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Boletim Prohort: Frutas registram queda nos preços no atacado, enquanto…

    Indice CEAGESP registra variacao de 313 em dezembro

    A maior oferta de alguns produtos e a menor demanda dos consumidores influenciaram a tendência de queda dos preços da banana, laranja, mamão e melancia, conforme revela o 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de Hortaliças (Prohort). Por outro lado, o documento, divulgado nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revela que a transição de safras está entre os principais fatores que influenciaram a alta das cotações no último mês da batata e do tomate no Centrais. de Abastecimento (Ceasas) analisados.

    No caso da banana, a queda dos preços é influenciada principalmente pela maior oferta de anões. As principais regiões produtoras desta variedade foram favorecidas, em novembro, por chuvas e temperaturas adequadas para o enchimento dos cachos e posterior comercialização em dezembro e janeiro. Por sua vez, a oferta de banana prata foi controlada, e houve até aumento de preços durante o último mês de 2022, explicado tanto pelo menor investimento na safra nas praças do Sudeste, quanto pela ocorrência de chuvas, restringindo abastecimento e qualidade do produto. Nos dez primeiros dias de janeiro, a Conab continua observando esse comportamento distinto entre as variedades com tendência de estabilidade ou alta nos preços da prata e queda nas cotações da nanica.

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    Cenário semelhante é encontrado para o mamão, com oferta controlada para o mamão, enquanto formosa registrou pequeno aumento na produção nas regiões da Bahia, Potiguar e Ceará.

    No caso da laranja, o atípico mês de dezembro – com a Copa do Mundo no início e a competição com frutas natalinas no final do mês, como ameixa e pêssego, resultou em menor consumo da fruta. Com isso, os preços tenderam a cair na maioria das centrais analisadas. Para a melancia, além das particularidades de dezembro, o clima mais chuvoso provocou um menor fluxo de vendas, impactando negativamente os preços. Outro fator importante para essa redução é a maior oferta da fruta nos mercados analisados ​​devido ao aumento do volume produzido no estado de São Paulo. Entre as frutas analisadas no documento, apenas a maçã teve preços altos em dezembro. Os estoques das classificadoras estão baixos, o que pressiona os preços.

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    Legumes – Se a maioria das frutas teve queda de preço em dezembro, por outro lado, a batata e o tomate ficaram mais caros nos mercados analisados. Em Rio Branco, o aumento dos preços dos tubérculos chegou a 61,4%. Este aumento é explicado pela finalização da safra de inverno e pela entrada, ainda insuficiente para atender a demanda, da safra de água.

    A mesma situação é verificada para o tomate, onde ocorre a transição da safra de inverno para a de verão. O aumento do preço médio ponderado em dezembro foi de 18,37% em relação à média de novembro. Os atuais níveis de disponibilidade de frutas nos mercados não sustentam os preços, empurrando-os para cima.

    A Conab também teve alta para a alface. Mas, no caso dessa hortaliça, as cotações estão diretamente ligadas às condições climáticas das regiões produtoras. Além disso, com temperaturas mais altas no verão, a demanda por folhosas tende a aumentar, mantendo os preços elevados.

    Na contramão do movimento ascendente, cebola e cenoura tenderam a diminuir nos valores de comercialização praticados. Na Ceasa de Curitiba, o preço da lâmpada caiu 24,86%. Um fato que merece destaque é o aumento significativo da oferta na Região Sul em dezembro. Na comparação entre dezembro de 2022 e o mesmo período de 2021, a oferta do sul aumentou mais de 400%. Mesmo com a queda registrada no mês passado, dado o longo período de alta, os preços continuam em patamares elevados.

    No caso da cenoura, o preço médio ponderado caiu 4,81% em relação à média de novembro. A manutenção dos níveis de oferta tem atendido a demanda, fazendo com que os preços praticados não aumentem. No cálculo nacional, a oferta aumentou 12%, pressionando por mais uma queda nas cotações.

    exportação de frutas – No ano passado, os números acumulados das exportações brasileiras de frutas foram inferiores aos embarques no mesmo período de 2021 – tanto em volume quanto em receita. Foram embarcadas 1,04 milhão de toneladas, queda de 15,9%, enquanto a receita ficou em torno de US$ 1,08 bilhão, 11,6% abaixo do apurado em 2021. O menor ritmo das vendas ao mercado externo é explicado tanto pelo aumento dos custos de produção, quanto como por problemas climáticos em importantes áreas de cultivo que comprometeram a produção de frutas no país.

    A pesquisa desta edição foi realizada com base nos preços das Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, , São José/SC, Goiânia/ GO, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC. A íntegra do Boletim do 12º Prohort pode ser acessada no site da Conab. Também é possível consultar os preços diários dos produtos hortícolas nas Ceasas das capitais e do interior do país por meio do App Prohort, gratuito para uso em celulares ou smartphones e disponível para download nas lojas oficiais de aplicativos para Android e Sistema operacional IOS.



    Fonte: Noticias Agricolas