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Seca e ciclo pecuário preocupam produtores de bezerros em Goiás

    Seca e ciclo pecuário preocupam produtores de bezerro em Goiás | Boi

    Desafios e Oportunidades no Cenário Pecuário Brasileiro

    Uma visão sobre a produção de gado em Goiás

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    Chove cerca de 1,5 mil milímetros em Nova Crixás, no interior de Goiás, por ano. Geralmente, o período das águas começa em outubro — no entanto, até agora o sol forte e o calor intenso dominam os dias na região. A estiagem é mais um motivo de preocupação para os pecuaristas goianos, que já estão se desdobrando para fechar o ano com resultado positivo.

    O produtor brasileiro aproveita o período de chuvas, que se estende até março, para segurar o gado no pasto. A estratégia possibilita a muitos venderem seus animais paulatinamente, evitando preços baixos. “Nesta situação, o pasto não sai e o gado fica debilitado”, frisa o presidente do Sindicato Rural de Nova Crixás, Inácio de Assunção Filho.

    Patrocinadores

    Parte do mercado aposta que o ciclo pecuário deve virar apenas em 2025. Mas, no campo, o faro do produtor (e talvez sua esperança) é que o cenário mude já no ano que vem. “Nos últimos dez anos, nunca se abateu tanta fêmea. Tomara que essa mudança venha em 2024, porque, da maneira como está, fica muito custoso”, diz.

    Conhecido como o “Rei do Gado”, o empresário Kiko Quagliato pretendia dobrar o número de animais confinados em uma de suas fazendas, a Favorita, em Nova Crixás (GO), nos próximos dois anos. Porém, o forte recuo dos preços do boi reduziu o ímpeto do pecuarista, ainda que não totalmente.

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    A capacidade estática da propriedade hoje é de 20 mil cabeças. Até o fim do ano, a fazenda deve entregar 45 mil para abate — todos animais próprios. O volume é um acréscimo considerável em relação às 36,5 mil cabeças do ano anterior, mas bem aquém do que poderia ser nas condições ideais de mercado.

    “A política econômica do país e o momento de incertezas [do preço] faz com que investidores atrasem investimentos maiores”, explica o gerente geral da fazenda Favorita, José Claudio Silva, que recebeu um grupo de argentinos que estão conhecendo propriedades de alto padrão em Goiás, na quarta-feira (8/11), em comitiva organizada pela empresa argentina Biogénesis Bagó.

    Na avaliação do gerente, o preço da arroba deve “melhorar muito pouco”. Ele conta que as cotações caíram de mais de R$ 300 para R$ 215 em cerca de um ano. Para ele, o ciclo pecuário deve oferecer algum respiro apenas em 2025.

    “O bezerro foi comprado muito caro, quando a veia a queda, o prejuízo chegou a mil reais por boi. É um animal adquirido por R$ 3,4 mil que agora vale R$ 2 mil. Estamos comprando e repondo, pensando que o preço vai compensar no novo ciclo”, diz.

    A propriedade é mais uma fazenda de excelência de Nova Crixás, município cujo rebanho chegou a quase 850 mil animais no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É, de longe, a cidade com maior número de bovinos do Estado e a 12ª no ranking nacional. O segundo município goiano com mais cabeças de gado é São Miguel do Araguaia, com 660 mil.

    Momento de atenção.
    Na fazenda Esplanada, onde a família dona da VB Alimentos adaptou a estrutura de confinamento alguns anos atrás para focar na atividade de cria, o momento também é de atenção. A propriedade tem 4 mil matrizes em produção.

    Marcelo Pacheco de Carvalho, sócio fundador e conselheiro da VB Alimentos, diz que o pecuarista de cria obteve bons resultados nos três anos anteriores, mas, em 2023, os preços despencaram. “O custo nutricional também caiu bastante, mas não chega a garantir os mesmos resultados”, diz.

    O pecuarista Vicente Muniz da Silva, patriarca da família dona da VB Alimentos, assistiu a dezenas de viradas de ciclo ao longo de décadas na atividade. Segundo ele, o abate de fêmeas já indica uma transição mais rápida do que o normal.

    Enquanto isso não ocorre, conta o segredo para atravessar essas crises: “Não ficar muito alavancado e ter estrutura para aguentar os momentos difíceis”, diz.

