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Inovação tecnológica impulsiona a pecuária de cria

Sistema PPS: A Solução para Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) têm se mostrado cada vez mais eficientes na produção agropecuária, principalmente no Brasil central, onde a raça nelore é predominante. No entanto, para obter os melhores resultados, é necessário um manejo adequado, levando em consideração as necessidades específicas de cada fase da vida do animal. É nesse contexto que surge o Sistema PPS, uma recomendação de manejo desenvolvida pela Embrapa Agrossilvipastoril após mais de dez anos de estudos.

O Sistema PPS, que tem como pilares a precocidade, produtividade e sustentabilidade, visa otimizar a utilização dos diferentes sistemas produtivos, proporcionando ganhos significativos tanto em termos de desempenho animal quanto ambiental. A rotação do rebanho entre áreas de ILP e sistemas com árvores permite obter maior ganho de peso, melhor resposta do sistema imune e produção hormonal, além de contribuir para uma pecuária mais sustentável.

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Neste artigo, iremos explorar em detalhes o funcionamento do Sistema PPS, suas vantagens e benefícios, bem como as recomendações de manejo para cada categoria animal. Aprenda como essa abordagem inovadora pode revolucionar a pecuária de cria e trazer resultados expressivos para a sua fazenda. Não perca!


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Desenvolvimento

Com mais de dez anos de estudos, os pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril desenvolveram o Sistema PPS, que se destina especificamente à pecuária de cria, principalmente para fazendas que trabalham com a raça nelore no Brasil central. A proposta desse sistema é aproveitar os benefícios da integração lavoura-pecuária (ILP) e dos sistemas silvipastoris de acordo com a fase de vida do animal.

Benefícios do Sistema PPS

O Sistema PPS baseia-se na rotação do rebanho em diferentes sistemas produtivos, visando obter maior ganho de peso na ILP e uma maior produção hormonal e de anticorpos na presença de árvores. Isso resulta em precocidade sexual e melhor resposta do sistema imune dos animais. Além disso, o uso de sistemas com baixa emissão de carbono ou que neutralizam emissões contribui para uma produção pecuária mais sustentável.

Uso de Diferentes Sistemas Produtivos

O Sistema PPS preconiza o uso de mais de um sistema produtivo na fazenda, como a integração lavoura-pecuária e sistemas silvipastoris (como a integração pecuária-floresta). Embora mais complexo em termos operacionais, esse manejo proporciona benefícios não só para os animais, mas também para o meio ambiente, contribuindo para dinâmicas sustentáveis.

Pecuária-floresta

No Sistema PPS, as matrizes são levadas para áreas de integração pecuária-floresta para reduzir o estresse calórico e melhorar o balanço hormonal, favorecendo o ciclo reprodutivo. Em seguida, são conduzidas para áreas de ILP para favorecer o ganho de peso. O retorno das vacas para áreas sombreadas próximo ao parto reforça o sistema imunológico, beneficiando os bezerros e proporcionando conforto térmico. A rotação dos lotes na fazenda, conforme recomendado pelo Sistema PPS, abrange diferentes categorias animais, desde matrizes até animais de engorda e descarte. A estratégia de manejo é embasada em resultados de pesquisas e experimentos conduzidos com a raça nelore em Mato Grosso. Novos estudos estão sendo realizados para validar o Sistema PPS em outras raças, visando benefícios para a produção pecuária de forma mais ampla.
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Conclusão

O Sistema PPS surge como uma recomendação de manejo específica para a pecuária de cria, baseada em mais de uma década de estudos com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. Ao aproveitar os benefícios da integração lavoura-pecuária e dos sistemas silvipastoris, focando na fase de vida do animal, o PPS visa otimizar o ganho de peso, a produção hormonal, a resposta imune e a sustentabilidade da produção pecuária.

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Com esta abordagem, onde os animais são direcionados para diferentes sistemas produtivos conforme suas necessidades em cada etapa de vida, o Sistema PPS mostra-se como uma alternativa promissora para melhorar a eficiência e a rentabilidade das fazendas que trabalham com a raça nelore no Brasil central. A rotação dos lotes na fazenda e a integração dos sistemas trazem benefícios não apenas para os animais, mas também para o ambiente, contribuindo para uma produção pecuária mais sustentável e eficaz.

Assim, ao adotar o Sistema PPS, os produtores podem obter ganhos significativos em termos de produtividade, saúde animal e impacto ambiental, tornando-se uma ferramenta valiosa para impulsionar a pecuária de cria de forma mais eficiente e sustentável.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Sistema PPS: O novo manejo para pecuária de cria

Pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril (MT) desenvolveram o Sistema PPS, que combina precocidade, produtividade e sustentabilidade, especialmente para fazendas que trabalham com a raça nelore no Brasil central. Esse sistema integra a lavoura-pecuária (ILP) e sistemas silvipastoris, proporcionando benefícios em termos de ganho de peso, produção hormonal e imunidade dos animais, além de promover uma pecuária mais sustentável.

