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Impacto dos antibióticos na saúde humana na pecuária

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Impacto dos antibióticos na saúde humana na pecuária 2

Sumário:

1. Cadeia alimentar

1.1 O impacto do uso de antibióticos na produção animal

1.2 A aceleração do processo de resistência a antibióticos

2. Atitudes

2.1 PAN-BR: Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos

2.2 A importância da atualização do PAN-BR

2.3 A necessidade de uma ação multissetorial e global para enfrentar o problema

2.4 Medidas para reduzir o uso de antibióticos na produção animal

Introdução:

Especialista fala sobre como o uso desses medicamentos na produção tem consequências na sociedade

É muito comum falar que não é bom tomar muito antibiótico, pois “perde o efeito”. A verdade é que, com o uso constante desses medicamentos, os micro-organismos que deveriam combater começam a se acostumar, ou seja, criam resistência. Assim, cada vez é preciso uma dose maior de antibiótico para solucionar o problema, o que não é bom para a saúde.

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No episódio passado do Boletim Alimentação e Sustentabilidade, foi analisado o uso de antibióticos na criação de animais para consumo. Mas será que esses medicamentos também impactam a saúde humana?

CADEIA ALIMENTAR

“Ao entrar nos organismos dos animais, esses antimicrobianos atuam sobre algumas espécies de bactérias, enquanto permitem que as resistentes à medicação se multipliquem.

Patrocinadores

Por meio dos dejetos, essas bactérias se espalham no solo, na água e nas plantas e chegam às pessoas não só através do consumo de carne, mas também de água ou vegetais”

Diz Ana Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, parceiro da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da FSP (Faculdade de Saúde Pública) da USP. 

Dessa forma, o impacto não se dá só pela ingestão da carne contaminada, mas também por outros meios adjacentes.

O uso exagerado de antibióticos na produção de animais para consumo –seja para o aumento da produtividade ou redução de doenças– pode trazer danos mais graves do que o restrito à pessoa que os consumiu.

“Assim, a produção animal é uma das formas de acelerar o processo de resistência a antibióticos, com o uso inadequado e excessivo como medicamento.

Uma pessoa que se infecta com uma bactéria resistente pode, sim, ameaçar sua comunidade, uma vez que menos antibióticos disponíveis serão capazes de eliminar a infecção, ampliando o potencial de transmissão”, afirma Ana.

ATITUDES

Para minimizar o problema, existe o PAN-BR (Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Saúde Única).

Seu objetivo é “garantir que se mantenha a capacidade de tratar e prevenir doenças infecciosas com medicamentos seguros e eficazes, que sejam de qualidade assegurada e que sejam utilizados de forma responsável e acessível a todos que deles necessitem”, como consta na versão 2018-2022.

Porém, para manter as questões atualizadas, há uma 2ª etapa do PAN-BR que diz respeito aos anos de 2023-2027:

“Permanecer buscando harmonizar as políticas públicas nacionais às recomendações e exigências internacionais para o tema, assim como promover o fortalecimento das relações institucionais com os principais atores públicos e privados envolvidos, considerando sempre o conceito de Saúde Única”, pontua o documento.

Ana Navarrete destaca: “O fenômeno da resistência antimicrobiana, embora natural, é acelerado por processos com múltiplas causas: mau uso em humanos, descarte inadequado, falta de controle e monitoramento inadequado em hospitais e a forma como criamos animais contribuem para o seu agravamento.

O fato de o fenômeno não respeitar fronteiras dificulta a responsabilização do problema, porque é difícil falar em um ‘culpado’. É preciso uma ação multissetorial e global”.

Com o foco na produção animal, “é preciso avançar na proibição e fiscalização do uso rotineiro de antibióticos e restrição do uso preventivo a tratamentos excepcionais de animais individuais. Além disso, os antimicrobianos não podem mais ser aplicados para compensar as más práticas de higiene na pecuária”, diz a especialista.


Com informações do Jornal da USP

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Especialista fala sobre as consequências do uso excessivo de antibióticos na produção

É muito comum ouvirmos que o uso excessivo de antibióticos pode fazer com que eles percam o efeito. Isso acontece porque, quando utilizamos constantemente esses medicamentos, os micro-organismos aos quais eles deveriam combater começam a se acostumar com sua presença e criam resistência.

Assim, cada vez mais é necessário utilizar doses maiores de antibióticos para resolver um problema de saúde, o que não é benéfico para o nosso bem-estar.

