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Seca no Norte: Lavouras dizimadas e peixes mortos pelo calor

    'Cozinhou a plantação': seca no Norte leva a perda de lavouras, e calor mata milhares de peixes | Agronegócios

    Produtores enfrentam perda de lavoura e morte de animais devido à seca no Norte do país

    Introdução

    Peixes morrem nos viveiros, rios e poços para irrigação estão secando e frutos não se desenvolvem mais: essas são algumas das consequências sentidas no campo da Região Norte do país, que enfrenta neste ano a pior seca desde 1980. Os estados atingidos são Amazonas, Pará, Acre e Amapá. No Nordeste, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe também têm prejuízos. Além da queda de produção, agricultores relatam dificuldade para escoar o que dá para colher, devido à baixa dos rios e a obstáculos na estrada, como queda de ponte, diz Jorge Luiz do Santos, presidente da Associação de Produtores Orgânicos Renascer do Careira da Várzea, no Amazonas. Sem a produção esperada para a venda, os agricultores e criadores já temem a falta de renda. “A seca foi tão grande que até boto morreu. Nós até podemos ter uma cheia grande, mas ainda vamos enfrentar dificuldade, porque o tanto de peixe que morreu na seca nós não vamos suprir. Os lagos que suprem a população na época de inverno não vamos ter mais”, afirma Santos.

    Identifique as seções principais

    1. A estiagem recorde na Região Norte

    1.1 Situação dos rios estratégicos

    A estiagem recorde tem deixado diversos rios estratégicos para a região com vazões (volumes) abaixo da média histórica. Trechos de rios importantes, como o Negro e o Solimões, formadores do rio Amazonas, estão sendo afetados.

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    1.2 Dificuldades enfrentadas pelos agricultores

    Os agricultores enfrentam dificuldades para irrigar suas plantações devido à falta de água nos rios e poços. Isso resultou em perdas de lavoura e morte de animais.

    2. Consequências para os produtores

    2.1 Perda de lavoura

    A falta de água tem causado a perda de lavouras, como mamão e abacaxi, que não se desenvolvem devido à falta de água.

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    2.2 Morte de animais

    Os animais, como o gado, têm dificuldade em encontrar água para beber, o que tem levado a mortes de animais por desidratação.

    2.3 Mortandade de peixes

    A alta temperatura nos viveiros de peixes tem causado a morte de milhares de peixes, inviabilizando a comercialização.

    2.4 Queimadas

    Além da seca, os produtores também têm sofrido com as queimadas, resultando na perda de plantações e de rebanhos.

    3. Causas e previsões

    3.1 El Niño e distribuição de calor do Oceano Atlântico Norte

    A seca recorde é atribuída à combinação do fenômeno El Niño e da distribuição de calor do Oceano Atlântico Norte, que inibem a formação de nuvens e chuvas.

    3.2 Previsões futuras

    As previsões indicam que a seca e as consequências dela devem persistir até o próximo ano, afetando principalmente o setor da agricultura familiar.

    Produtores enfrentam perda de lavoura e morte de animais devido à seca no Norte do país

    Peixes morrem nos viveiros, rios e poços para irrigação estão secando e frutos não se desenvolvem mais: essas são algumas das consequências sentidas no campo da Região Norte do país, que enfrenta neste ano a pior seca desde 1980.

    Os estados atingidos são Amazonas, Pará, Acre e Amapá. No Nordeste, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe também têm prejuízos.

    Além da queda de produção, agricultores relatam dificuldade para escoar o que dá para colher, devido à baixa dos rios e a obstáculos na estrada, como queda de ponte, diz Jorge Luiz do Santos, presidente da Associação de Produtores Orgânicos Renascer do Careira da Várzea, no Amazonas.

    Sem a produção esperada para a venda, os agricultores e criadores já temem a falta de renda.

    “A seca foi tão grande que até boto morreu. Nós até podemos ter uma cheia grande, mas ainda vamos enfrentar dificuldade, porque o tanto de peixe que morreu na seca nós não vamos suprir. Os lagos que suprem a população na época de inverno não vamos ter mais”, afirma Santos.

    Produtores enfrentam perda de lavoura e morte de animais devido à seca no Norte do país — Foto: Arquivo Pessoal

    A estiagem recorde tem deixado diversos rios estratégicos para a região com vazões (volumes) abaixo da média histórica. Trechos de rios importantes, como o Negro e o Solimões, formadores do rio Amazonas, estão sendo afetados.

