Pular para o conteúdo

Mineração de ouro em MT será monitorada por Blockchain

    agronews

    O Gold Blockchain em MT, segundo o CEO da empresa, o “Certimine” que é uma certificação blockchain, surgiu da necessidade de modernizar e inovar as negociações entre mineradores e compradores de todo o mundo.

    Seguindo as tendências do mercado internacional, o setor de mineração de ouro artesanal, de pequeno e médio porte da Baixada Cuiabana, em Mato Grosso, busca investimentos em novas tecnologias, como blockchain, para viabilizar a certificação e rastreabilidade do minério.

    Patrocinadores

    Para atender a essa demanda e também para responder a diversos questionamentos sobre a cadeia produtiva do ouro, principalmente quanto à ilegalidade, o setor privado tem investido em parcerias com startups da área, que modernizam processos por meio de aplicativos, passaportes digitais, programas de segurança e rastreabilidade, inovações que criam proteção nas negociações entre mineradoras e compradores.

    Blockchain de ouro em MT

    Nas localidades de Poconé (104 km de Cuiabá) e Nossa Senhora do Livramento (45 km de Cuiabá), pequenos garimpeiros estão iniciando testes com a startup brasileira Minery, que tem em seu portfólio de serviços a rastreabilidade digital do blockchain da Minespider (empresa alemã responsável por uma blockchain pública autorizada especialmente projetada para rastreabilidade de matéria-prima).

    Patrocinadores

    De acordo com Eduardo Gama, CEO da Mineração, a empresa produziu uma série de soluções que permitem aos mineradores conhecer as melhores práticas internacionais e poder vender sua produção para consumidores em qualquer lugar do mundo. Por outro lado, os clientes estão mais seguros em suas compras.

    A Certimine, certificação da Mineração, surgiu da necessidade de modernizar e inovar as negociações entre mineradores e compradores de todo o mundo, sejam eles pequenos, médios ou grandes.“, ele diz.

    A certificação começa com a visita de técnicos treinados, que avaliam pessoalmente diversos elementos estabelecidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, incluindo a legalidade da empresa, o impacto ambiental nas comunidades vizinhas, o uso de equipamentos de segurança pelos trabalhadores e se há trabalho infantil ou escravo, entre outros.

    Ainda de acordo com Gama, outra decisão crucial para garantir maior controle sobre fornecedores e commodities negociadas é a implantação dos passaportes digitais do Minespider, criados para rastrear matérias-primas.

    O passaporte agrega informações ao longo da cadeia, desde certificações como Certimine, logística e outras análises que dão suporte à rastreabilidade do produto até o cliente final.“, ele diz.

    A implantação desses projetos, que visam aumentar a transparência na cadeia produtiva do ouro na Baixada Cuiabana, foi negociada pela Fênix DTVM, empresa regulamentada pelo Banco Central para atuar na compra e venda do mineral. Pela natureza do seu negócio, a DTVM mantém um bom relacionamento com os mineradores e apoia outras iniciativas que promovam as melhores práticas de negócios.

    Nossa missão é ajudar os mineradores em suas principais dificuldades, promovendo iniciativas que possam levá-los a patamares de excelência. Com a certificação, também respondemos às dúvidas da sociedade e damos um grande passo para tornar a mineração uma atividade respeitável, alinhada às normas vigentes que incorporam aspectos sociais, ambientais e econômicos.”, relata Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva, Diretor de Operações da Fênix DTVM.

    Blockchain de ouro em MT
    Mineração de ouro em MT será monitorada por Blockchain 2

    Mineração em Mato Grosso

    A mineração no estado de Mato Grosso vem se desenvolvendo ao longo do tempo e atraindo diversas empresas para prospectar diferentes tipos de minérios ao longo dos últimos anos. Alguns deles têm requisitos de pesquisa e até projetos que estão em fase de concessão de mineração.

    O potencial do estado inclui reservas de níquel, zinco, fosfato e ouro. Em Aripuanã, um projeto considerado um dos 10 maiores do mundo em produção de zinco entrará em operação no ano que vem, com investimentos de R$ 2 bilhões e 1.600 empregos gerados.

    Atualmente, Mato Grosso é o primeiro no ranking nacional em exigências de área mineral. Em Aripuanã, investimentos de R$ 2 bilhões em um projeto considerado um dos 10 maiores do mundo em zinco.

    Possuímos reservas consideráveis ​​de níquel, zinco, fosfato e ouro, além das diversas indústrias de calcário, fundamentais para o agronegócio mato-grossense, cal e cimento.”, disse o presidente da Companhia Mineira Mato-grossense (Metamat), Juliano Jorge Boraczynski.

    Segundo Juliano, Peixoto de Azevedo é atualmente a maior do país e a sexta pessoa jurídica na produção de ouro. O município foi o maior produtor estadual, produzindo mais de 4,5 toneladas em 2016. Em 2019, essa posição foi ocupada por Poconé, embora com produção menor, mas superior a duas toneladas.

    Mato Grosso possui potencial mineral, com considerável volume de reservas prontas para produção, como níquel, em Comodoro; zinco (Aripuanã), fosfato (Mirassol d’Oeste) e ouro (Matupá, Peixoto de Azevedo e Pontes e Lacerda).

    Além desse potencial, destacam-se as indústrias calcárias, fundamentais para o agronegócio mato-grossense, cal e cimento (em menor escala), distribuídas nos municípios de Alto Garças, Barra do Bugres, Cáceres, Cocalinho, Cuiabá, Glória d’ Oeste, Guiratinga, Nobres, Nova Xavantina, Paranatinga, Planalto da Serra, Porto Estrela, Poxoréu, Primavera do Leste, Rosário Oeste e Tangará da Serra.

    Shiela Klener

    Para a presidente da Associação Profissional dos Geólogos do Estado de Mato Grosso – AGEMAT, Sheila Klener, a mineração é o segundo setor produtivo do estado, perdendo apenas para o agronegócio. Sheila destacou a importância da extração mineral não só de metais nobres como o ouro, mas de minérios como areia, brita, argila e principalmente calcário – que é amplamente utilizado no agronegócio. “Além da indústria, pecuária e do próprio agronegócio, também temos mineração – e não é só ouro, temos areia, cascalho, argila, calcário e água mineral.“, explica Sheila.

    Outros temas relevantes também foram discutidos no evento, como a produção de agrominerais silicatados, a corrida do potássio, mapeamento geológico, novas oportunidades na oferta pública de títulos de mineração, convênios com órgãos federais, socioambientais vinculados à regulamentação de pequena mineração e outras questões relevantes no setor mineral.

    AGRONEWS® é informação para quem produz



    Fonte: Noticias Agricolas