Embora surpreendente, o resultado inicia uma esperada desaceleração da atividade que deve perdurar até o segundo semestre, em meio aos efeitos da política monetária restritiva e ao enfraquecimento do forte impulso observado no setor agrícola no primeiro trimestre deste ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do PIB entre abril e junho ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,3%.
A taxa marca o oitavo trimestre consecutivo no azul, mas ainda apresenta forte enfraquecimento frente à expansão de 1,8% do PIB no primeiro trimestre, em dados revisados pelo IBGE de 1,9% divulgados anteriormente.
Com esse resultado, a economia fecha o primeiro semestre com alta acumulada de 3,7% e opera 7,4% acima do nível pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, atingindo o ponto mais alto da série.
Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%, contra a expectativa de 2,7% nesta base de comparação.
Os destaques do PIB no segundo trimestre foram a indústria, com expansão de 0,9% sobre o trimestre anterior, segundo aumento consecutivo, e os serviços, setor que responde por cerca de 70% da economia do país e cresceu 0,6%, repetindo a taxa observada em o primeiro trimestre.
Por outro lado, a agropecuária registrou retração de 0,9% no período, após ter saltado 21% no primeiro trimestre do ano.
Do lado da despesa, o consumo das famílias cresceu 0,9%, enquanto o consumo do governo cresceu 0,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo, medida de investimento, evitou o terceiro trimestre consecutivo de contração com um ligeiro aumento de 0,1%.
Relativamente ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram um desempenho positivo de 2,9%, enquanto as importações aumentaram 4,5%.
Jornal do campo
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