    “Então, a situação está triste. A gente sorri para não chorar. E também não podemos jogar a toalha, a gente tem que ir para luta. A gente vai lutar até o final. Iniciamos o plantio novamente, plantamos a nossa verdura”, completa o agricultor.

    De 80 agricultores da Associação dos Produtores Rurais de Autaz Mirim (Aspram), no Amazonas, apenas 4 conseguiram irrigar as suas plantações depois que rios e poços secaram. Um produtor perdeu cerca de 15 mil pés de mamão.

    “O sol cozinhou as plantas e não prestam mais para consumo”, explica Maycon Martins, presidente da Aspram.

    Produtor no Pará perdeu 30 mil abacaxis por causa da seca que atinge o Norte do país. — Foto: Arquivo pessoal.

    Ele relata que as perdas começaram faz 2 meses e que os animais também sofrem. O gado morre atolado e não consegue chegar ao leito do rio para beber água.

    No Pará, o produtor José da Silva, de Mojuí dos Campos perdeu 30 mil abacaxis, que não cresceram por causa da falta de água. Os poucos pés que se desenvolvem competem com os animais que recorrem à fruta para ter algo para beber.

    3 mil peixes mortos em um só criadouro

    Nem dentro da água dá para escapar: os peixes estão morrendo por causa da temperatura nos viveiros em Macapá, no Amapá, relata João Alacy, engenheiro de pesca e técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no município.

    A temperatura ideal para as espécies criadas no estado, que são o tambaqui, o pirapitinga e os híbridos – subespécies resultadas de cruzamentos de outras espécies -, é entre 26°C e 30°C, mas tem chegado aos 35°C.

    Apenas em um dos criadores que Alacy atende mais de 3 mil peixes morreram e nenhum pode ser aproveitado para a comercialização, já que os sobreviventes não atingiram o peso exigido pelo mercado.

    Na imagem a seguir, cada ponto branco marcado, segundo ele, é um peixe morto dentro da água.

    Peixes morrem em viveiro por alta temperatura da água. — Foto: Arquivo Pessoal.

    Além disso, o esvaziamento dos poços impede que os piscicultores troquem a água dos viveiros para receberem novos peixes. A medida é essencial para que eles tenham um ambiente de qualidade e limpo. Sem isso, o trabalho fica parado.

    Água de viveiro de peixes está com nível baixo por causa da seca que afeta o Norte do país — Foto: Arquivo Pessoal

    Além da seca, os produtores também têm sofrido com as queimadas. Na associação de Careira da Várzea, alguns produtores chegaram a perder tudo.

    “Só escapou a casa. Plantação, sítio, abacaxi, macaxeira, açaí, laranja, banana, tudo o que estava plantado se acabou”, relata Santos.

    Em Autaz Mirim, rebanhos tiveram que ser retirados às pressas do campo para fugir do fogo.

    Queimadas atingem municípios ao longo da AM-070. — Foto: Karla Mendes/Rede Amazônica

    As temperaturas acima da média somadas às chuvas abaixo do esperado aumentam o risco de queimada na região, aponta Cunha.

    Há ainda o agravante do fogo que é colocado por pessoas e se espalha entre as produções.

    Esse quadro extremo é causado pela junção das altas temperaturas com a falta de chuva na Região Norte que, apesar de normalmente ter períodos de seca, ela está pior do que o normal, informa a pesquisadora Ana Paula Cunha.

    Ela é especialista em secas e agrometeorologia do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

    A estiagem recorde está relacionada à combinação de dois fatores que inibem a formação de nuvens e chuvas: o fenômeno El Niño (que é o aquecimento do Oceano Pacífico) e a distribuição de calor do Oceano Atlântico Norte.

    Existe 95% de probabilidade de um El Nino moderado durar até março de 2024, aponta a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).

    “E, se as temperaturas continuarem elevadas no Atlântico Norte, a situação irá piorar, especialmente até ao início do próximo ano“, pontua a especialista do Cemaden.

    “Quanto mais tempo durar a seca, mais intensos serão os impactos em cascata da seca”, afirma. Cunha acredita que levará tempo para que os rios que estão em níveis mínimos retomem os valores normais.

