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Segurança Animal: Vantagens e Instalação da Cerca Elétrica

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    A criação de bovinos a pasto é uma prática amplamente adotada no Brasil, devido aos seus benefícios produtivos e econômicos. No entanto, para alcançar bons resultados, é crucial que o manejo das pastagens e do pastejo seja adequado e eficaz. Este artigo explora a importância do bom manejo das pastagens, as diferentes técnicas de pastejo e destaca a cerca elétrica como uma ferramenta fundamental nesse contexto. A cerca elétrica é flexível, prática e potencializa o aproveitamento das pastagens, especialmente no sistema de pastejo rotacionado. No entanto, é necessário seguir critérios e ter um bom dimensionamento das cercas elétricas, além de usar materiais de qualidade. Dicas práticas, como o correto aterramento das hastes, a proteção contra raios e o número e altura dos fios, são fundamentais para o bom funcionamento da cerca elétrica. Por fim, o artigo destaca a importância do uso de fio subterrâneo, catracas isoladas e madeira adequada para garantir a eficiência e a durabilidade das cercas elétricas. Com um bom manejo das pastagens e o uso adequado da cerca elétrica, é possível obter ganhos produtivos e econômicos na criação de bovinos a pasto no Brasil.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
    Sumário:

    1. Introdução
    1.1 A importância do manejo de pastejo e pastagens
    2. Manejo correto das pastagens
    2.1 Alturas de entrada e saída
    2.2 Outros fatores do manejo de pastagens
    3. Métodos de pastejo
    3.1 Pastejo alternado
    3.2 Pastejo rotacionado
    4. Importância da cerca
    4.1 A cerca elétrica na condução dos animais
    5. Vantagens da cerca elétrica
    5.1 Fácil e rápida construção
    5.2 Facilita o manejo
    5.3 Amansa os animais
    5.4 Versátil
    5.5 Viável economicamente
    5.6 Ideal para sistemas de integração
    6. Dicas práticas para um bom funcionamento da cerca elétrica
    6.1 Dimensionamento das cercas elétricas
    6.2 Aterramento das hastes
    6.3 Proteção contra raios
    6.4 Número e altura de fios
    6.5 Dimensionamento do aparelho
    6.6 Uso de fio subterrâneo
    6.7 Uso de catracas isoladas
    6.8 Madeira

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    A forragem representa a principal fonte de alimento para a produção de bovinos de corte no Brasil. Um consenso entre técnicos e pecuaristas é que a criação dos animais a pasto permite ganhos produtivos e econômicos, isso porque o custo da arroba produzida em pastagens é significativamente menor do que o custo dessa mesma arroba, produzida no confinamento, por exemplo.

    Entretanto, há um fator importante a se destacar, para que alcancemos bons resultados, tanto em desempenho zootécnico e principalmente em desempenho econômico financeiro. É indispensável que a utilização dessas pastagens seja realizada de maneira adequada e eficaz.

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    Qual a importância de um bom manejo de pastejo e pastagens?

    O manejo bem feito do pastejo e das pastagens é determinante para o sucesso na atividade, bem como para a obtenção dos resultados positivos, produzir a supracitada, arroba com menores custos, e isso só se faz possível com uma condução bem ajustada dos recursos forrageiros disponíveis.

    Além de proporcionar boas possibilidades referentes ao ganho de peso, bem como a bons resultados econômicos, o manejo correto das pastagens e do pastejo, está diretamente relacionado à manutenção das condições dessa pastagem.

    Estima-se que 80% das pastagens do Brasil, encontram-se em algum grau de degradação, esse fato se dá, entre outros motivos, principalmente pela falha no processo de condução de manejo dessas pastagens.

    De maneira resumida e direta, o manejo correto das pastagens se torna possível, basicamente, quando respeitamos as alturas daquela forrageira quando os animais entram e saem de uma determinada área empastada.

    Outros fatores, como adubação, correção de solo, controle de invasora, localização de cochos e bebedouros e outros, compõem esse processo, mas o princípio básico de respeitar as alturas de entrada e saída é fundamental.

