Pular para o conteúdo

Previsão de inflação de setembro fica em -0,37%, diz IBGE

    Previsao de inflacao de setembro fica em 037 diz IBGE

    A previsão de inflação de setembro foi de -0,37%, registrando a segunda queda consecutiva após -0,73% em agosto.

    O preço dos combustíveis teve a maior inflação, com destaque para a queda da gasolina, em particular. O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de -0,97%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,63% enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 7,96%, abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, o índice era de 1,14%.

    Apesar da deflação, apenas três grupos de produtos e serviços dos nove pesquisados ​​tiveram queda em setembro, aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado em 27/09 pelo IBGE. Influenciado pelo item “combustíveis”, o grupo Transportes registrou queda de 2,35% nos preços e foi a maior contribuição em pontos percentuais (-0,49 pp) para o índice.

    Patrocinadores

    Os subitens etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) tiveram queda de preços no período, com a gasolina contribuindo com o impacto negativo mais intenso ( -0,52 pp) entre os 367 subitens pesquisados ​​no IPCA-15 de setembro. Esse resultado deve-se à redução do preço do produto vendido aos distribuidores em 16 de agosto (R$ 0,18 por litro) e em 2 de setembro (R$ 0,25/l). Ainda em Transportes, também houve queda nos ônibus urbanos (-0,08%), graças à redução das passagens aos domingos em Salvador (-0,82%), desde 11 de setembro.

    Por outro lado, no grupo houve aumento nos preços das passagens aéreas (8,20%), que voltaram a subir após a queda de 12,22% em agosto, nos seguros voluntários de veículos (1,74%), matrículas e licenças (1,71% ) e reparação automóvel (0,62%).

    Patrocinadores

    Além disso, os preços caíram (inflação) nos grupos Comunicação (-2,74%) e Alimentos e bebidas (-0,47%), com impactos de -0,14 pp e -0,10 pp, respectivamente. A primeira, a maior variação negativa em termos absolutos (-2,74%), foi influenciada pela redução nos preços (inflação) da telefonia fixa (-6,58%) e da telefonia móvel (-1,36%), além da queda na internet pacotes de acesso (-10,57%) e nos combos de telefonia, internet e TV por assinatura (-2,72%).

    Também houve inflação em aparelhos telefônicos (-0,99%). Vale lembrar que a Lei Complementar 194/22, promulgada no final de junho, estabeleceu um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

    O grupo Alimentação e bebidas (-0,47%) teve o índice puxado para baixo por alimentação no domicílio (-0,86%). Entre os subitens, os destaques foram as quedas em óleo de soja (-6,50%), tomate (-8,04%) e principalmente leite longa vida (-12,01%). Apesar dessa queda em setembro, o preço do leite acumula alta de 58,19% no ano no IPCA-15. Por outro lado, os subitens que subiram no grupo foram cebola (11,39%), pedaços de frango (1,64%) e frutas (1,33%).

    A alimentação fora de casa, por outro lado, desacelerou de 0,80% em agosto para 0,59% em setembro. O item lanche (0,94%) segue em alta, com variação próxima ao mês anterior (0,97%), enquanto a refeição também sofreu inflação: de 0,72% para 0,36%.

    Os outros seis grupos apresentaram alta no IPCA-15 de setembro. Destaca-se o vestuário (1,66%), com aumento nos preços do vestuário feminino (1,83%), masculino (1,78%) e infantil (1,52%), que voltaram a subir mais intensamente. Além disso, calçados e acessórios (1,58%) também aumentaram mais de 1%, enquanto joias e bijuterias (0,98%) cresceram após queda de 0,36% em agosto.

    O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,94%) foi influenciado pelos itens higiene pessoal (1,28%), planos de saúde (1,13%) e produtos farmacêuticos (0,81%).

    Vindo de uma queda de 0,37% em agosto, o grupo Habitação (0,47%) teve alta puxada pelos itens gás de bujão (0,81%) e aluguel residencial (0,72%), além de energia elétrica (0,41%), considerando que, em Belém (10,52%), a tarifa por kWh foi reajustada em 14,74% em 7 de agosto. O subitem gás canalizado (0,30%) também cresceu, devido a reajustes em duas áreas: no Rio de Janeiro (0,13%), com reajuste de 0,20% desde 1º de agosto; e em Curitiba (1,95%), onde foi aplicado um aumento de 2,26% nas tarifas residenciais em 9 de agosto.

    Na análise regional, nove das 11 regiões apresentaram deflação em setembro. A maior queda ocorreu em Recife (-0,93%), influenciada pela queda nos preços da gasolina (-13,85%). O maior aumento foi em Belém (0,50%), impulsionado pelo aumento da energia elétrica residencial (10,52%). Curitiba registrou 0,03% no IPCA-15 de setembro.

    Siga-nos: Facebook | Instagram | juventudeube

    mais sobre pesquisa

    O IPCA-15 difere do IPCA, inflação oficial do país, apenas no período de cobrança e abrangência geográfica. Para cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 13 de agosto a 14 de setembro de 2022 (referência) e comparados com os vigentes de 14 de julho a 12 de agosto de 2022 (base).

    O IPCA-15 refere-se às famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a procedência, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, em além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

    AGRONEWS® é informação para quem produz

    Fonte: Noticias Agricolas