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Divindad 42 Nombrado faz história ao ser vendido por R$ 1,225 milhão

    Divindad 42 Nombrado entra na história ao ser arrematada por R$ 1.225 milhão

    Chegou ao fim a 20ª edição da tradicional Marcha Anual de Resistência do Cavalo Crioulo, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). A prova, considerada um dos pilares da raça, foi realizada em Quaraí/RS e reuniu 25 conjuntos da raça.

    Com a rusticidade, resistência e poder de recuperação do Cavalo Crioulo, as séries percorreram os quinze dias de competição. Nos primeiros 12 dias da marcha, as etapas regulamentadas serviram para que os competidores conhecessem a estrada e seus cavalos, formulassem estratégias e se preparassem para a etapa final, com a chegada dos cursos livres que aconteceram nos últimos três dias de competição.

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    Na categoria Geral, quem conquistou o primeiro lugar foram dois nomes já conhecidos na modalidade: Jura do Rincão da Querência e Luís Umberto Silva Rodrigues, o Balula, com 7 horas, 26 minutos e 55 segundos – tempo somando as três etapas livres – consagrando assim o bicampeonato do grupo no desafio da resistência.

    A equipe, além de vencer no total de tempo livre, também venceu em sua categoria (éguas de 7 anos).

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    “Estou extremamente feliz, principalmente pelo que a Marcha nos proporciona. Aqui eu vejo tudo, vejo amigos, famílias, vejo pessoas acompanhando nosso trabalho e quem não traz a família acaba formando uma aqui. Somos todos uma família aqui”, diz.

    Além de todo o clima de fraternidade, ele também comenta sobre o companheiro de corrida. “Jura foi quem ganhou essa corrida, o prêmio é dela, é mérito dela. Temos uma história de parceria, nos conhecemos, eu entendo ela e ela me entende. Foi ela que me permitiu chegar em primeiro lugar e agora vou retribuir com o merecido descanso”, finaliza Balula.

    Uma das principais características da Marcha da Resistência é o controle do tempo e como usá-lo a seu favor. Na categoria Égua de 7 Anos, a gestão do tempo foi determinante para que Filipe Fernandes Garcia Vaz terminasse os 750 quilómetros em primeiro lugar. Pilotando o Ipiranga do Gap São Pedro, o piloto terminou as etapas livres com 8 horas, 52 minutos e 41 segundos, com uma diferença de 24 minutos em relação ao segundo colocado, distância que conquistou monitorando o percurso e aproveitando os melhores momentos da raça.

    “Aqui vivemos como se fosse o dia a dia da fazenda, pois é exatamente isso que fazemos quando transportamos pás de pedreiro para carretas. Não é fácil e nem sempre conseguimos tudo o que queremos, mas uma vez que entramos na modalidade não tem jeito, nunca mais saímos”, confessa o vencedor.

    Com uma trajetória promissora no universo de quem vivencia a Marcha de Resistência, um jovem de apenas 17 anos fez história ao concluir sua primeira participação na modalidade, alcançando já o primeiro lugar do pódio.

    Com um exemplo que carrega o sangue do marcheiro, João Pedro Sune Martins da Silva, cruzou a linha de chegada ao lado de Cedrillo La Invernada, com 8 horas, 16 minutos e 11 segundos de etapas livres.

    Já tendo disputado outras provas de resistência como Enduro, Marchita e Chasques (competição uruguaia), ele conta como a primeira impressão da Marcha traz uma visão diferente de quando a acompanhava apenas de longe.

    “Este teste é completamente diferente. Foram 15 dias de altos e baixos, uma verdadeira montanha russa de emoções”, concluiu João Pedro.

    Presença internacional da Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo

    Quem também teve a experiência de percorrer os 750 quilômetros com o Cavalo Crioulo foi a canadense Sarah Anne Cuthbertson, de 37 anos, que percorreu cerca de 10 mil quilômetros para vivenciar uma das modalidades.

    Com um estilo de vida voltado para o cavalo, ele conheceu a corrida através de Adriana Pires Neves, médica veterinária que também participa ativamente da corrida. Com nacionalidade e língua diferentes, foi acolhida pela família crioula, o que a fez integrar-se rapidamente no mundo do Cavalo Crioulo.

    Com força de vontade e apoio de quem a acolheu, ela não só conseguiu vivenciar o que desejava, como subiu ao pódio, conquistando o segundo lugar na categoria Castrados para o Canadá, com o cavalo Almirante da Reserva do Jaguél, com 8 horas, 24 minutos e 39 segundos de fases livres.

    “Foi incrível viver essa experiência. Aqui fiz grandes amigos e, graças a Adriana e a todos que gritaram meu nome e torceram pelo meu percurso, consegui sair vitorioso. Foi uma experiência que quero ter contato novamente e também quero que outras pessoas possam vir aqui e ter contato com esse cavalo incrível que é o Cavalo Crioulo”, disse Sara.

    Mais uma etapa da Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo que entra para a história da raça

    Por: Assessoria ABCCC

    Foto: Fagner Almeida/Divulgação

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    Fonte: Agro