Cepea, 02 de agosto de 2023 – Depois de um longo período de baixa no primeiro semestre, os preços do limão tahiti vêm subindo desde meados de junho. Em julho, as cotações subiram mais, ainda influenciadas pela queda significativa da oferta no estado de São Paulo. As cotações poderiam ser maiores se a demanda fosse mais forte, porém, o clima frio, típico desta época do ano, tem limitado a demanda pela fruta.
Em julho (3 a 31), o preço médio do limão tahiti fechou em R$ 36,20 a caixa de 27 quilos, 94% acima do preço de junho. Espera-se que a oferta diminua mais acentuadamente em agosto. Assim, os preços tendem a subir mais.
No exterior, as cotações pagas aos produtores brasileiros também estão altas. A demanda da Europa segue firme, devido ao verão no Hemisfério Norte, favorecendo as vendas. Enquanto isso, a oferta do México, principal concorrente do Brasil, não é alta.
Segundo dados da Secex, o Brasil exportou 89,8 mil toneladas de limões e limas no primeiro semestre de 2023, leve alta de 0,1% e recorde para o período. Já a receita somou US$ 84,6 milhões, 3,2% superior, na mesma comparação.
Em junho, as exportações foram menores, devido aos altos preços internos, que aumentam a atratividade das vendas no Brasil e reduzem a competitividade do produto nacional no exterior. Ainda segundo a Secex, o Brasil exportou 16,2 mil toneladas de limão tahiti em junho, 26% a menos que o volume embarcado em junho/22. A receita foi de US$ 14,4 milhões, queda de 35% na mesma comparação.
INSPEÇÃO EUROPEIA – Entre os dias 22 de junho e 6 de julho, auditores da União Européia estiveram no Brasil para visitar as principais regiões produtoras e exportadoras de limão tahiti. Segundo Fresh Plaza, o objetivo da visita foi buscar irregularidades nas leis de exportação e incidência de cancro cítrico.
(Cepea-Brasil)
Jornal do campo
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