Perguntas Frequentes sobre o Sistema PPS

1. Como funciona o Sistema PPS?

O Sistema PPS consiste na rotação do rebanho em diferentes sistemas produtivos, como ILP e ILPF, de acordo com a fase de vida do animal, visando obter ganhos de peso, precocidade sexual e melhor resposta imunológica.

2. Quais são as vantagens do Sistema PPS?

O Sistema PPS proporciona um melhor balanço hormonal para as matrizes, reduzindo o estresse calórico, e promove um ambiente propício para o desenvolvimento dos animais, resultando em uma pecuária mais sustentável e produtiva.

3. Quais são as recomendações de manejo do Sistema PPS?

O Sistema PPS recomenda a utilização de mais de um sistema produtivo na fazenda, como ILP e ILPF, e a rotação dos lotes de acordo com as necessidades de cada categoria animal, incluindo matrizes, novilhas e animais de engorda.

4. O Sistema PPS é específico para a raça nelore?

Sim, o Sistema PPS foi desenvolvido considerando as condições climáticas e de manejo da raça nelore em Mato Grosso. No entanto, novos estudos estão sendo realizados para validar o manejo para outras raças.

5. Como posso implementar o Sistema PPS na minha fazenda?

Para implementar o Sistema PPS em sua fazenda, é importante consultar as recomendações de manejo específicas para cada categoria animal e realizar um planejamento operacional adequado para garantir os benefícios do sistema.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril (MT) reuniram resultados de mais de dez anos de estudos com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) em uma recomendação de manejo específica para a pecuária de cria.

O Sistema PPS, iniciais de precocidade, produtividade e sustentabilidade, é destinado a fazendas que trabalham com a raça nelore no Brasil central.

A proposta é a de aproveitar os benefícios da integração lavoura-pecuária (ILP) e dos sistemas silvipastoris conforme a fase de vida do animal. 

O novo sistema preconiza a rotação do rebanho em diferentes sistemas produtivos, de forma a obter maior ganho de peso na ILP e a ter maior produção hormonal e de anticorpos no sistema com árvores, resultando em precocidade sexual e melhor resposta do sistema imune. Ao mesmo tempo, ao adotar sistemas com baixa emissão de carbono ou que neutralizam as emissões, tem-se uma produção pecuária mais sustentável. 

De acordo com o pesquisador Luciano Lopes, a definição da estratégia de manejo do Sistema PPS se baseou em diferentes resultados de pesquisas obtidos nos experimentos de ILPF da Embrapa Agrossilvipastoril. “Esses resultados envolveram comportamento e saúde animal, produtividade e alguns indicadores de precocidade sexual. A partir de então, pudemos perceber que alguns sistemas produtivos são melhores para cada categoria, de acordo com as suas necessidades e com o objetivo do produtor”, explica o pesquisador.

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Photo: Gabriel Faria/Embrapa

Lopes destaca que o Sistema PPS tem como característica o uso de mais de um sistema produtivo na fazenda. O planejamento deve ser feito de modo a se ter áreas com integração lavoura-pecuária e também áreas com ILPF ou silvipastoril (integração pecuária-floresta: IPF). “Apesar de ser um pouco mais complexo do ponto de vista operacional, esse manejo traz ganhos além do componente animal. A parte ambiental também é beneficiada em termos de dinâmica de carbono, por exemplo”, detalha.

Pecuária-floresta

Quando as matrizes entram na estação de monta precisam ter níveis hormonais mais elevados para que possam ciclar. Ao reduzir o estresse calórico, por meio do acesso à sombra das árvores, tem-se um melhor balanço hormonal. Dessa forma, recomenda-se que esta categoria animal seja levada para áreas com integração pecuária-floresta até que sejam emprenhadas. 

Na etapa seguinte, quando o ganho de peso passa a ser importante para o desenvolvimento e o crescimento do feto e para melhoria do escore corporal da vaca, o lote de matrizes é conduzido para a ILP. 

Próximo ao parto, as vacas retornam ao pasto sombreado, onde poderão reforçar seu sistema imunológico, passando anticorpos para os bezerros. Os partos ocorrem no sistema silvipastoril, proporcionando melhor conforto térmico para os recém-nascidos. 

O Sistema PPS traz as recomendações de manejo e rotação dos lotes na fazenda, como as exemplificadas para cada categoria animal. Além das matrizes, há recomendações para vacas de primeira cria, bezerras desmamadas, novilhas em crescimento e animais de cria, engorda e descarte.

“O Sistema PPS se baseia nas vantagens que cada modalidade de consórcio oferece. As condições microclimáticas da IPF e os benefícios da ILP para o solo são aqui explorados em sua plenitude, podendo trazer vários outros benefícios além do ganho de peso para fazendas que trabalham com cria e recria e terminação de novilhas a pasto”, relata o pesquisador.

As pesquisas usadas para validar esta recomendação de manejo foram obtidas em experimentos com uso de rebanho Nelore, nas condições climáticas de Mato Grosso; por isso, a restrição a esta raça. Novos trabalhos precisam ser feitos para que se valide o manejo para outras raças. A Embrapa Agrossilvipastoril está trabalhando também em uma versão do Sistema PPS com foco no ganho de peso de machos. 

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