A redução dos cronogramas de abate em alguns frigoríficos, agitou o mercado físico de boi gordo nesta quarta-feira (23/11).
O alimentando a possibilidade de uma recuperação mais consistente dos preços da arroba, informam os analistas da IHS Markit.
Ao mesmo tempo, a consistência no fluxo de carne bovina embarcada para o exterior, somada à possibilidade de aumento do consumo interno de proteínas, levou muitas indústrias a voltarem a comprar gado, acrescenta a consultoria.
“O ambiente de estabilidade dos últimos dias deu lugar a um movimento mais firme na arroba, abrindo uma janela de oportunidade para novas altas e maior liquidez nos negócios” enfatiza o IHS.
Conforme já mencionado neste texto, a oferta de animais para abate parece ser mais enxuta em algumas regiões produtoras do país, enquanto os volumes de bovinos comercializados pela modalidade a termo (negociações antecipadas) também perderam participação na linha de abate de das unidades, fatores que resultaram no encurtamento das escalas de abate das indústrias frigoríficas.
Dessa forma, diz IHS Markit, com maior necessidade de originar gado no mercado ver, indústrias enfrentam baixa disponibilidade de lotes de pecuaristas, reflexo da menor oferta de animais terminados no segundo turno de confinamento.
Nesse contexto, continua a consultoria, o descompasso entre oferta e demanda pelo boi gordo deve continuar trazendo um cenário otimista em relação à formação de preços mais firmes para o boi gordo.
Além disso, a alta da arroba estimulou os negócios, com a participação de unidades frigoríficas que visam garantir os compromissos de produção para o final do ano.
A IHS Markit capturou nesta quarta-feira aumentos nos preços da arroba em Cáceres e Tangará da Serra, ambos em MT, de R$ 243 para R$ 251, e altas marginais em outros mercados monitorados no estado.
Em Balsas, no Maranhão, a arroba passou de R$ 258 para R$ 261. Em Belo Horizonte-MG, o boi gordo passou de R$ 266 para R$ 271. Em Gurupi, no Tocantins, os preços subiram de R$ 263 para R$ 271.
Segundo dados da Scot Consultoria, nos mercados paulistas os negócios acontecem com preços firmes e a ponta compradora tem aumentado suas escalas de abate, que são, em média, de 9 dias.
Assim, em SP, as referências são R$ 275/@ de boi gordo, R$ 260/@ de vaca gorda e R$ 270/@ de novilha gorda (preços brutos e prazos), informa Scot.
O boi chinês (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está cotado a R$ 280/@ no mercado paulista (bruto e a prazo), acrescenta Scot.
“No mercado atacadista, houve estabilidade nos preços dos principais cortes bovinos, embora a baixa liquidez tenha gerado formação de volumes nos estoques”, relata IHS Markit. Essa situação deve continuar nesta semana, não há demanda mais vigorosa por proteína, mesmo com a chegada do fim do último final de semana” acrescenta a consultoria.
Com isso, as expectativas se voltam para a próxima semana, com a maior entrada da massa salarial, 13º salário e jogos do Brasil na Copa do Mundo, que estimulam a demanda por carne bovina, de longe a proteína preferida dos consumidores brasileiros.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta quarta-feira, 23/11
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 226/@ (prazo)
MT-Tangará:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 226/@ (prazo)
MT-B. Garças:
carne bovina a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 224/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 225/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 242/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca R$ 256/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (dinheiro)
RS-Porto Alegre:
carne bovina a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 281/@ (dinheiro)
vaca a R$ 255/@ (dinheiro)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 259/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
TO-Gurupi:
carne bovina a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 253/@ (dinheiro)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 220/@ (dinheiro)
RJ-Campos:
carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (dinheiro)
