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Agronegócio sofre com escassez de mão de obra qualificada

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O agronegócio no Brasil enfrenta dificuldades na contratação de mão de obra especializada, mesmo com o alto índice de desemprego no país. O setor precisa de 178,8 mil profissionais, segundo levantamento feito pela Agência Alemã de Cooperação Internacional, a Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

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No entanto, existe uma lacuna considerável entre a oferta e a demanda de profissionais para a implantação de projetos digitais em propriedades rurais. São cerca de 32.500 profissionais qualificados disponíveis para trabalhar com aparatos tecnológicos na agricultura nacional.

O agronegócio brasileiro está mais avançado que os EUA e a Europa em digitalização e sustentabilidade, segundo pesquisa da McKinsey. Cerca de 40% dos agricultores brasileiros são digitalizados, e o país tem 80% de penetração do modelo de plantio direto sustentável, enquanto nos Estados Unidos o índice é de apenas 50%.

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Oportunidades no agronegócio

A tecnologia aumentou a produtividade no agronegócio.  (Fonte: Isto é Engenharia/Unsplash/Reprodução)
A tecnologia aumentou a produtividade no agronegócio. (Fonte: Isto é Engenharia/Unsplash/Reprodução)

A agricultura é responsável por um terço dos empregos no Brasil, representando mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). considerando o produtividade média anual de 3%, há um aumento na demanda por profissionais da agricultura de precisão.

Os salários oferecidos ultrapassam dois dígitos, sendo que a média salarial nacional para os gestores do agronegócio chega a R$ 14 mil mensais, podendo chegar a R$ 26 mil. Apesar disso, faltam pessoas qualificadas para preencher as vagas.

Veja quais são as profissões emergentes no agronegócio.

1. Técnico em agricultura digital

A transformação digital na agricultura está gerando a necessidade de profissionais especializados em tecnologias digitais para criar soluções no campo. Um técnico em agricultura digital é formado em sistemas agrícolas e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para aprimorar processos e buscar benefícios para as fazendas.

Com a crescente demanda por esse tipo de profissional, estima-se que serão necessários pelo menos 112 mil técnicos em agricultura digital até 2030 para atender a demanda das grandes fazendas. Esses especialistas precisam estar cientes da importância da sustentabilidade no setor para atender aos objetivos do desenvolvimento sustentável.

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2. Técnico em agronegócio digital

Os profissionais digitais podem trabalhar de fora da propriedade rural, desde que tenham conexão com a internet.  (Fonte: Christina @ wocintechchat.com/Unsplash/Playback)
Os profissionais digitais podem trabalhar fora da propriedade rural, desde que tenham conexão com a internet. (Fonte: Christina @ wocintechchat.com/Unsplash/Playback)

O técnico do agronegócio digital é capaz de gerenciar os elementos do campo utilizando as TICs fora da porteira, buscando aproximar as fazendas dos mercados. O profissional facilita a gestão com uso mais consciente de recursos, modernização de insumos e melhoria da qualidade de vida na propriedade rural.

Com mais informações, as fazendas podem operar com mais eficiência em aspectos como produção, finanças e manutenção. O profissional deve ser capaz de agregar conhecimentos de digitalização ao negócio para não perder espaço nas plataformas digitais, que são uma tendência do futuro para a comercialização de produtos agrícolas.

3. Engenheiro agrônomo digital

O Brasil tem 120 mil engenheiros agrônomos, mas a grade curricular desses cursos ainda não contempla o tecnologias mais inovadoras, segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). O país precisará de pelo menos 74.000 profissionais com habilidades digitais para atender à demanda crescente.

Atualmente, são 23 cursos de especialização em Agricultura Digital cadastrados no Ministério da Educação, com 2.250 vagas por ano. Isso significa que será necessário ampliar a qualificação dos engenheiros agrônomos por meio da atualização dos currículos, para não haver um “apagão digital” nas grandes, médias e pequenas propriedades rurais.

Como trabalhar com agricultura de precisão?

Quem quer entrar no crescente mercado de A agricultura de precisão deve buscar capacitação em instituições de ensino superior, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Na maioria dos casos, a atividade é gratuita e pode ser realizada remotamente.

Devido à falta de profissionais capacitados, algumas empresas oferecem treinamentos pagos, o que é uma ótima oportunidade de entrar no mercado e aprender ao mesmo tempo.

Quer saber mais? Conheça a opinião de nossos parceiros especialistas nos principais temas do agronegócio.

Fonte: UFGRS/Senai, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

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Fonte: Agro

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