Cepea, 16 de agosto de 2023 – Apesar do avanço da colheita e do beneficiamento da nova safra no Brasil, as cotações do algodão se mantiveram firmes na primeira quinzena de agosto, sustentadas pelas valorizações internacionais e pela valorização do dólar frente ao real. No exterior, as altas dos preços estiveram atreladas aos valores do petróleo – que vinham subindo desde abril – e a estimativas mais baixas para o estoque final mundial, devido ao maior consumo e menor oferta mundial.
Muitos vendedores estiveram ausentes do mercado físico brasileiro na primeira quinzena do mês, enquanto alguns compradores estavam interessados em comprar algodão. Os vendedores tinham fluxo de caixa, enquanto os compradores com necessidades urgentes tinham que aumentar os lances. É importante destacar que os contratos a prazo estão rendendo mais do que as vendas à vista.
Entre 31 de julho e 15 de agosto, o Índice CEPEA/ESALQ do algodão subiu 4,11%, para R$ 4,1106/libra em 15 de agosto.
OFERTA E DEMANDA NO BRASIL – Em relatório divulgado no dia 10 de agosto, a Conab estimou a área nacional de algodão na safra 2022/23 em 1,66 milhão de hectares, 3,6% maior que a safra 2021/22, mas ligeiramente 0,01% menor que a previsão em julho. A produtividade nacional foi revisada para cima em 0,77% em relação ao estimado anteriormente e em 14,5% em relação à safra passada, para 1.827 kg/hectare, um recorde. Assim, a produção brasileira de algodão foi revisada para cima em 0,76% na comparação mensal e em 18,7% em relação à safra 2021/22, para 3,03 milhões de toneladas, também recorde.
SAFRAS – Dados da Abrapa mostram que 52% da safra nacional de algodão (22/23) foi colhida até 11 de agosto e 18% beneficiada.
(Cepea-Brasil)
Jornal do campo
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