    *O jornalista viajou a convite da Biogénesis Bagó

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    Sumário

    1. Introdução

    2. O impacto da estiagem na pecuária em Nova Crixás, GO

    2.1 Estratégias dos pecuaristas para enfrentar a estiagem

    2.2 Perspectivas para o ciclo pecuário

    3. Entrevista com o “Rei do Gado”

    3.1 Perspectivas para a fazenda Favorita em Nova Crixás

    3.2 Impacto da situação econômica no mercado pecuário

    4. Momento de atenção para a fazenda Esplanada

    4.1 Desafios enfrentados pela VB Alimentos

    4.2 Estratégias para superar as crises no mercado pecuário

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    Chove cerca de 1,5 mil milímetros em Nova Crixás, no interior de Goiás, por ano. Geralmente, o período das águas começa em outubro — no entanto, até agora o sol forte e o calor intenso dominam os dias na região. A estiagem é mais um motivo de preocupação para os pecuaristas goianos, que já estão se desdobrando para fechar o ano com resultado positivo.

    O produtor brasileiro aproveita o período de chuvas, que se estende até março, para segurar o gado no pasto. A estratégia possibilita a muitos venderem seus animais paulatinamente, evitando preços baixos. “Nesta situação, o pasto não sai e o gado fica debilitado”, frisa o presidente do Sindicato Rural de Nova Crixás, Inácio de Assunção Filho.

    Parte do mercado aposta que o ciclo pecuário deve virar apenas em 2025. Mas, no campo, o faro do produtor (e talvez sua esperança) é que o cenário mude já no ano que vem. “Nos últimos dez anos, nunca se abateu tanta fêmea. Tomara que essa mudança venha em 2024, porque, da maneira como está, fica muito custoso”, diz.

    Até o fim do ano, a fazenda Favorita, em Nova Crixás (GO), deve entregar 45 mil para abate — Foto: José Florentino/Globo Rural

    “Rei do Gado”

    Conhecido como o “Rei do Gado”, o empresário Kiko Quagliato pretendia dobrar o número de animais confinados em uma de suas fazendas, a Favorita, em Nova Crixás (GO), nos próximos dois anos. Porém, o forte recuo dos preços do boi reduziu o ímpeto do pecuarista, ainda que não totalmente.

    A capacidade estática da propriedade hoje é de 20 mil cabeças. Até o fim do ano, a fazenda deve entregar 45 mil para abate — todos animais próprios. O volume é um acréscimo considerável em relação às 36,5 mil cabeças do ano anterior, mas bem aquém do que poderia ser nas condições ideais de mercado.

    “A política econômica do país e o momento de incertezas [do preço] faz com que investidores atrasem investimentos maiores”, explica o gerente geral da fazenda Favorita, José Claudio Silva, que recebeu um grupo de argentinos que estão conhecendo propriedades de alto padrão em Goiás, na quarta-feira (8/11), em comitiva organizada pela empresa argentina Biogénesis Bagó.

    Na avaliação do gerente, o preço da arroba deve “melhorar muito pouco”. Ele conta que as cotações caíram de mais de R$ 300 para R$ 215 em cerca de um ano. Para ele, o ciclo pecuário deve oferecer algum respiro apenas em 2025.

    “O bezerro foi comprado muito caro, quando a veia a queda, o prejuízo chegou a mil reais por boi. É um animal adquirido por R$ 3,4 mil que agora vale R$ 2 mil. Estamos comprando e repondo, pensando que o preço vai compensar no novo ciclo”, diz.

    A propriedade é mais uma fazenda de excelência de Nova Crixás, município cujo rebanho chegou a quase 850 mil animais no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É, de longe, a cidade com maior número de bovinos do Estado e a 12ª no ranking nacional. O segundo município goiano com mais cabeças de gado é São Miguel do Araguaia, com 660 mil.

    Marcelo Pacheco de Carvalho e Vicente Muniz da Silva, da fazenda Esplanada, em Nova Crixás (GO) — Foto: José Florentino/Globo Rural

    Momento de atenção

    Na fazenda Esplanada, onde a família dona da VB Alimentos adaptou a estrutura de confinamento alguns anos atrás para focar na atividade de cria, o momento também é de atenção. A propriedade tem 4 mil matrizes em produção.