No episódio passado do Boletim Alimentação e Sustentabilidade, discutimos o uso de antibióticos na criação de animais para consumo. Mas afinal, esses medicamentos também afetam a saúde humana?

O impacto do uso de antibióticos na cadeia alimentar

“Ao entrar nos organismos dos animais, esses antimicrobianos atuam sobre algumas espécies de bactérias, enquanto permitem que as resistentes à medicação se multipliquem.

Por meio dos dejetos, essas bactérias se espalham no solo, na água e nas plantas e chegam às pessoas não só através do consumo de carne, mas também de água ou vegetais”, explica Ana Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.

Dessa forma, o impacto do uso excessivo de antibióticos na produção animal vai além da ingestão de carne contaminada. As bactérias resistentes presentes nos dejetos dos animais se espalham pelo ambiente, alcançam a água e as plantas, e chegam até as pessoas. Portanto, o uso inadequado de antibióticos na produção de animais para consumo pode causar danos mais graves do que apenas a pessoa que os consome.

“Assim, a produção animal é uma das formas de acelerar o processo de resistência a antibióticos, com o uso inadequado e excessivo como medicamento.

Uma pessoa que se infecta com uma bactéria resistente pode, sim, ameaçar sua comunidade, uma vez que menos antibióticos disponíveis serão capazes de eliminar a infecção, ampliando o potencial de transmissão”, afirma Ana.

Atitudes para combater a resistência antimicrobiana

Para minimizar o problema da resistência antimicrobiana, existe o PAN-BR (Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Saúde Única).

O objetivo deste plano é garantir o uso responsável e acessível de medicamentos eficazes e de qualidade no tratamento e prevenção de doenças infecciosas.

Atualmente, estamos na versão do plano referente aos anos de 2018-2022. No entanto, já estão sendo preparadas as diretrizes para os anos de 2023-2027, visando continuar harmonizando as políticas nacionais com as recomendações internacionais e fortalecendo as relações institucionais envolvidas no tema, sempre considerando o conceito de Saúde Única.

A importância de ações multissetoriais e globais

Segundo Ana Navarrete, o fenômeno da resistência antimicrobiana é acelerado por diversos fatores, como o mau uso de antibióticos em humanos, o descarte inadequado desses medicamentos, a falta de controle e monitoramento adequado em hospitais e a forma como criamos animais. Além disso, a resistência antimicrobiana não respeita fronteiras, o que dificulta a responsabilização do problema.

Portanto, é necessário tomar medidas multissetoriais e globais para combater o problema.

No caso da produção animal, é importante avançar na proibição e fiscalização do uso constante de antibióticos, restringindo seu uso preventivo apenas a tratamentos excepcionais de animais individuais. Além disso, devemos eliminar a prática de utilizar antimicrobianos para compensar práticas inadequadas de higiene na pecuária.

Com informações do Jornal da USP

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

Especialistas alertam para os riscos do uso excessivo de antibióticos na produção de animais para consumo.

A resistência aos medicamentos por micro-organismos pode afetar não apenas a saúde humana, mas também a sociedade como um todo.

É necessário adotar medidas como o PAN-BR (Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos) para combater esse problema e garantir o uso responsável e eficaz dos antibióticos.

O uso de antibióticos na produção de animais afeta a saúde humana?

Sim, o uso excessivo de antibióticos na produção de animais pode levar à resistência desses medicamentos por micro-organismos, o que pode afetar a saúde humana.

Como as bactérias resistentes se espalham para as pessoas?

As bactérias resistentes podem se espalhar para as pessoas através do consumo de carne contaminada, água e vegetais que foram expostos aos dejetos contendo essas bactérias.

Qual é o impacto da resistência aos antibióticos na sociedade?

A resistência aos antibióticos pode reduzir a eficácia desses medicamentos no tratamento de infecções, ampliando o potencial de transmissão de doenças e ameaçando a saúde da comunidade como um todo.

Existem medidas sendo tomadas para combater a resistência aos antibióticos?

Sim, o PAN-BR é um plano de ação nacional que visa prevenir e controlar a resistência aos antimicrobianos, garantindo o uso responsável e acessível desses medicamentos.

O que pode ser feito para reduzir o uso excessivo de antibióticos na produção animal?

É necessário proibir e fiscalizar o uso rotineiro de antibióticos na produção animal, restringindo seu uso apenas a tratamentos excepcionais de animais individuais. Além disso, as más práticas de higiene na pecuária devem ser corrigidas, para que os antimicrobianos não sejam aplicados como forma de compensação.

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