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Proteção financeira para empresas e produtores rurais: os benefícios do seguro de crédito

Outra notícia que também abalou o mercado foi a pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), mostrando que o mercado de seguros de crédito pagou cerca de R$ 1 bilhão em indenizações nos primeiros quatro meses do ano. Isso equivale a um aumento de 411,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas essa não é a única razão pela qual o ramo está crescendo. Essa ferramenta protege as empresas que fazem vendas a prazo para outras empresas, e que, em alguns casos, podem passar por dificuldades financeiras, e oferece diversos benefícios. Recentemente, o mercado ganhou duas novidades: pode ser utilizado para desonerar o capital dos bancos e, agora, pode atender o produtor rural na pessoa física.

A primeira notícia foi divulgada em junho, quando o Banco Central publicou uma resolução que permite aos bancos trabalhar com seguro de crédito. Essa resolução reconheceu, como mitigadores de risco de crédito para os bancos, os derivativos de crédito ou garantia pessoal prestados por seguradoras, popularmente conhecidos como seguros de crédito. Em regra, os bancos não podiam provisionar o valor a receber em seus respectivos balanços. Com esta circular, essas instituições podem eliminar isso do balanço. Ou seja, é um alívio de capital para o balanço do banco e, consequentemente, a resolução deve gerar crescimento do seguro de crédito no país.

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Logo depois, veio a notícia de que o setor do agronegócio no Brasil esperava há muito tempo, mais precisamente, há 24 anos: as seguradoras agora podem cobrir os produtores rurais (pessoa física), que não possuem CNPJ, em apólices de seguro de crédito. Você sabe o que isso significa? Que o mercado de seguro de crédito foi criado para cobrir a inadimplência em operações B2B, nas quais as vendas a prazo de uma empresa para outra podem ser cobertas por apólice de seguro, em caso de inadimplência do comprador. Agora, as seguradoras podem elaborar apólices para atender o produtor rural como pessoa física. Para isso, o produtor precisa apresentar seu Imposto de Renda e seguro rural para ser incluído como risco de inadimplência na apólice. É uma excelente notícia, pois o tema foi amplamente discutido pelo setor.

Além dessas inovações, que certamente impulsionarão ainda mais o crescimento do setor, não podemos deixar de citar os benefícios do seguro de crédito. A primeira é a proteção da carteira: a empresa que deseja iniciar uma operação segura, já com proteção de recebíveis, certamente deve se beneficiar com a contratação desse tipo de seguro.

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O segundo é o monitoramento do portfólio. As principais seguradoras do mercado possuem sofisticados sistemas de aprovação e monitoramento de crédito, que monitoram as empresas que realizam negócios com o contratante 24 horas por dia, todos os dias da semana. Seguindo os benefícios, destaco a alavancagem de vendas. O seguro de crédito permite que você aumente suas vendas com clientes existentes, sem aumentar seu risco de crédito. Com o seguro, é possível aprovar limites de crédito e prever o acompanhamento do devedor pela seguradora, de forma a entrar em novos mercados, seja de expansão da região ou de produtos e serviços.

Outro benefício é a redução de PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) e custos financeiros. O seguro de crédito protege a carteira de recebíveis da empresa contra riscos de insolvência, reduzindo consideravelmente as provisões para devedores duvidosos. Também reduz os custos financeiros das empresas.

E se não bastasse tudo isso, podemos pensar no seguro de crédito como uma política de boa governança corporativa, pois funciona como uma ferramenta para proteger as contas a receber da empresa contratante.

Por fim, o seguro de crédito oferece todo o suporte necessário para que as empresas possam expandir seus negócios com confiança, protegendo as empresas.

Aline Dalindo é Head de Soluções Financeiras na América Latina da WTW


O mercado de seguros de crédito vem crescendo no Brasil, com um aumento de 411,9% em relação ao ano anterior. Essa ferramenta protege empresas que realizam vendas a prazo para outras empresas, oferecendo benefícios como proteção da carteira, monitoramento do portfólio, alavancagem de vendas e redução de provisões para devedores duvidosos e custos financeiros.

Recentemente, duas novidades impulsionaram ainda mais o crescimento desse mercado. A primeira foi uma resolução do Banco Central que permite que os bancos trabalhem com seguro de crédito, aliviando o capital do balanço dos bancos e gerando crescimento do setor. A segunda foi a permissão para que as seguradoras cubram os produtores rurais pessoa física, que não possuem CNPJ, em apólices de seguro de crédito.

Essas mudanças são vistas como positivas, pois trazem mais segurança para as empresas que realizam vendas a prazo e para os produtores rurais. Além disso, o seguro de crédito funciona como uma política de boa governança corporativa, protegendo as contas a receber da empresa contratante.

No geral, o seguro de crédito oferece suporte necessário para que as empresas possam expandir seus negócios com confiança, protegendo as empresas contra riscos de inadimplência e ajudando no aumento das vendas.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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