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Cultivo de cacau é a aposta para recuperação de áreas degradadas

Cacau Cabruca Divulgacao
Foto: Divulgação/Sistema Faeb/Senar

Em procura de um sistema produtivo cada vez mais sustentável, agentes que atuam no setor agropecuário se reuniram, nesta quarta-feira (5), na sede do Sistema Faeb/Senar, em Salvador, para discutir ações que unam preservação e desenvolvimento de diversas cadeias produtivas. A Cargill – multinacional que atua na produção e processamento de víveres – apresentou seu Projecto Pátrio de Recuperação de Áreas Degradadas a entidades de classe, com vistas a firmar parceria para atuar na Bahia.

A meta é bastante promissora: restaurar, em unicamente cinco anos, 100 milénio hectares em todo o país, priorizando os biomas Compacto e Mata Atlântica, amplamente presentes na Bahia, nas regiões Oeste e Sul, respectivamente. A intenção da empresa é atingir, por meio do Sistema Faeb/Senar e Iagro, o maior número de pequenos, médios e grandes produtores rurais, para viabilizar a realização do projecto no Estado.

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“Quando pensamos nessa iniciativa, sabíamos que não conseguiríamos implementá-la sozinhos, por isso traçamos metas de resultados e parcerias. Pensamos na Faeb e no Senar pelo trabalho já realizado com os produtores rurais, pela credibilidade das instituições e, principalmente, pela capilaridade para nos fazer atingir de forma assertiva nosso público-alvo”, disse Rafael Hamawaki, Gerente de Projetos da Cargill.

Segundo ele, a empresa aposta no cultivo do cacau uma vez que grande coligado, já que a lavoura garante o replantio da vegetação nativa. A iniciativa vai ao encontro dos modelos de atuação nos dois biomas prioritários, uma vez que a cacauicultura já está consolidada no sul da Bahia e, mais recentemente, foi introduzida no oeste. “Enxergamos o cacau uma vez que segmento fundamental da estratégia de restauração, resolvendo dois problemas ao mesmo tempo: ambiental e mercadológico, pois temos outro objetivo, que é fazer com que o Brasil deixe de ser importador e passe a ser exportador dessa commodity”, explicou.

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cacau reuniao Divulgacao
Foto: Divulgação/Sistema Faeb/Senar

cacau sustentável

“Existe um déficit mundial de cacau e o Brasil é o país capaz de suprir essa urgência, e o melhor: cacau sustentável. A cultura do cacau no Compacto vai contribuir para intensificar a produção pátrio, além de restaurar áreas e levar tecnologia aos produtores dessa masmorra produtiva”, avalia Moisés Schmidt, diretor regional da Faeb no Oeste da Bahia e produtor rústico que aposta na a introdução da cultura na região.

O presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, recebeu com exaltação a possibilidade de parceria. “Nosso lema é transformar vidas. Quando entramos pelo portão de um imóvel, queremos entrar também na vida daquela família, trazendo conhecimento e técnica. Tudo o que se faz nesta morada tem que ter instrução transversal, pois o nosso maior investimento é no ser humano. Por isso crescemos tanto nos últimos anos e conseguimos chegar a 417 municípios da Bahia, trabalhando com uma novidade classe rústico brasileira. O projeto Agro + Verdejante vai ao encontro dos nossos propósitos. Já podemos pensar em um grupo de trabalho para ampliar as discussões e estratégias de atuação”.

Além da Faeb e do Senar, o projecto conta com o espeque da Ceplac (Percentagem Executiva do Projecto da Lavoura Cacaueira), mecanismo vinculado ao Ministério da Lavoura e Pecuária (Planta).

**Oriente texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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