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Qual a tendência do rebanho no 2º semestre de 2023? – Horas do Moeda

    Boi Gordo Gado Agropecuária
    Segundo o Rabobank, fatores porquê os altos índices de abate de fêmeas e a queda nos custos de produção pressionam os preços do rebanho (Imagem: Unsplash/@tumbao1949)

    Durante os primeiros seis meses de 2023, você nos acompanhou cá no Tempos Agro alguns fatores que afetaram o mercado de rebanho neste ano. Entre eles: exportação de mesocarpo para a China, reversão do ciclo da pecuária e queda nos custos de produção.

    No entanto, o segundo semestre parece mostrar uma novidade tendência para a oferta de animais, muito porquê para a dinâmica de preços.

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    Sobre o cenário da arroba, ouvimos Wagner Yanaguizawa, crítico econômico de proteína bicho da Rabobank.

    Preços de fêmeas e abate

    Para Yanaguizawa, é simples que há um movimento de recuperação dos preços da arroba, em grande segmento devido à recuperação da retomada dos embarques para Chinaprincipal cliente do Brasil, com o termo do embargo que durou entre fevereiro e março, depois um caso atípico de “mal da vaca louca”.

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    “No amontoado de junho a 23, houve um aumento de 33% no volume de mesocarpo in natureza exportada pelo Brasil, em relação ao mesmo período do ano pretérito. Assim, segundo as previsões, junho deve superar as 200 milénio toneladas exportadas, o que é um grande progressão em termos de oferta”, explica.

    Se para a oferta de animais há uma melhora, para a demanda, por outro lado, há uma limitação, cenário que pressiona ainda mais os preços para a China.

    “Isso se deve a essa inversão do ciclo, com a redução de animais a pasto e a projeção de menor abate de fêmeas nos próximos meses. Basicamente, o produtor que reteve fêmeas até agora, deve esperar a estação de reprodução entre setembro e outubro. Assim, devemos ter uma oferta menor de fêmeas, e isso é um fator limitante e deve resultar em preços mais altos”, diz.

    oferenda de boi

    Do lado da oferta, houve redução em algumas regiões. “Estamos vendo uma redução nas escalas de abate em geladeirasbasicamente por um momento de transição, com a redução de animais engordados a pasto, para um volume maior de animais confinados”, comenta.

    Outro ponto evidenciado pelo crítico do Rabobank é o abate de fêmeas, que esteve em níveis muito elevados no 2º trimestre do ano.

    “Junho marca o quarto mês ininterrupto em que os abates de fêmeas ficam supra dos machos no Brasil, em torno de 52%, o que é bastante atípico e deixa simples esse cenário de inversão de ciclo e maior atratividade para o abate”, afirma. .

    Demanda e exportações para a China

    No entanto, no pequeno e médio prazos, a China deve sustentar a demanda brasileira, mesmo que os preços do petróleo exportar são inferiores aos praticados no mesmo período do ano pretérito, quase 30% menores.

    “A China deve continuar com o gosto depressa, muito por conta do feriado da Golden Week (1 a 7 de outubro). Dessa forma, o grande repto da demanda continuará sendo o mercado interno, que continuará pressionando negativamente em termos de fundamentos, mas, em termos de sazonalidade, vemos uma recuperação de preços”, aponta.

    Confinamento

    Para o Rabobank, o momento atual tem estímulos para o confinamento dos animais.

    “Com a queda dos custos de reposição, vemos um cenário positivo, com o preço do terneiro em trajetória de queda, chegando perto de um limite, mas ainda com espaço para queda (o que incentiva o abate de fêmeas). Aliás, os preços da ração caíram muito nos últimos 2 meses, sendo que o mês de maio apresentou a menor média desde agosto de 2020, uma queda muito significativa nos principais componentes do dispêndio”, afirma.

    Porém, para os produtores que não tiveram uma comercialização muito boa em termos de reposição e que tiveram maior exposição para compra de ração, há um fluxo de caixa mais apertado em termos de atratividade para colocar os animais no cocho.

    Novos destinos de exportação e consumo no Brasil

    Na semana passada, o Ministério da Cultura e Pecuária (Planta) sinalizou uma provável brecha para exportar mesocarpo bovina para Coreia do Sul e Japão.

    “Esses dois destinos são mercados com muito valor confederado, que todo exportador quer acessar, porque pagam muito muito. Para o Brasil seria ótimo, principalmente para avançarmos no embarque de carnes premium, que aumentamos nossa produção nos últimos anos”, afirma.

    Por termo, Yanaguizawa acredita que o consumo doméstico no Brasil deve ser o principal repto do setor em 2023.

    “A tendência de perda de poder de compra deve continuar neste ano, mesmo com maior oferta e preços mais baixos da mesocarpo bovina, o que não deve permitir uma recuperação do consumo per capita. Em termos de fundamentos, pode ser um fator de pressão negativa sobre os preços do boi”, conclui.

    Fonte: Noticias Agricolas