Pesquisadores alertam para influência do alto abate de fêmeas nos preços do boi gordo
Em outubro, os preços do boi gordo para abate em Mato Grosso do Sul operaram em patamares maiores que os observados no mês anterior. Setembro abriu com a arroba abaixo da linha dos R$ 200,00 e assim permaneceu até meados do mês. Em outubro a arroba do boi gordo variou em torno de R$ 221,00 e R$ 235,00 em MS, indicando que a cotação melhorou em média 10% em relação a setembro. O valor da arroba tem como referência cotações coletadas no Estado pela Scot Consultoria.
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a sustentação veio do ajuste de oferta ao longo da cadeia e também do bom desempenho das exportações de carne bovina. O ritmo de negócios no mercado nacional, contudo, foi menor em outubro, justamente neste período que é tradicionalmente marcado pela maior liquidez.
Esse cenário se deve às vendas domésticas de carne ainda acomodadas e ao alongamento das escalas de abate por parte de algumas indústrias. Pesquisadores do Cepea destacam que o avanço verificado de setembro para outubro caracteriza-se como uma recuperação, tendo em vista que os preços do animal para abate vinham registrando quedas mensais consecutivas ao longo deste segundo semestre.
Influência do ciclo pecuário
Segundo o Boletim Cicarne (Centro de Inteligência da Carne Bovina), produzido por pesquisadores da Embrapa-Gado de Corte, de Campo Grande, MS, e de outras unidades, o aumento do abate de fêmeas exerce uma influência significativa sobre a quantidade total de abates, o que, por sua vez, resulta em uma desvalorização da arroba dos machos a longo prazo.
Este fator tem um impacto maior no preço da arroba do que a conjuntura econômica do país, que tem efeito mais imediato, mas os abates de fêmeas são os que realmente determinam o nível de preço da arroba no longo prazo.
Em resumo, na pecuária, a variação repentina da oferta é o fator preponderante responsável pelo ciclo pecuário, superando a influência das variações da demanda. O período de pico de preços, historicamente, tem ocorrido a cada seis anos e coincide com o período de redução da taxa de abate de fêmeas.
Portanto, segundo o Cicarne, espera-se que os preços subam a partir de 2024, atingindo seu pico em 2026. Em suma, os novilhos comercializados na próxima alta do preço do boi gordo serão os filhos das matrizes acasaladas em 2023. Isso destaca a importância de planejar estrategicamente a produção de bezerros e a gestão do ciclo pecuário.
Evento debate vai e vem da arroba
Com o tema “Desafios do Mercado do Boi Gordo e Suas Oportunidades”, a 3° edição do Encontro Técnico dos Criadores irá trazer o palestrante Caio Rossato, Zootecnista graduado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e proprietário da PECBR Consultoria, empresa responsável pelo acompanhamento técnico de abates de mais de 5 mil lotes, em mais de 13 estados diferentes e também no Paraguai e Bolívia. A encontro será no dia 6 de novembro às 18h30 no Pavilhão do Fazendeiro no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, MS.
De acordo com Caio Rossato, a intenção da palestra é fazer com que o pecuarista entenda o mercado da carne em um cenário nacional e global, e atender o nicho de mercado e as várias especulações que podem interferir no preço da arroba paga ao produtor.
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Sumário
1. Influência do alto abate de fêmeas nos preços
2. Preços do boi gordo em Mato Grosso do Sul
3. Ajuste de oferta e exportações de carne bovina
4. Recuperação dos preços do animal para abate em outubro
5. Influência do ciclo pecuário no preço da arroba
6. Previsão de aumento dos preços a partir de 2024
7. Evento “Desafios do Mercado do Boi Gordo e Suas Oportunidades”
Pesquisadores ligados ao Cicarne alertam para a influência do alto abate de fêmeas para a formação dos preços
Em outubro, os preços do boi gordo para abate em Mato Grosso do Sul operaram em patamares maiores que os observados no mês anterior. Setembro abriu com a arroba abaixo da linha dos R$ 200,00 e assim permaneceu até meados do mês. Em outubro a arroba do boi gordo variou em torno de R$ 221,00 e R$ 235,00 em MS, indicando que a cotação melhorou em média 10% em relação a setembro. O valor da arroba tem como referência cotações coletadas no Estado pela Scot Consultoria.
