demanda do mercado marroquino por carne de qualidade.

Como o gado brasileiro chegou às ruas do Marrocos e o que isso significa para o comércio bilateral

O Marrocos é um país que tem uma forte tradição na criação e no consumo de carne bovina. No entanto, nos últimos anos, o país tem enfrentado dificuldades para atender à demanda interna, especialmente durante o período do Ramadã, quando os muçulmanos jejuam durante o dia e fazem refeições coletivas à noite.

Para garantir o abastecimento do mercado e evitar a alta dos preços, o governo marroquino decidiu abrir uma cota de importação de 30 mil cabeças de gado vivo até dezembro de 2023, com tarifa zero. A cota é válida para qualquer país com que o Marrocos tenha relações comerciais.

O Brasil foi um dos primeiros a aproveitar essa oportunidade e enviou dois carregamentos de gado vivo para o país africano em março e abril deste ano. Ao todo, foram 5.800 animais, provenientes principalmente do estado do Pará.

A exportação de gado vivo é uma atividade que gera emprego e renda para os produtores brasileiros, além de contribuir para a balança comercial do país. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2022, o Brasil exportou 557 mil cabeças de gado vivo, gerando uma receita de US$ 354 milhões.

No entanto, a exportação de gado vivo também é alvo de críticas de organizações ambientais e de defesa dos animais, que denunciam os impactos negativos da atividade para o meio ambiente e para o bem-estar dos bovinos.

Um dos argumentos dessas organizações é que o transporte de gado vivo em navios causa estresse, sofrimento e morte aos animais, que ficam confinados em espaços apertados e sujos por semanas, sem acesso a água e comida adequados.

Outro argumento é que a exportação de gado vivo incentiva o desmatamento da Amazônia, já que a maior parte dos animais exportados vem de áreas que foram desflorestadas para a pecuária.

Além disso, as organizações afirmam que a exportação de gado vivo é uma perda de oportunidade para o Brasil agregar valor à sua produção e gerar mais empregos no setor frigorífico.

Essas questões foram evidenciadas recentemente por um episódio inusitado que aconteceu no Marrocos. No dia 8 de abril, dois bois que faziam parte do segundo carregamento de gado vivo do Brasil conseguiram escapar dos caminhões que os levavam aos abatedouros e invadiram as ruas da capital Rabat, causando pânico nos moradores.

Os animais foram perseguidos por policiais e populares por cerca de uma hora e meia, até serem capturados e devolvidos aos caminhões. O fato foi registrado em vídeos e fotos que viralizaram nas redes sociais.

O incidente gerou repercussão na imprensa marroquina e brasileira, além de provocar reações diversas nas redes sociais. Alguns internautas se divertiram com a situação e fizeram piadas com os bois fugitivos. Outros se solidarizaram com os animais e criticaram a exportação de gado vivo.

O episódio também chamou a atenção para as diferenças culturais entre os dois países em relação ao consumo de carne bovina. Enquanto no Brasil a maioria dos consumidores prefere a carne resfriada ou congelada, no Marrocos há uma preferência pela carne fresca ou halal, que segue os preceitos da religião islâmica.

Segundo especialistas, essas diferenças podem ser explicadas por fatores históricos, geográficos e econômicos.

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