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Saiba por que o gato também precisa ser vacinado

    Saiba por que o gato tambem precisa ser vacinado

    Além da desparasitação periódica e dos cuidados específicos, os cuidados com os gatos incluem a vacinação anual, tal como acontece com os cães. As vacinas previnem doenças fatais para os felinos, aumentam a longevidade dos animais e melhoram sua qualidade de vida. Segundo a consultora técnica e médica veterinária da VetBR, Gleyci Fernanda Camanho da Silva, são cinco as principais doenças que acometem os felinos e que podem ser evitadas com a vacinação. “A imunização é a melhor forma de prevenir doenças como rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose, panleucopenia e leucemia viral felina, que podem ser evitadas se a imunização for iniciada desde o nascimento do pet e realizada anualmente ao longo de sua vida”, afirma.

    Dois tipos de vacinas são recomendados. A quádrupla evita rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e panleucopenia. A primeira dose deve ser aplicada nas primeiras nove semanas de vida; após um intervalo de 21 dias o animal deve ser imunizado com a segunda dose. A vacina quíntupla também imuniza o pet contra a leucemia viral felina. A primeira dose deve ser aplicada após oito semanas de vida e a segunda também 21 dias após a imunização inicial. Ambas as vacinas precisam de um reforço a cada ano, com apenas uma dose.

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    A veterinária lembra que mesmo que o animal fique mais em casa, a vacinação é de suma importância, pois o tutor pode acabar pegando vírus e bactérias da rua. Além disso, ela observa que a escolha da vacina vai variar de acordo com o estilo de vida do gato. “Geralmente, o quádruplo é indicado para animais mais domesticados e o quíntuplo para animais que têm vida fora de casa, como os que costumam sair para passear à noite. Mas é fundamental consultar o veterinário para entender qual tipo de vacina é mais adequada às necessidades de cada animal”, aconselha.

    Confira mais detalhes sobre as doenças que podem ser evitadas com a vacinação dos gatos.

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    rinotraqueíte

    É uma das doenças respiratórias felinas. Pode afetar gatos de todas as idades e é causada por três agentes: o herpesvírus felino, o calicivírus felino e a bactéria Chlamydophila felis. O animal doente costuma ser o principal transmissor da doença. Entre os principais sintomas estão herpes na garganta, nariz, boca e vias respiratórias, conjuntivite e lesões oculares, além de espirros, corrimento nasal, falta de apetite e apatia.

    calicivírus

    É também uma doença respiratória considerada grave, que afeta o pulmão e o trato respiratório de gatos em qualquer idade. A doença é causada pelo calicivírus felino, um agente patogênico resistente. A transmissão geralmente ocorre pelo contato com saliva ou secreções nasais de animais infectados. Úlcera na boca, infecção bacteriana secundária, alveolite fecal, danos nas articulações e artrite são os principais sintomas de contaminação.

    clamidiose

    A zoonose (doença dos animais que pode ser transmitida ao homem) é causada pela bactéria Chlamydia felis, popularmente conhecida como clamídia. Esta é uma infecção muito comum em gatos e está associada a doenças do sistema respiratório felino. É importante não deixar o pet entrar em contato ou permanecer no mesmo ambiente que outro animal contaminado, pois é uma doença extremamente contagiosa. Os principais sintomas são conjuntivite e úlceras na boca, secreção nasal e ocular persistente, espirros, dificuldade para respirar, febre e falta de apetite.

    panleucopenia

    Conhecida como enterite infecciosa viral felina, é causada pelo vírus da panleucopenia felina (FPV). É considerada uma doença viral grave que acomete felinos domésticos e silvestres. O gato pode ser infectado por fezes e vômito de outros animais doentes. Entre os sintomas mais comuns, vômitos e diarreia. Após ser contaminado, o animal pode morrer por desidratação. A doença é mais comum entre os filhotes.

    leucemia viral felina

    É uma das doenças mais graves para os gatos. O vírus da leucemia felina é transmitido principalmente por meio de secreções, como a saliva de gatos já infectados. Quando o animal é contaminado, a imunidade cai e ele fica mais suscetível a outras doenças, o que agrava a situação. É uma doença de difícil detecção, pois os sintomas aparecem lentamente – como acontece com os tumores internos. É comum os tutores procurarem ajuda especializada quando já é tarde demais. A doença não tem cura, mas o tratamento pode melhorar a qualidade de vida do pet.

    Caso o animal não tenha sido vacinado e apresente algum dos sintomas citados, é importante consultar um veterinário com urgência para iniciar o tratamento da forma mais adequada e evitar problemas mais graves. A imunização deve ser iniciada quando o animal estiver saudável ou somente quando o animal não apresentar mais sinais clínicos de nenhuma das doenças descritas acima.

    Com informações consultivas*



    Fonte: Agro