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a sustentação veio do ajuste de oferta ao longo da cadeia e também do bom desempenho das exportações de carne bovina. O ritmo de negócios no mercado nacional, contudo, foi menor em outubro, justamente neste período que é tradicionalmente marcado pela maior liquidez.
Esse cenário se deve às vendas domésticas de carne ainda acomodadas e ao alongamento das escalas de abate por parte de algumas indústrias. Pesquisadores do Cepea destacam que o avanço verificado de setembro para outubro caracteriza-se como uma recuperação, tendo em vista que os preços do animal para abate vinham registrando quedas mensais consecutivas ao longo deste segundo semestre.
Influência do ciclo pecuário
Segundo o Boletim Cicarne (Centro de Inteligência da Carne Bovina), produzido por pesquisadores da Embrapa-Gado de Corte, de Campo Grande, MS, e de outras unidades, o aumento do abate de fêmeas exerce uma influência significativa sobre a quantidade total de abates, o que, por sua vez, resulta em uma desvalorização da arroba dos machos a longo prazo.
Este fator tem um impacto maior no preço da arroba do que a conjuntura econômica do país, que tem efeito mais imediato, mas os abates de fêmeas são os que realmente determinam o nível de preço da arroba no longo prazo.
Em resumo, na pecuária, a variação repentina da oferta é o fator preponderante responsável pelo ciclo pecuário, superando a influência das variações da demanda. O período de pico de preços, historicamente, tem ocorrido a cada seis anos e coincide com o período de redução da taxa de abate de fêmeas.
Portanto, segundo o Cicarne, espera-se que os preços subam a partir de 2024, atingindo seu pico em 2026. Em suma, os novilhos comercializados na próxima alta do preço do boi gordo serão os filhos das matrizes acasaladas em 2023. Isso destaca a importância de planejar estrategicamente a produção de bezerros e a gestão do ciclo pecuário.
Evento debate vai e vem da arroba
Com o tema “Desafios do Mercado do Boi Gordo e Suas Oportunidades”, a 3° edição do Encontro Técnico dos Criadores irá trazer o palestrante Caio Rossato, Zootecnista graduado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e proprietário da PECBR Consultoria, empresa responsável pelo acompanhamento técnico de abates de mais de 5 mil lotes, em mais de 13 estados diferentes e também no Paraguai e Bolívia. A encontro será no dia 6 de novembro às 18h30 no Pavilhão do Fazendeiro no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, MS.
De acordo com Caio Rossato, a intenção da palestra é fazer com que o pecuarista entenda o mercado da carne em um cenário nacional e global, e atender o nicho de mercado e as várias especulações que podem interferir no preço da arroba paga ao produtor.
Pesquisadores ligados ao Cicarne alertam para a influência do alto número de abate de fêmeas na formação dos preços da arroba do boi gordo. De acordo com o Boletim Cicarne, produzido por pesquisadores da Embrapa-Gado de Corte e de outras unidades, o aumento do abate de fêmeas exerce uma influência significativa sobre a quantidade total de abates, o que, por sua vez, resulta em uma desvalorização da arroba dos machos a longo prazo.
É importante destacar que esse fator tem um impacto maior no preço da arroba do que a conjuntura econômica do país, que tem efeito mais imediato. Os abates de fêmeas são os que realmente determinam o nível de preço da arroba no longo prazo. Na pecuária, a variação repentina da oferta é o fator preponderante responsável pelo ciclo pecuário, superando a influência das variações da demanda.
Historicamente, o período de pico de preços do boi gordo tem ocorrido a cada seis anos e coincide com o período de redução da taxa de abate de fêmeas. Portanto, segundo o Cicarne, espera-se que os preços subam a partir de 2024, atingindo seu pico em 2026. Isso destaca a importância de planejar estrategicamente a produção de bezerros e a gestão do ciclo pecuário.
Os pesquisadores indicam que o cenário atual de preços do boi gordo em Mato Grosso do Sul, que teve uma melhora em outubro em relação a setembro, é resultado do ajuste de oferta ao longo da cadeia, além do bom desempenho das exportações de carne bovina. No entanto, o ritmo de negócios no mercado nacional foi menor em outubro, devido às vendas domésticas de carne ainda acomodadas e ao alongamento das escalas de abate por parte de algumas indústrias.
