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Exportações brasileiras Para o Catar cresce 84%

    Exportações brasileiras Para o Catar cresce 84%
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    Exportações brasileiras Para o Catar cresce 84%
    Exportações brasileiras Para o Catar cresce 84%

    Exportações brasileiras Para o Catar cresce 84%

    De acordo com o Halal Times, Indonésia, Irã e Turquia estão entre as maiores economias muçulmanas.

    Ao longo dos anos, o Brasil fortaleceu e deu grandes passos na relação comercial com países de população árabe e muçulmana. E o carro-chefe que impulsiona esses números é a carne de frango brasileira.

    Para se ter uma ideia, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), 15% a 20% da produção brasileira de frango, ou seja, pouco mais de dois milhões de toneladas por ano, é destinada aos países árabes. E no primeiro semestre de 2022, os embarques dessa proteína para os países árabes continuaram em curva ascendente. Somente para os Emirados Árabes Unidos, a variação no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado foi de aumento de 66% em volume e 113% em receita. Outro exemplo é o Catar, que teve um crescimento de 45% em volume e 84% em receita nos embarques de carne de frango no primeiro semestre de 2022 em relação a 2021.

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    “O Brasil mostrou aos países árabes sua competência em produzir carne de frango de qualidade e segura para o consumo da população muçulmana. E esse caminho proporcionou uma relação comercial sólida, mas ainda promissora, para o Brasil além do mundo árabe. A segurança alimentar é uma exigência da religião islâmica, mas cada vez mais valorizada e exigida em todo o mundo. Por isso, além do crescimento com os países islâmicos, acredito na expansão do mercado brasileiro de frango halal em várias partes do mundo”, destaca o Diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi.

    Certificação Halal – O processo de certificação analisa toda a cadeia, como matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, entre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína.

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    Quando se fala em carne de frango halal, muitos processos estão envolvidos e não apenas o tradicional e já conhecido abate halal. Toda a cadeia produtiva precisa seguir a jurisprudência da religião islâmica para que esse produto possa ser comercializado nesses países.

    As normas halal abrangem desde a criação do animal, passando por todas as etapas da produção até o transporte do produto. Assim, se um pequeno produtor de frango tiver interesse em obter a certificação para vender para a indústria que vai exportar para países árabes e muçulmanos, pode fazê-lo, desde que atenda a todos esses requisitos e obtenha a certificação.

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    A gerente de Qualidade Halal da CDIAL, Jéssica Benevides, explica que a avaliação do auditor é baseada tanto na regulamentação halal quanto na regulamentação brasileira definida pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “O trabalho é baseado naqueles requisitos que são os mais rigorosos. Mas também é importante ressaltar que cada país pode ter uma determinação específica, que pode ser mais ou menos flexível para determinados pontos e etapas do processo produtivo”, explica Jéssica.

    Por isso é importante conversar com quem busca a certificação para entender se o produtor brasileiro já tem um país específico para vender seu produto e, neste caso, é muito importante que conheçam a legislação e a certificação daquele país, pois esses serão, principalmente, os pontos verificados pelo auditor da certificadora. “No entanto, se você quiser negociar com outros países que tenham requisitos específicos, esses outros pontos devem ser auditados novamente”, enfatiza o gerente. E se o produtor ainda não souber para qual país vender, o processo de certificação é baseado no país com os requisitos mais rigorosos.

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    Um dos principais pontos avaliados pela certificação ainda na fazenda é o bem-estar animal, que envolve, entre outros pontos, manter os animais em temperatura adequada, se a vacinação está em dia e se as boas práticas exigidas pelo MAPA estão sendo seguidas .

    Além disso, há um ponto muito importante exigido por alguns países árabes, como a Arábia Saudita, em relação à alimentação. O frango halal, desde o nascimento até o momento do abate, deve ser alimentado com ração verde, ou seja, aquela que, em sua composição, não contenha nenhum produto de origem animal.

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    Há também certificação para a produção de ovos halal. Conforme explica Jéssica, os requisitos são os mesmos, mas há alguns pontos específicos neste caso, por exemplo, boas práticas de fabricação, incluindo temperatura de armazenamento, embalagem e transporte. No caso específico das máquinas, um dos pontos observados é o lubrificante utilizado, pois no halal este produto não pode conter nenhum componente de origem suína. Além disso, nas embalagens de transporte dos ovos, deve-se observar também que não há produto de origem animal em sua composição.

    Já na geladeira, há determinações halal específicas, além dos demais processos de boas práticas brasileiras que devem ser atendidos. E as outras etapas são baseadas na regulamentação brasileira, mas o auditor também verifica se há algo dentro do processo de produção que possa afetar o halal. “Por exemplo, se o sabão usado para a higienização do equipamento contiver algum produto de origem animal, neste caso, não pode ser usado”, alerta.

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    Em se tratando de embalagens, é preciso atender às exigências brasileiras quanto à passagem de oxigênio de fora para dentro e vice-versa, para que nenhum fator externo possa comprometer a qualidade do produto que chegará ao consumidor final. Além disso, o halal exige que todas as informações do produto sejam escritas em árabe na embalagem, assim como o selo halal.

    “Em relação ao armazenamento, é preciso verificar se ele é realizado corretamente, ou seja, em câmaras frigoríficas ou espaços destinados exclusivamente a produtos halal”, orienta Jéssica.

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    Após deixar a indústria, é importante observar os requisitos de transporte para produtos halal. “O ideal é realizar um transporte exclusivo para produtos halal, além de atentar para a temperatura de armazenamento, deslocamento, limpeza das embalagens e tempo de carregamento do produto”, enfatiza o gerente.

    A certificação Halal analisa todas essas etapas para garantir que este produto seja 100% seguro para consumo pela população muçulmana. “No caso da proteína animal, sem certificação não é possível acessar esses mercados, pois esta é uma exigência na maioria dos países. O selo halal é um selo de qualidade, que está ligado à segurança alimentar, além de avaliar o bem-estar animal, que é uma busca incessante em todo o mundo. Halal é um cuidado com os processos”, explica Jéssica.

    SIAVS – Todas essas informações sobre a certificação da cadeia produtiva da carne de frango e as possibilidades de mercado com os países árabes e muçulmanos, que possuem quase ¼ da população mundial, podem ser obtidas com o CDIAL Halal no SIAVS (International Poultry and Suin Farm), realizado de 9 a 11 de agosto, no Ahembi Parque, em São Paulo.

    Durante o evento, que reunirá empresas e profissionais que atuam em toda a cadeia avícola, serão realizados debates que unem pesquisadores, lideranças e indústrias em busca de compartilhar novidades e os rumos da atuação no Brasil e no mundo.

     



    Fonte: Noticias Agricolas

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