    Além disso, é esperado um aumento das queimadas e que o setor da agricultura familiar seja bastante impactado, principalmente, entre o final do ano e o início de 2024, seguindo o Calendário Agrícola da região, diz.

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    Produtores enfrentam sérios problemas devido à seca no Norte do país

    A severa seca que assola o Norte do país tem trazido graves consequências para os produtores locais. A falta de chuvas tem ocasionado perdas nas lavouras, morte de animais e a diminuição do desenvolvimento dos frutos. Essa situação é considerada a pior desde 1980, afetando principalmente os estados do Amazonas, Pará, Acre e Amapá. Além disso, também há prejuízos em estados do Nordeste como Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe.

    A queda na produção tem gerado dificuldades para os agricultores na comercialização dos seus produtos. A baixa dos rios e obstáculos nas estradas, como quedas de pontes, dificultam o escoamento dos alimentos. Jorge Luiz do Santos, presidente da Associação de Produtores Orgânicos Renascer do Careira da Várzea, no Amazonas, relata a preocupação dos agricultores com a falta de renda devido a essa situação.

    A falta de chuvas tem afetado também a fauna local. Santos menciona a morte de botos, destacando a importância dos lagos para a população na época de inverno, que agora ficarão sem suprimento. Esses impactos não se limitam apenas aos animais aquáticos, mas também atingem o gado, que morre atolado e não consegue acesso à água dos rios.

    A seca afeta não só as atividades agrícolas, mas também a piscicultura. A temperatura excessiva nos viveiros tem levado à morte de peixes, prejudicando a sua comercialização. Além disso, o esvaziamento dos poços impede a troca de água nos viveiros, tornando o ambiente inadequado para a criação dos peixes.

    As queimadas também têm sido um problema para os produtores. Em algumas regiões, as plantações foram completamente destruídas pelo fogo. Essa situação é agravada pelas altas temperaturas e falta de chuvas, que tornam a vegetação mais suscetível ao fogo. A pesquisadora Ana Paula Cunha, especialista em secas e agrometeorologia do Cemaden, alerta que o quadro pode se agravar nos próximos meses.

    A combinação do fenômeno El Niño, que aquece o Oceano Pacífico, com a distribuição de calor do Oceano Atlântico Norte tem contribuído para a estiagem recorde na Região Norte. A pesquisadora ressalta que há uma alta probabilidade de que o El Niño persista até março de 2024, o que pode agravar ainda mais a situação.

    A recuperação dos rios afetados pela seca deverá ser um processo lento. Cunha também prevê um aumento das queimadas e impactos significativos na agricultura familiar nos próximos meses. É essencial que medidas sejam tomadas para mitigar os efeitos dessa seca e garantir o sustento dos produtores locais.
    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão:

    A seca no Norte do país está causando graves consequências para os produtores, resultando em perdas de lavouras e morte de animais. A falta de água afeta tanto os rios e poços utilizados para irrigação, como também afeta a temperatura dos viveiros de peixes. Além disso, os produtores enfrentam dificuldades para escoar a produção devido à baixa dos rios e obstáculos nas estradas. É uma situação preocupante que tem impactos diretos na renda dos agricultores e criadores.

    Perguntas com respostas:

    1. Como a seca tem afetado os produtores no Norte do país?
    R: A seca tem causado perdas nas lavouras e morte de animais, além de dificultar o escoamento da produção.

    2. Quais são os estados mais afetados pela seca no Norte do país?
    R: Os estados mais afetados são Amazonas, Pará, Acre e Amapá.

    3. Quais são as consequências da seca para a piscicultura na região?
    R: A seca tem causado a morte de peixes nos viveiros devido ao aumento da temperatura da água, além de esgotar os poços utilizados para troca de água nos viveiros.

    4. Além da seca, quais outros problemas os produtores têm enfrentado?
    R: Além da seca, os produtores também têm sido afetados por queimadas que destroem as plantações e colocam em risco a vida dos animais.

    5. Qual a previsão para a continuidade da seca na região?
    R: Segundo especialistas, é esperado que a seca continue e se intensifique até o início do próximo ano, principalmente se as temperaturas continuarem elevadas no Oceano Atlântico Norte. Isso terá impactos em cascata nos rios e no setor da agricultura familiar.

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