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Lula e Macron falam sobre consonância entre Mercosul e União Europeia

    Lula e Macron falam sobre acordo entre Mercosul e Uniao

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta sexta-feira (23), com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris. Os dois conversaram sobre o consonância de livre negócio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) e os termos para destravar a negociação final entre as partes.ebc

    O presidente foi a Paris para participar do Summit for the New Global Financing Compact, promovido pelo presidente Macron, nesta quinta e sexta-feira. A cimeira contou com a presença de mais de 300 entidades públicas, privadas ou não governamentais, incluindo mais de 100 chefes de Estado.

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    Notícias relacionadas: Entendimento Mercosul-UE inibe indústria brasileira, alertam especialistas. Em seu exposição, ao lado do francesismo, Lula chamou de ameaço as exigências feitas pela União Européia para a finalização de um consonância com o Mercosul. A UE enviou aditivos para serem adicionados ao consonância, com previsão de emprego de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

    “A epístola complementar que foi feita pela União Europeia não permite que se chegue a um consonância. Nós vamos fazer a resposta, e vamos enviar a resposta, mas precisamos principiar a discutir. Não é provável que tenhamos uma parceria estratégica e há uma epístola suplementar ameaçando um parceiro estratégico”, disse Lula no evento.

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    O presidente também já defendeu mudanças em pontos do consonância de livre negócio sobre compras do governo. “Eles querem que o governo brasiliano compre coisas estrangeiras em vez de coisas brasileiras. E se não aceitarem a posição do Brasil, não há consonância. Não podemos renegar das compras governamentais, que são a oportunidade de sobrevivência das pequenas e médias empresas neste país”, disse Lula em exposição no início deste mês.

    Ratificado em 2019, depois 20 anos de negociações, o consonância Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países, o que pode levar anos e enfrentar resistências.

    desigualdades

    No evento de sobranceiro nível, hoje, que reuniu os líderes na cúpula, Lula defendeu que o combate às mudanças climáticas deve ser escoltado de ações contra a pobreza e cobrou mais investimentos dos países ricos em economias menos desenvolvidas e em ações contra as desigualdades sociais , de raça e gênero.

    “Somos um mundo cada vez mais desigual, e a riqueza está cada vez mais concentrada nas mãos de menos pessoas, e a pobreza concentrada nas mãos de mais pessoas. Se não discutirmos essa questão da desigualdade, e se não colocarmos ela tão prioritária quanto a questão do clima, podemos ter um clima muito bom e as pessoas [vai] continuam morrendo de lazeira em muitos países ao volta do mundo”, afirmou.

    Para o presidente, o mundo precisa aprimorar as instituições internacionais visando uma novidade governança mundial, de consonância com a geopolítica do presente, para coordenar esforços e estribar as nações necessitadas. Segundo ele, as Nações Unidas precisam restaurar representatividade e força política, para que medidas importantes do ponto de vista ambiental possam ser aplicadas globalmente, uma vez que forma de combater os efeitos das mudanças climáticas.

    “Se não mudarmos essas instituições, a questão climática vira piada. Quem vai obedecer as decisões dos fóruns que fazemos?”, questionou. “Não se cumpre porque não existe uma governança global com força para sentenciar as coisas e para nós cumprirmos. Se cada um de nós transpor de uma COP e voltar para legalizar as coisas dentro do nosso Estado Vernáculo, não aprovaremos”, acrescentou.

    O presidente lembrou ainda que o Brasil sediará a COP30, em 2025, pela primeira vez em um estado amazônico, no Pará, na capital Belém.

    programação em paris

    No encontro com Macron, Lula também abordou a guerra na Ucrânia e temas da agenda bilateral, uma vez que a retomada do intercâmbio cultural e a parceria estratégica entre os países na extensão de resguardo. Brasil e França têm consonância de transferência de tecnologia francesa no contextura do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que já entregou um submarino em 2022 e pretende entregar outros três anualmente até 2025.

    Em seguida o encontro com o presidente francesismo, hoje em Paris, Lula teve audiências com o presidente do Grupo Naval, Pierre-Eric Pommellet, com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, com o presidente do Congo, Denis Sassou-Nguesso, e com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o brasiliano Ilan Goldfajn.

    A comitiva presidencial só volta ao Brasil no termo de semana.

    Lula chegou a Paris ontem (22) pela manhã e, ao longo do dia, teve uma série de encontros bilaterais, entre eles com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Ele também se encontrou com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, com quem falou sobre a situação global e regional e o base do governo brasiliano à firmeza, combate à pobreza e reconstrução do país caribenho, depois os terremotos de 2021 e 2010.

    No final do dia, o presidente falou no fechamento do evento Power Our Planet, a invitação da filarmónica britânica Coldplay. Durante seu exposição, Lula culpou os países ricos pela crise climática e reafirmou o compromisso brasiliano de desmatamento zero na floresta até 2030.

    Itália

    Lula está na Europa desde a última terça-feira (20) e, antes da capital francesa, realizou agenda em Roma e no Vaticano, na Itália. Lá, ele conheceu o presidente italiano Sergio Matarella e a primeira-ministra Giorgia Meloni.

    Lula também visitou o Papa Francisco, no Vaticano, onde discutiram temas uma vez que o combate à lazeira e a guerra na Ucrânia. Ainda na Itália, o presidente se reuniu com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, em retribuição à solidariedade do italiano quando Lula esteve recluso em Curitiba, em 2018 e 2019.

    Fonte: Noticias Agricolas