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A mosca do estábulo causa prejuízo para criadores

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A mosca do estábulo causa prejuízo para criadores
A mosca do estábulo causa prejuízo para criadores

As lavouras de cana-de-açúcar receberam adubação orgânica dos subprodutos das usinas de álcool e o solo não foi revolvido.

As chuvas foram antecipadas e começaram a cair em junho.

Assim, criou-se o ambiente perfeito para uma séria proliferação da mosca do estábulo na região de Bauru.

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No entanto, o problema já é nacional.

Um burro com as patas em farrapos, cães e até um macaco selvagem, em pura loucura, são comoventes.

A mosca do estábulo tem o nome científico Stomoxys calcitrans e é hematófago.

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É um dos insetos que mais causam danos aos rebanhos nacionais.

Sua mordida é dolorosa e como o ataque ocorre por dezenas e até centenas deles, o animal fica muito irritado, deixa de comer e beber água e, assim, tem sua imunidade comprometida, podendo chegar à morte.

Uma praga sugadora de bolso – Na pecuária leiteira, os animais perdem peso e há uma queda considerável na produção.

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Em bovinos de corte, os animais param de comer e não respondem às ações nutricionais, principalmente em confinamento.

No entanto, a mosca do estábulo também ataca rebanhos de ovelhas, cabras, porcos, cavalos, mulas e até cães.

Os pecuaristas da região afetada, em questão, estão em fase de discussão com as usinas responsáveis ​​pelo uso da vinhaça e torta de filtro (subprodutos) como adubo orgânico sem boas práticas adequadas (volume de produtos e manejo do solo).

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No entanto, eles não descartam a possibilidade de litígio.

Tentam evitar conflitos por questões de boa vizinhança, poder econômico desproporcional das indústrias, morosidade da justiça e pelo fato de muitos serem fornecedores de cana para eles, seja por área arrendada ou por plantio próprio.

“Não estamos falando de denúncia, mas de aprofundar o diálogo para cobrir ou minimizar ao máximo os danos” eles afirmam.

Quem descreve a posição dos produtores locais é o presidente da Associação Grupo Pecuária Brasil (GPB), Oswaldo Furlan.

“A questão é delicada e envolve muitos fatos e relações. Portanto, o melhor agora é a cautela” reforça o líder.

Mas fora desse contexto, o ataque aos animais é agressivo e os criadores podem ser responsabilizados pela legislação que estabelece o bem-estar animal.

Quanto às perdas, a queda na produção de leite tem uma caixa óbvia empurrada para o vermelho.

Na produção de carne, um pecuarista relatou ao Portal DBO que seu confinamento, um projeto para proporcionar ganhos de peso na ordem de 1,5kg/dia, não está atingindo 900g/dia devido ao comprometimento dos animais, devido à irritação. “No pasto, as fêmeas abortam” Destaques.

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Medidas desesperadas – Marco Aurélio Parolin Beraldo, diretor técnico da Coordenação Regional de Assistência Técnica Integral de Bauru (CATI), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é enfático ao afirmar que “nada pode parar uma infestação deste tamanho”, na região.

Que o melhor teria sido a adoção de boas práticas que evitassem a ocorrência.

No entanto, as indústrias estão tentando minimizar – o que ainda precisa ser feito.

A Ipiranga Agroindustrial, em Iacanga (SP), passou a pulverizar inseticidas adequados e também aplicou calcário nas pastagens como repelente.

Um fazendeiro, no entanto, questionou: “Eles precisam de velocidade e capacidade para mais de 22 mil hectares. Como você irá fazer aquilo?”

Os estragos são contínuos e as perdas já tiraram os produtores da atividade pecuária.

Há relatos de agricultores que desistiram e entregaram suas terras para o plantio de cana-de-açúcar.

Outros que esvaziaram a fazenda, migrando o gado para propriedades livres de pragas, para venda ou locação. “Mas quem não pode fazer isso?” pergunta um deles que ficou.

A indústria se levanta e defende – Um executivo da Ipiranga que não quis revelar seu nome diz que a empresa está ciente do tamanho da infestação.

No entanto, ele afirma que as boas práticas recomendadas pela Secretaria de Agricultura do estado foram integralmente adotadas.

“A Cetesb e a Secretaria de Meio Ambiente fiscalizaram nossas instalações e procedimentos.

Os relatórios não indicavam nenhuma ocorrência a ser corrigida.” reforça.

E acrescenta que o problema da mosca do estábulo não se limita à região e que seu combate é um esforço conjunto que envolve pecuaristas.

Ela reconhece que a maioria responde com o devido cuidado, mas que alguns manipulam o adubo orgânico de forma incorreta, favorecendo a proliferação de insetos.

“De qualquer forma, a indústria vem colaborando para minimizar a infestação.

São uma série de ações que, oportunamente, serão incluídas neste relatório”, compromete. O Portal DBO acompanhará a evolução.

Controvérsias recorrentes – Em várias partes do país, estão ocorrendo ações judiciais contra produtores prejudicados por práticas impróprias que facilitam o surgimento de infestações da mosca do estábulo.

Em São Paulo, há vários focos. Recentemente, uma decisão reconhecendo tais erros fez justiça aos fazendeiros. Leia o conteúdo abaixo:

“A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, ao julgar recurso de agravo de instrumento nº 1401993-20.2022.8.12.0000, manteve a aplicação de multa punitiva majorada a empresa do setor sucroalcooleiro por descarte irregular de vinhaça ou vinhoto (resíduos do beneficiamento da usina sucroalcooleira), que causou danos ambientais a uma propriedade vizinha, devido à proliferação da mosca da cana.

A indústria agravou a decisão proferida pelo magistrado do Tribunal Único de Nova Alvorada do Sul que, em ação de obrigatoriedade, aumentou multa punitiva estabelecida em decisão de tutela provisória, aplicou multa por litigância de má-fé à empresa recorrente; determinou a realização de perícia técnica; colocou o ônus da prova na planta; e rejeitou as preliminares contra a medida.

De acordo com o relatório, apurou-se que a Usina não tomou nenhuma solução concreta para solucionar o problema do descarte irregular de vinhaça em seus canaviais, que era muito superior ao que o solo pode absorver, o que leva à infestação descontrolada da mosca.

A mosca da cana-de-açúcar, também conhecida como mosca do estábulo, é uma espécie hematófaga e causa danos ao atacar animais de fazenda, além de atacar humanos.”

A mosca do estábulo – A Stomoxys calcitrans hospeda a maioria dos animais e o próprio homem, e se desenvolve em matéria orgânica em decomposição, como fezes de animais mal manejadas e restos de comida.

Quando esses materiais começam a fermentar, formam um substrato favorável para a postura de ovos e a proliferação dessa mosca.

Um fator predominante para o aparecimento desse parasita é a proximidade de culturas que utilizam esses materiais sem o manejo correto.

Estudos mostram que chuvas e altas temperaturas favorecem o ciclo evolutivo desse inseto.

A mosca do estábulo é facilmente confundida com a mosca doméstica. Distingue-se pelo seu dispositivo de sucção, que se projeta para a frente.

Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de sangue uma ou duas vezes por dia.

As fêmeas podem colocar 25 a 50 ovos em matéria orgânica em decomposição.

Surtos desta mosca, de pequena extensão e duração, são relatados há alguns anos, ocorrendo próximo a áreas de confinamento de cana-de-açúcar e/ou bovinos, associados ou não a usinas de álcool ou cana-de-açúcar.

O inseto já está presente em comunidades e instalações rurais próximas ao homem e aos animais.

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