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Manejo do pasto: Um olho no boi, outro na calagem

    Manejo do pasto: Um olho no boi, outro na calagem

    “O olho do dono engorda o boi”, como diz o ditado. Mas você sabia que o calcário aplicado no solo pode ser um item ainda mais importante para o pecuarista converter rapidamente capim em arroba de boi?

    O composto mineral fortifica os solos das pastagens e por isso é reconhecido entre os insumos e cuidados essenciais que compõem as boas práticas de manejo que visam, entre outros objetivos, ter à disposição capim verde, pronto para alimentar os animais, com antecedência.

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    Na propriedade de Edmar Queiroz, no município de Rosário Oeste, no Mato Grosso, a aplicação de calcário em 3 mil hectares de pastagens passou a fazer parte do protocolo regular de cuidados com o solo há cerca de cinco anos.

    Ele garante que a diferença entre antes e depois seja evidente aos olhos. “A área onde o calcário é aplicado é muito visível em comparação com outra que não é.

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    O tipo de grama é diferente, brota mais rápido, demora mais para secar e também é mais resistente a pragas. Faz a diferença em todas as estações.”

    Essa diferença gera um impacto positivo no rebanho Nelore e Angus, com cerca de 5.000 cabeças, cuja carne chega a países como China e Inglaterra.

    “A calagem bem feita, o pasto bem cuidado, junto com o manejo correto dos animais, isso ajuda muito na conversão em arroba do gado gordo. O efeito no gado vem”, recomenda o produtor rural.

    O engenheiro agrônomo Luiz Afonso Vaz Souza destaca que a incorporação de técnicas de calagem e adubação na pecuária aumentou consideravelmente nos últimos anos, uma demonstração da tecnologia da atividade.

    “O pecuarista que não evolui, não amadurece o pensamento de ver o pasto como uma cultura anual, fica para trás. É importante investir e calcular a conversão de arrobas por hectare por ano.

    Caso contrário, o produtor não sabe exatamente onde estão os gargalos”.

    Responsável pelos cuidados com o solo e as lavouras de uma propriedade na região de Nobres (MT), Souza vem intensificando o planejamento de aplicações de calcário e o mapeamento de talhões com o auxílio de amostras de solo analisadas em laboratório.

    No histórico da fazenda, há aplicações de doses de até 5 toneladas do insumo por hectare de pasto.

    Ele conta que os planos incluem também, em breve, a implantação de um modelo de integração lavoura-pecuária, que exige ainda mais atenção às boas práticas de manejo.

    “A gestão racional influencia muito a atividade. Não adianta ter o melhor gado, genética de ponta, bom pasto, boa ração no cocho e no dia do embarque para o matadouro atrapalhar o gado.

    O bem-estar animal e o cuidado como um todo na propriedade é o que faz ter uma carne de qualidade na gôndola do supermercado”, enfatiza o profissional.

    A aplicação de cal deve ser orientada por um profissional, preferencialmente com base em análises de amostras de solo, customizadas para cada área.

    Dessa forma, o produtor tem a garantia de que os solos receberão a quantidade necessária do insumo para que sejam aproveitados os benefícios da correção da acidez e o consequente estímulo à maior disponibilidade de cálcio e magnésio para as plantas.

    Em contato com o solo, o calcário corrige o pH, o que permite que macro e micronutrientes se tornem mais absorvíveis pelas raízes. Mas esse fenômeno não ocorre instantaneamente.

    E é por isso que a calagem requer planejamento, devendo ser adotada dentro de um protocolo rotineiro de cuidados com a produtividade, com aplicações regulares, seja em lavouras ou pastagens, recomendam os agronômicos.

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