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Entenda as diferenças entre os fenômenos El Niño e La Niña

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Mal os produtores rurais pararam se preocupe com La Niñaque afetou diversas culturas no Brasil nos últimos anos, e já há notícias sobre o chegada do El Niño. Os dois eventos estão relacionados e resultam do fenômeno atmosférico oceânico El Niño-Oscilação Sul (ENSO). Mas quais são suas diferenças e uma vez que elas afetam o agronegócio brasílico?

Situações opostas do mesmo fenômeno

El Niño e La Niña são fenômenos resultantes da interação entre a temperatura do oceano e a circulação do ar na atmosfera. São eventos naturais e estão mapeados há quase um século, porém, os efeitos do aquecimento global podem fazer com que eles aconteçam com mais frequência, durem mais e ocorram com maior intensidade.

Os fenômenos ocorrem devido à mudança na intensidade dos ventos na região equatorial do Oceano Pacífico, chamados de ventos alísios, e devido à mudança na temperatura da chuva. Quando estão em ação, provocam mudanças nos regimes de chuvas e temperaturas em diferentes partes do orbe. Assim, podem suscitar secas ou enchentes e prejudicar o plantio e a colheita em diversas regiões.

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Ainda não há consenso sobre as causas exatas dos fenômenos, e estudos indicam que até mesmo a radiação solar pode afetar a frequência dos eventos.

O que é e quais são os efeitos do El Niño?

Imagem de satélite mostrando a temperatura mais subida do Oceano Pacífico. (Nascente: Wikimedia Commons/Reprodução)

Em períodos de ocorrência de El Niño, os ventos de superfície na região equatorial perdem força, o que faz com que o Oceano Pacífico tenha um aumento da temperatura média. A chuva quente evapora mais rápido, formando mais nuvens de chuva. Outro efeito é a subtracção da ressurgência em águas profundas, que diminui os nutrientes presentes na chuva e afeta a população de peixes.

Um maior intensidade de evaporação da chuva não significa que vai chover mais em todos os lugares. À medida que os ventos perdem força e, em alguns casos, até invertem a direção, há uma mudança nos padrões de precipitação no planeta. Durante o El Niño há maior incidência de secas na Austrália e chuvas supra do normal na costa oeste da América do Sul.

No Brasil, o El Niño provoca chuvas intensas ou supra da média histórica nas regiões Sul e Sudeste, e secas nas regiões Setentrião e Nordeste.

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O que é e quais são os efeitos do La Niña?

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Representação da queda de temperatura do Pacífico durante La Niña. (Nascente: Wikimedia Commons/Reprodução)

ONãoem um é o fenômeno oposto do El Niño. Durante seu período de ocorrência, os ventos alísios ganham força, aumentando a ressurgência das águas profundas do Oceano Pacífico, que trazem mais nutrientes e aumentam a população de peixes, melhorando a produtividade da pesca lugar.

A mudança dos ventos faz com que a chuva quente se acumule no oeste do Oceano Pacífico Equatorial, enquanto a chuva mais fria se acumula no Pacífico oriental, perto do Peru e do Equador. Os efeitos do La Niña são opostos aos do El Niño, as chuvas tornam-se mais intensas na Austrália e na Colômbia e podem ocorrer inundações.

No Brasil, o La Niña provoca chuvas supra da média histórica nas regiões Setentrião e Nordeste e secas nas regiões Sul e Sudeste. Nas últimas safras, produtores do sul do país sofreu com a seca, que afetou algumas das mais importantes lavouras dos Estados. O excesso de chuvas nas regiões Setentrião e Nordeste também é prejudicial, pois o volume pode se concentrar em poucos dias, prejudicando a idade de plantio e dificultando a ingressão e movimentação de máquinas durante a colheita.

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Efeitos humanos que agravam os fenômenos

El Niño e La Niña são fenômenos naturais, porém, alguns efeitos da ação humana e do aquecimento global podem afetar sua intensidade. Com a poluição, ocorre o aumento do efeito estufa, que provoca o derretimento das calotas polares, por exemplo. O gelo de chuva guloseima não se mistura involuntariamente com os oceanos de chuva salgada, e a temperatura também razão mudanças nos ciclos oceânicos.

A derrubada de florestas e os incêndios também podem afetar os fenômenos, pois geram a chamada desertificação. O ar quente dessas áreas começa a afetar o ciclo normal de deslocamento de ar causado pela pressão atmosférica. Tanto o El Niño quanto o La Niña têm duração média entre 2 e 7 anos, com efeitos mais intensos no início e perdendo força no final. Nos últimos anos, os fenômenos têm ocorrido com maior frequência e intensidade (mais chuvas ou secas), e duram mais tempo.

Combater o aquecimento global através de uma agronegócio mais sustentável é fundamental para a própria manutenção da lavoura na Terreno.

Fontes: One Planet, Ecycle, Inpe, NOAA, Climate.gov

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Fonte: Agro

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