    Marcelo Pacheco de Carvalho, sócio fundador e conselheiro da VB Alimentos, diz que o pecuarista de cria obteve bons resultados nos três anos anteriores, mas, em 2023, os preços despencaram. “O custo nutricional também caiu bastante, mas não chega a garantir os mesmos resultados”, diz.

    O pecuarista Vicente Muniz da Silva, patriarca da família dona da VB Alimentos, assistiu a dezenas de viradas de ciclo ao longo de décadas na atividade. Segundo ele, o abate de fêmeas já indica uma transição mais rápida do que o normal.

    Enquanto isso não ocorre, conta o segredo para atravessar essas crises: “Não ficar muito alavancado e ter estrutura para aguentar os momentos difíceis”, diz.

    *O jornalista viajou a convite da Biogénesis Bagó

    Resultados positivos para o pecuarista em Nova Crixás, Goiás

    Preocupação com a Estiagem

    Práticas Pecuárias Durante o Período de Estiagem

    Chove cerca de 1,5 mil milímetros em Nova Crixás, no interior de Goiás, por ano. Geralmente, o período das águas começa em outubro — no entanto, até agora o sol forte e o calor intenso dominam os dias na região. A estiagem é mais um motivo de preocupação para os pecuaristas goianos, que já estão se desdobrando para fechar o ano com resultado positivo.

    O produtor brasileiro aproveita o período de chuvas, que se estende até março, para segurar o gado no pasto. A estratégia possibilita a muitos venderem seus animais paulatinamente, evitando preços baixos. “Nesta situação, o pasto não sai e o gado fica debilitado”, frisa o presidente do Sindicato Rural de Nova Crixás, Inácio de Assunção Filho.

    Parte do mercado aposta que o ciclo pecuário deve virar apenas em 2025. Mas, no campo, o faro do produtor (e talvez sua esperança) é que o cenário mude já no ano que vem. “Nos últimos dez anos, nunca se abateu tanta fêmea. Tomara que essa mudança venha em 2024, porque, da maneira como está, fica muito custoso”, diz.

    Fazenda Favorita

    Conhecido como o “Rei do Gado”, o empresário Kiko Quagliato pretendia dobrar o número de animais confinados em uma de suas fazendas, a Favorita, em Nova Crixás (GO), nos próximos dois anos. Porém, o forte recuo dos preços do boi reduziu o ímpeto do pecuarista, ainda que não totalmente.

    A capacidade estática da propriedade hoje é de 20 mil cabeças. Até o fim do ano, a fazenda deve entregar 45 mil para abate — todos animais próprios. O volume é um acréscimo considerável em relação às 36,5 mil cabeças do ano anterior, mas bem aquém do que poderia ser nas condições ideais de mercado.

    Fonte: Rank Math

    “O bezerro foi comprado muito caro, quando a veia a queda, o prejuízo chegou a mil reais por boi. É um animal adquirido por R$ 3,4 mil que agora vale R$ 2 mil. Estamos comprando e repondo, pensando que o preço vai compensar no novo ciclo”, diz.

    A propriedade é mais uma fazenda de excelência de Nova Crixás, município cujo rebanho chegou a quase 850 mil animais no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É, de longe, a cidade com maior número de bovinos do Estado e a 12ª no ranking nacional. O segundo município goiano com mais cabeças de gado é São Miguel do Araguaia, com 660 mil.

    Momento de Atenção na Fazenda Esplanada

    Na fazenda Esplanada, onde a família dona da VB Alimentos adaptou a estrutura de confinamento alguns anos atrás para focar na atividade de cria, o momento também é de atenção. A propriedade tem 4 mil matrizes em produção.

    Marcelo Pacheco de Carvalho, sócio fundador e conselheiro da VB Alimentos, diz que o pecuarista de cria obteve bons resultados nos três anos anteriores, mas, em 2023, os preços despencaram. “O custo nutricional também caiu bastante, mas não chega a garantir os mesmos resultados”, diz.

    O pecuarista Vicente Muniz da Silva, patriarca da família dona da VB Alimentos, assistiu a dezenas de viradas de ciclo ao longo de décadas na atividade. Segundo ele, o abate de fêmeas já indica uma transição mais rápida do que o normal.

    Enquanto isso não ocorre, conta o segredo para atravessar essas crises: “Não ficar muito alavancado e ter estrutura para aguentar os momentos difíceis”, diz.

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