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Continuidade do fenômeno La Niña afetará o clima no verão

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A La Niña, fenômeno climatológico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, deve durar mais e entrar no ano de 2023. As correntes refrigeradas causadas por ela alteram os padrões de chuvas e ventos em grande parte do mundo.

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Esse fenômeno ocorre naturalmente por razões ainda a serem definidas, os cientistas apontam que até mesmo a radiação solar pode afetar a temperatura das águas do Pacífico. Períodos de La Niña são seguidos por períodos de El Niño, quando as mesmas águas apresentam temperatura acima do normal, e períodos de neutralidade.

La Niña continuará afetando o clima no verão. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

A aceleração do aquecimento global, a emissão de gases de efeito estufa e o derretimento das calotas polares agravaram esses fenômenos, que são mais frequentes e duradouros do que a média esperada. Pela terceira vez na história, La Niña dura três verões consecutivos.

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A continuidade do fenômeno afetará algumas lavouras, mas com menos intensidade do que em 2021, quando algumas lavouras tiveram quebra de safra de até 50%.

Continuidade de La Niña

Segundo o boletim da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), órgão do serviço meteorológico dos Estados Unidos, a maior probabilidade é que o Pacífico volte à normalidade apenas em meados do verão.

Com isso, o período de novembro a janeiro deve ser marcado por estiagem no Sul do país, e chuvas um pouco acima da média no Norte e Nordeste. A probabilidade de ocorrência do La Niña é de 93%, e o final da primavera no Sul do Brasil já está sendo marcado por uma atípica frente fria, período considerado crítico para a safra de milho.

Entre dezembro e fevereiro, a probabilidade de ocorrência do La Niña é de 72%, e entre janeiro e março, a probabilidade de ocorrência cai para 55%. Esses meses são fundamentais para a cultura da soja.

A situação se inverte no início da safra da safra de verão: entre fevereiro e abril, a probabilidade de ocorrência do La Niña é de 36%, segundo o boletim da NOAA. De março a maio, os dados apontam para 74% de chance de neutralidade na temperatura das águas do Oceano Pacífico.

O Centro Meteorológico Europeu (ECMWF), por sua vez, divulgou modelos climáticos que apontam para o aquecimento das águas em algumas regiões do Pacífico. Para a agência, o aquecimento deve continuar ao longo de 2023 e configurar o fenômeno El Niño no ano seguinte.

Apesar de sua importância, La Niña não é o único fenômeno climatológico em ação. O mês de dezembro ainda pode trazer frio para algumas regiões, devido ao avanço das massas de ar polares. Estas, porém, não devem afetar muito as regiões Sudeste e Centro-Oeste, que devem apresentar nebulosidade e chuva excessivas, causadas por episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

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Previsão do tempo por região

região norte

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indicam que toda a Região Norte deve registrar volumes de chuva acima da média climatológica durante o verão. As temperaturas devem permanecer próximas da média histórica durante o período.

Região Nordeste

No Nordeste, a tendência também é de chuvas acima da média e temperaturas próximas à média climatológica. As exceções ficam por conta da região centro-sul da Bahia, que terá temperaturas um pouco abaixo da média, e do Maranhão e oeste do Piauí, que terão temperaturas acima da média.

região centro-oeste

Na Região Centro-Oeste, a tendência é de precipitação acima da média no centro-norte de Mato Grosso e Goiás. O restante da região deve ter chuvas um pouco abaixo da média histórica e as temperaturas vão se manter na faixa esperada.

região sudeste

A Região Sudeste deve ter chuvas acima do normal na região centro-norte de Minas Gerais e Espírito Santo. No restante da região, as chuvas devem ficar abaixo da média. As temperaturas devem ficar abaixo da média histórica no Espírito Santo, nordeste de Minas Gerais e norte do Rio de Janeiro. Em São Paulo, a previsão é de temperaturas um pouco acima do normal para o período.

zona sul

A Região Sul deve ser uma das mais afetadas pelo La Niña, portanto, as chuvas devem ficar abaixo da média, principalmente no Rio Grande do Sul. As temperaturas devem ficar próximas da média ou ligeiramente mais altas em algumas partes, como no oeste do Rio Grande do Sul.

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Fonte: Portal Inmet, MetSul, Tempo, Clima Clima

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Fonte: Agro

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