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Surtos de ferrugem da soja aumentam no Brasil a uma taxa de mais de 220%,…

    Surtos de ferrugem da soja aumentam no Brasil a uma

    Por ser um ano com chuvas mais frequentes e calor acima da média em algumas regiões, a incidência de doenças está aumentando nas lavouras de soja.

    Uma das doenças que mais preocupa os produtores de soja, e que chega com tudo nesta safra 22/23, é a ferrugem asiática. Segundo o consórcio antiferrugem, os primeiros esporos ocorreram em novembro de 2022 no Rio Grande do Sul, em áreas de soja voluntária, nas cidades de Pântano Grande e Passo Fundo. Hoje, no acumulado, são 48 (quarenta e oito) ocorrências e, em sua maioria, a lavoura encontra-se no estágio R5, ou seja, enchimento de grãos.

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    Em relação ao mesmo período do ano passado, de novembro a janeiro, o aumento supera os 220% entre uma safra e outra, sendo o Paraná o que mais ocorre nesta safra 22/23. Segundo especialistas da xarvio®, marca de agricultura digital da BASF, a principal causa desse aumento é o clima favorável, mais chuvoso e quente.

    A ferrugem asiática pode ocorrer em qualquer estágio de desenvolvimento da planta. Os primeiros sintomas da doença são pequenas lesões marrons a marrom-escuras na folha. Os esporos são liberados na face inferior das folhas, e os danos causados ​​se refletem em prejuízos na formação dos grãos e no enchimento das vagens, com redução do peso final dos grãos, comprometendo o resultado da colheita.

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    Por ser uma doença muito agressiva, o monitoramento constante e aplicações preventivas de fungicidas são os mais indicados para um controle eficiente. O manejo integrado, com fungicidas de alta performance, aplicados no momento certo, e o uso de ferramentas digitais auxiliam efetivamente no controle do avanço da infestação.

    Segundo especialistas, se a ferrugem asiática não for tratada corretamente, a doença pode reduzir em até 90% a produtividade da soja. É fundamental que o agricultor seja eficiente no controle, realizando monitoramento constante para inibir o desenvolvimento da doença, elevar os índices de produtividade e garantir a perenidade do negócio.

    Monitoramento e controle

    O monitoramento por meio de mapas de biomassa é uma das alternativas que o agricultor pode utilizar para avaliar possíveis danos. “Usamos o mapa de biomassa baseado em dados de satélite para fornecer feedback de curto prazo sobre a situação e o desenvolvimento da cultura. Conseguimos identificar quais áreas estão com déficit de biomassa, identificando posteriormente as anomalias que estão no campo”, explica Davi Köhntopp da Silva, agrônomo e pesquisador de Produtos Digitais da xarvio®.

    “Além da ferrugem, atualmente estamos diagnosticando a ocorrência de muitas doenças de final de ciclo nas lavouras por meio de imagens captadas pelo xarvio®, que, como o nome indica, normalmente são esperadas nos últimos estágios reprodutivos da cultura da soja , e nesta safra estão adiantados. Temos monitorado doenças como antracnose, queima das folhas, mancha marrom e mancha olho-de-rã. Devido às altas temperaturas e à estação chuvosa, o clima está favorecendo o aparecimento de fungos no início da fase reprodutiva. O agricultor precisa garantir o monitoramento fitossanitário e o manejo adequado para aumentar a produtividade e a rentabilidade da lavoura”, diz o agrônomo.

    Outro ponto a ser considerado no manejo eficiente de doenças, tanto ferrugem quanto DFC (End of Cycle Diseases), é o ingrediente ativo contido nos produtos comerciais que proporcionará o melhor controle. O uso sucessivo de fungicidas contendo o mesmo mecanismo de ação pode contribuir para o aumento da população de fungos resistentes, levando a perda de eficiência do produto e consequente prejuízo ao agricultor.

    “Essas condições climáticas de chuva e calor têm exigido um monitoramento mais intenso e um controle mais cuidadoso por parte do produtor. A recomendação é ficar atento à tecnologia de aplicação, fazer manejo preventivo, aplicar no momento certo e utilizar fungicidas eficientes com diferentes mecanismos de ação, associados a fungicidas multissítios para um melhor resultado”, reforça Sérgio Zambon, Gerente Técnico de Desenvolvimento de Mercado no Brasil na BASF.

    O agrônomo da BASF finaliza com algumas recomendações para o controle de doenças como ferrugem e CFD:

    Escolha de sementes certificadas: O agricultor deve ter cuidado ao escolher sementes de boa qualidade, pois elas são essenciais para obter bons resultados.

    Considere fatores de escape sempre que possível: semear sempre que o tempo estiver favorável. Essa prática favorece o desenvolvimento uniforme das plantas, minimiza a incidência de doenças e o risco de replantio.

    Qualidade do aplicativo: utilizar equipamentos revisados ​​e conservados, com pontas em bom estado, dosagem correta e dose de aplicação adequada ao estágio da cultura, sempre seguindo a recomendação do fabricante.

    Respeite o folheto do produto: siga as orientações da bula inerente a cada produto, como dosagem, tempo de aplicação e intervalo entre as aplicações.

    Uso de fungicidas protetores: esse grupo de produtos é muito importante no manejo da resistência e atua preventivamente, controlando a doença antes mesmo de sua penetração nos tecidos vegetais da planta. Seu uso é recomendado em associação com fungicidas de modo de ação específico.

    Entenda a dinâmica de cada epidemia: consulte sempre um profissional qualificado para extrair o melhor resultado de cada ferramenta.

    Monitoramento: é preciso adotar uma estratégia de monitoramento contínuo das lavouras para que a tomada de decisão do produtor rural seja cada vez mais assertiva.



    Fonte: Noticias Agricolas