Para discutir os desafios e oportunidades do mercado do boi gordo, será realizado o 3° Encontro Técnico dos Criadores, com o tema “Desafios do Mercado do Boi Gordo e Suas Oportunidades”. O evento contará com a participação do palestrante Caio Rossato, Zootecnista graduado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e proprietário da PECBR Consultoria.
A palestra tem como objetivo ajudar os pecuaristas a entender o mercado da carne em um contexto nacional e global, além de abordar o nicho de mercado e as diversas especulações que podem influenciar no preço da arroba paga ao produtor. O encontro está marcado para o dia 6 de novembro, às 18h30, no Pavilhão do Fazendeiro, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, MS.
Essas informações reforçam a importância de considerar o ciclo pecuário e a influência do abate de fêmeas na formação dos preços da arroba do boi gordo. Planejar estrategicamente a produção de bezerros e acompanhar de perto as tendências do mercado são medidas essenciais para garantir o sucesso na atividade pecuária.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Pesquisadores ligados ao Cicarne alertam para a influência do alto abate de fêmeas para a formação dos preços
Em outubro, os preços do boi gordo para abate em Mato Grosso do Sul operaram em patamares maiores que os observados no mês anterior. Setembro abriu com a arroba abaixo da linha dos R$ 200,00 e assim permaneceu até meados do mês. Em outubro a arroba do boi gordo variou em torno de R$ 221,00 e R$ 235,00 em MS, indicando que a cotação melhorou em média 10% em relação a setembro. O valor da arroba tem como referência cotações coletadas no Estado pela Scot Consultoria.
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a sustentação veio do ajuste de oferta ao longo da cadeia e também do bom desempenho das exportações de carne bovina. O ritmo de negócios no mercado nacional, contudo, foi menor em outubro, justamente neste período que é tradicionalmente marcado pela maior liquidez.
Esse cenário se deve às vendas domésticas de carne ainda acomodadas e ao alongamento das escalas de abate por parte de algumas indústrias. Pesquisadores do Cepea destacam que o avanço verificado de setembro para outubro caracteriza-se como uma recuperação, tendo em vista que os preços do animal para abate vinham registrando quedas mensais consecutivas ao longo deste segundo semestre.
Influência do ciclo pecuário
Segundo o Boletim Cicarne (Centro de Inteligência da Carne Bovina), produzido por pesquisadores da Embrapa-Gado de Corte, de Campo Grande, MS, e de outras unidades, o aumento do abate de fêmeas exerce uma influência significativa sobre a quantidade total de abates, o que, por sua vez, resulta em uma desvalorização da arroba dos machos a longo prazo.
Este fator tem um impacto maior no preço da arroba do que a conjuntura econômica do país, que tem efeito mais imediato, mas os abates de fêmeas são os que realmente determinam o nível de preço da arroba no longo prazo.
Em resumo, na pecuária, a variação repentina da oferta é o fator preponderante responsável pelo ciclo pecuário, superando a influência das variações da demanda. O período de pico de preços, historicamente, tem ocorrido a cada seis anos e coincide com o período de redução da taxa de abate de fêmeas.
Portanto, segundo o Cicarne, espera-se que os preços subam a partir de 2024, atingindo seu pico em 2026. Em suma, os novilhos comercializados na próxima alta do preço do boi gordo serão os filhos das matrizes acasaladas em 2023. Isso destaca a importância de planejar estrategicamente a produção de bezerros e a gestão do ciclo pecuário.
Evento debate vai e vem da arroba
Com o tema “Desafios do Mercado do Boi Gordo e Suas Oportunidades”, a 3° edição do Encontro Técnico dos Criadores irá trazer o palestrante Caio Rossato, Zootecnista graduado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e proprietário da PECBR Consultoria, empresa responsável pelo acompanhamento técnico de abates de mais de 5 mil lotes, em mais de 13 estados diferentes e também no Paraguai e Bolívia. A encontro será no dia 6 de novembro às 18h30 no Pavilhão do Fazendeiro no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, MS.
De acordo com Caio Rossato, a intenção da palestra é fazer com que o pecuarista entenda o mercado da carne em um cenário nacional e global, e atender o nicho de mercado e as várias especulações que podem interferir no preço da arroba paga ao produtor.
