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Conab prevê produção de 308 milhões/t na safra 2023/22 • Portal DBO

    Crescimento de 34% na safra em outubro

    As primeiras projeções para a produção total de grãos para a safra 2022/23 apontam para uma colheita de 308 milhões de toneladas. O resultado é impulsionado principalmente pelo bom desempenho dos mercados de milho, soja, arroz, feijão e algodão.

    “Apesar do aumento dos custos de produção, as lavouras ainda apresentam boa liquidez e rentabilidade para o produtor brasileiro”, explica o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Ribeiro.

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    Esses fatores influenciam a tendência de alta da área destinada a soja, milho e algodão, conforme mostra as Perspectivas Agrícolas 2022/23, divulgadas nesta quarta-feira (24) pela Conab.

    De acordo com os números, que apresentam as principais variáveis ​​de mercado e tendências das lavouras, a produção total desses cinco principais produtos cultivados no país, que correspondem a mais de 90% da produção brasileira de grãos, está estimada em 294,3 milhões de toneladas.

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    Para a soja, a perspectiva da Conab aponta para um cenário de produção recorde, sendo projetada em 150,36 milhões de toneladas para a próxima safra.

    Os preços dos grãos devem continuar atrativos, uma vez que a oferta e a demanda mundial pela oleaginosa continuam ajustadas, refletindo a tendência de crescimento de 3,54% na área da cultura, que pode chegar a 42,4 milhões de hectares.

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    A produtividade do ciclo 2022/23 deve apresentar recuperação em relação à safra atual após os problemas climáticos registrados nos estados do sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul.

    Com a expectativa de melhora na produtividade, a Conab estima que a maior disponibilidade de grãos deve proporcionar exportações de cerca de 92 milhões de toneladas, um aumento de 22,2% em relação à safra 2021/22, recorde para a safra.

    Mesmo com o aumento estimado de embarques, os estoques para a safra 2022/23 também devem crescer cerca de 3,9 milhões de toneladas em relação ao que está previsto para o ciclo atual, sendo projetado em 9,89 milhões de toneladas.

    No caso do algodão, a análise também aponta para um cenário de aumento de área, produtividade e consequente aumento da produção. As primeiras previsões para a safra 2022/23 indicam uma colheita de 2,92 milhões de toneladas da pluma.

    Os fatores que impulsionam o avanço da cultura são o alto nível de preços dos produtos, boa rentabilidade, comercialização antecipada, entre outros. No entanto, as incertezas do cenário econômico mundial podem restringir esse crescimento.

    Diante dessa produção, espera-se que a retomada do volume exportado atinja um patamar próximo a 2 milhões de toneladas do produto final, além de um estoque de passagem de aproximadamente 1,75 milhão de toneladas de pluma ao final de 2023.

    No caso do arroz, a área cultivada deve apresentar nova redução na safra 2022/23. Com o alto custo de produção, os agricultores tendem a optar por culturas que possuem melhores estimativas de rentabilidade e liquidez, como milho e soja.

    Mesmo assim, a produção na safra 2022/23 deve ficar em torno de 11,2 milhões de toneladas, dada a possibilidade de recuperação da produtividade em relação a 2021/22, que sofreu com a disponibilidade de recursos hídricos para seu bom desenvolvimento.

    Um cenário semelhante é esperado para o feijão. A atual melhor rentabilidade dos grãos concorrentes deve refletir em uma leve retração da área de leguminosas. Com isso, a produção tende a ser bem ajustada à demanda, mantendo a safra total em torno de 3 milhões de toneladas. Para ambos os produtos, o cenário esperado é de normalidade em relação à oferta interna.

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    Para o milho, espera-se uma produção total de 125,5 milhões de toneladas. Na primeira safra, há projeção de pequena queda de área, com variação negativa de 0,6%, já que o cereal compete com a soja.

    No entanto, com uma possível recuperação da produtividade, após a escassez de água em importantes regiões produtoras na safra 2021/22, a produção poderá chegar a 28,98 milhões de toneladas.

    Na segunda safra do grão, projeta-se um aumento tanto de área quanto de produtividade, o que poderá resultar em uma colheita de 94,53 milhões de toneladas, um aumento de 8,2% em relação à safra 2021/22.

    “O cenário de mercado não mostra uma tendência de queda significativa para os preços do milho, pois o cenário aponta para demanda e oferta ainda ajustadas para o próximo ano. Como resultado, as margens para os produtores continuam positivas, apesar dos altos custos de produção. Além disso, é preciso lembrar que nas duas últimas safras, o clima foi uma variável de grande influência para o desenvolvimento da cultura”explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agropecuárias da Conab, Sergio De Zen.

    Fonte: Gerência de Imprensa da Conab

    Fonte: Portal DBO