Clique aqui e baixe o release completo em word.
Clique cá para conferir a reportagem completa.
Cepea, 27 de junho de 2023 – O PIB do agronegócio brasílico, calculado pelo Cepea (Meio de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Cultura e Pecuária do Brasil), mostrou ligeiro progresso de 0,19% no primeiro trimestre de 2023.
Segundo os pesquisadores do Cepea, esse resultado modesto refletiu o comportamento oposto em termos de preços e volumes. Nesse sentido, por um lado, o desenvolvimento do PIB foi sustentado pela safra recorde no campo – o que, por sua vez, também influencia uma maior movimentação dos agrosserviços no país. Por outro lado, o desempenho do PIB foi prejudicado por preços desfavoráveis para o setor, pois houve reduções em relação aos registrados no primeiro trimestre de 2022 para vários dos principais produtos agrícolas e agroindustriais que compõem o setor.
Ainda considerando o comportamento do PIB brasílico no período, o Cepea/CNA estima que a participação do setor na economia fique próxima a 24,5% em 2023, pouco aquém dos 25% registrados em 2022.
RAMO AGRÍCOLA – O ramo agrícola avançou 0,66%, sustentado pelo desempenho observado no segmento primitivo, para agroindústria e agrosserviços – o setor de insumos recuou, pressionado pela desvalorização de fertilizantes e defensivos. No caso do segmento primitivo, apesar da queda nos preços de muitos produtos (algodão, moca, tomate, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, cacau, banana e batata), o desenvolvimento foi sustentado pela expectativa de uma safra recorde de grãos no campo, somado à expectativa de maiores produções de moca e cana-de-açúcar.
O PIB também foi favorecido pelo resfriamento dos preços de fertilizantes e defensivos em relação a 2022. Na indústria, o PIB cresceu devido à redução dos custos dos insumos, visto que a produção industrial registrou queda modesta e os preços dos produtos também caíram (com destaques negativos para etanol, madeira produtos lácteos e moca industrializado). Quanto aos agrosserviços, o desenvolvimento do PIB deveu-se principalmente ao desempenho agrícola dentro do portão. Essa expansão se traduz em demanda por transporte, armazenagem, negócio e outros serviços (porquê financeiro, contábil, jurídico, informação, entre outros).
FILIAL DE PECUÁRIA – Ao contrário da agropecuária, o ramo da pecuária caiu (-1,09%), influenciado pelas quedas observadas nos quatro segmentos. No caso dos insumos, o desempenho negativo foi influenciado principalmente pelos menores preços de rações e medicamentos veterinários. Para a pecuária primária, a retração deveu-se ao menor valor bruto de produção esperado para o ano, mesmo em um cenário de alguma redução nos custos dos insumos. A queda no valor da produção refletiu os preços mais baixos do rebanho de namoro e das aves, uma vez que a expansão da produção é projetada para todas as atividades pecuárias monitoradas – exceto leite. No agronegócio pecuário, apesar da maior produção estimada de carnes para o ano, o PIB também foi pressionado pelo comportamento desfavorável dos preços da músculos bovina e do epiderme bovino. Quanto aos agro-serviços pecuários, o decréscimo esteve em risca com as reduções observadas a montante. O fraco desempenho dos segmentos da pecuária, com os valores da produção bruta pressionados por preços desfavoráveis, também deve ter se refletido em uma demanda mais fraca por serviços.
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o PIB brasílico aqui e por meio da Notícia do Cepea, com o prof. Geraldo Barros e pesquisadora Nicole Rennó: [email protected].
**Oriente texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
