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Café: Brasil tem receita recorde de exportação, mas problemas logísticos…

    Cafe Brasil tem receita recorde de exportacao mas problemas logisticos

    Em volume, país embarcou 2,7 milhões de sacas no mês passado e conilon segue em alta demanda no mercado interno

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    Café: Brasil tem receita recorde de exportação, mas problemas logísticos nos EUA voltam ao radar do setor exportador

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    De acordo com o relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a receita com os embarques brasileiros do produto atingiu o recorde histórico de US$ 5,904 bilhões de janeiro ao final de agosto deste ano, o que representa um crescimento de 61 , 4% ante os US$ 3,659 bilhões registrados nos primeiros oito meses de 2021. O volume, por outro lado, caiu 5,3% no intervalo, de 26,7 milhões de sacas de 60 kg para os atuais 25,3 milhões de sacas ao final Do ano. final do mês passado.

    Esse resultado foi alcançado pela atualização das estatísticas até agosto, quando o país exportou 2,762 milhões de sacas, ou 2,5% a menos em relação ao mesmo mês de 2021, e obteve uma receita cambial de US$ 655,3 milhões, o que significa um crescimento de 49,5% em relação a agosto do ano passado.

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    Nos dois primeiros meses da safra 2022/23, o desempenho é semelhante. O Brasil enviou 5,278 milhões de sacas para parceiros internacionais e teve entrada de US$ 1,250 bilhão, números que implicam queda de 8,1% no volume, mas aumento de 46,3% na receita em relação ao desempenho no acumulado de julho a agosto. de 2021.

    Segundo o presidente do Cecafé, Günter Häusler, o cenário registrado reflete um contexto de mercado observado ao longo dos últimos meses. “A receita cambial recorde é resultado dos bons níveis de preços praticados no mercado interno e externo e do câmbio favorável”, comenta.

    Entre janeiro e o final de agosto deste ano, o preço médio pago pelo café exportado do Brasil é de US$ 233,58 por saca, o que corresponde a um aumento de 70,4% em relação aos US$ 137,11 por saca. sorteio medido no mesmo período de 2021.

    Häusler acrescenta que também favorece o esforço e a criatividade dos exportadores brasileiros de café. “Mesmo depois de mais de dois anos convivendo com todos os gargalos logísticos conhecidos, eles continuam realizando um trabalho exemplar, permitindo que o Brasil honre seus compromissos internacionais e mantenha sua participação de mercado”, elogia.

    PRINCIPAIS DESTINOS
    Os Estados Unidos lideram o ranking das exportações nacionais de café, de janeiro ao final de agosto, com importações de 5,283 milhões de sacas, volume 4,5% superior aos 5,055 milhões adquiridos no mesmo período de 2021. Esse volume corresponde a 20,9 % do total de embarques do Brasil em 2022.

    A Alemanha, que representa 17,9%, importou 4,533 milhões de sacas (-1,9%) e ocupa o segundo lugar na tabela. Em seguida vem a Bélgica, com a compra de 2,110 milhões de sacas (+14,2%); Itália, com 2,020 milhões (+10,5%); e Japão, com a aquisição de 1,130 milhão de sacas (-28,1%).

    Entre os 10 principais destinos de café do Brasil nos primeiros oito meses deste ano, apenas alemães e japoneses reduziram o volume importado em relação a 2021. A Colômbia, sexta no ranking, aumentou as compras do produto em 20%, totalizando 903,4 mil sacas, seguida pela Espanha (7º), alta de 25,3%; Turquia (8º), com crescimento de 2,7%; Holanda (9º), com aumento de 63,6%; e Reino Unido (10º), com crescimento de 3,3%.

    TIPOS DE CAFÉ
    O café arábica continua sendo o mais exportado em 2022, com o embarque de 21,707 milhões de sacas ao exterior, o que corresponde a 85,9% do total. O café solúvel registrou embarques equivalentes a 2,505 milhões de sacas, representando 9,9%. Em seguida, vêm a variedade canéfora (robusta + conilon), com exportações de 1,033 milhão de sacas (4,1%), e o produto torrado e torrado e moído, com 30.268 sacas (0,1%).

    CAFÉ DIFERENCIADO
    Os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, responderam por 18% do total das exportações brasileiras do produto entre janeiro e agosto de 2022, com embarque de 4,540 milhões de sacas ao exterior. Esse volume representa um aumento de 3,2% na comparação com as 4,398 milhões de sacas embarcadas pelo país no mesmo período do ano anterior.

    O preço médio do produto diferenciado foi de US$ 284,54 por saca, proporcionando receita de US$ 1,292 bilhão nos oito meses, o que corresponde a 21,9% do obtido com embarques totais. Na comparação anual, o valor é 64,3% superior ao apurado no mesmo período anterior.

    No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados de janeiro a agosto deste ano, os Estados Unidos lideram, com importações de 1,084 milhão de sacas, o equivalente a 23,9% do total exportado desse tipo de produto. Em seguida vem a Alemanha, com 827.841 sacas e uma representação de 18,2%; Bélgica, com 575.239 sacas (12,7%); Itália, com 287.434 sacas (6,3%); e Japão, com 200.361 sacas (4,4%).

    PORTOS
    O complexo marítimo de Santos (SP) é o principal exportador de café do Brasil no ano-calendário, com embarques de 20,747 milhões de sacas, o que equivale a 82,1% do total. Completando a lista dos três primeiros estão os portos do Rio de Janeiro, que respondem por 13,2% dos embarques com embarque de 3,341 milhões de sacas nos primeiros oito meses de 2022, e Paranaguá (PR), com a exportação de 240,29 mil sacas. sacos (1,0%).



    Fonte: Noticias Agricolas