    Esse princípio só se faz possível, quando conduzimos os animais às pastagens nesse momento ideal, para isso existem algumas ferramentas e métodos de pastejo. Basicamente, podemos citar alguns desses métodos:

    • Pastejo alternado, quando um mesmo lote alterna momentos de pastejo entre dois piquetes; 
    • Pastejo rotacionado quando um lote utiliza 3 ou mais piquetes para pastejar. 

    Esses são exemplos de métodos de manejo que permitem essa condução de maneira eficiente.

    Cada um desses métodos e suas variáveis, apresentam suas características, benefícios e pontos de ajuste, entretanto, um fator é indispensável nesse processo, independente de qual manejo se escolha, e principalmente no manejo rotacionado, a cerca, sendo um componente de extrema importância nesse contexto.

    Somente com uma boa estrutura de cerca, é possível a condução desses animais, da maneira que nós desejamos. Existem algumas estruturas de cerca possíveis de serem utilizadas, e uma delas vem ganhando destaque: a cerca elétrica.

    O uso de cerca elétrica na condução dos animais

    A cerca elétrica é uma alternativa importante que, diferente das cercas convencionais de arame liso, a “cerca paraguaia”, podem ser móveis e de grande praticidade. Permitindo a condução do pastejo, potencializando e maximizando a utilização das pastagens.

    A mobilidade e a praticidade da cerca elétrica ganham um destaque ainda maior, quando adotamos o pastejo rotacionado. A frequência da movimentação dos animais, e a necessidade de uma grande rede estrutural de cerca, são pontos que favorecem a utilização dessa tecnologia.

    A cerca elétrica também tem encontrado muita resistência por parte dos produtores e funcionários devido à eficiência em segurar os animais na área delimitada, mas, quando se utiliza materiais de boa qualidade e a construção é criteriosa, a sua eficácia é muito alta.

    Critérios como qualidade do aterramento, dimensionamento do aparelho eletrificador, vida útil do material, utilização de fio negativo, proteção contra descargas elétricas (raios) e uso de linha-mestra são muito importantes para o bom resultado deste tipo de cerca.

    Como vantagens da cerca elétrica podemos citar, além do melhor aproveitamento das pastagens:

    • Fácil e rápida construção;
    • Facilita o manejo;
    • Amansa os animais;
    • Versátil;
    • Viável economicamente;
    • Ideal para sistemas de integração.

    Dicas práticas para um bom funcionamento e vida útil da cerca é o grande “tripé” que garante a eficiência e a perfeita utilização de sistemas de cerca elétrica. Esse tripé é composto pela associação de potência adequada, isolamento eficiente e um aterramento bem feito.

    Webinar Cercas Elétricas

    Dimensionamento das cercas elétricas

    Aterramento das hastes

    Este é um dos pontos-chave para o sucesso da cerca elétrica, principalmente quando o solo não tem boa condutividade, em específico em estações secas.

    Quando o animal toca ao mesmo tempo nos dois fios, tanto no fio positivo quanto fio terra (fase neutra), ele fecha o circuito via fio aterrado.

    O número de hastes deve variar de acordo com o tamanho do aparelho, mas deve ter no mínimo 3 hastes. Existe um teste que indica a quantidade necessária para aterrar cada aparelho em cada tipo de solo. Esse teste consiste em medir a voltagem no aterramento após colocar 3 hastes em contato com a cerca e o solo (a uma distância de 100 metros do aterramento).

    É muito importante que as hastes sejam aterradas em local que fique úmido mesmo na época da seca. Caso isto não seja possível, o aterramento deverá ser molhado com fartura e semanalmente na época de seca.

    Lembrar que se a haste for de cobre, o fio de ligação deve ser de cobre e se for zinco, fio de ligação deve ser de zinco. A distância entre as hastes é de 3 metros. Quando o raio de distância do aparelho ultrapassar 1 Km, devem ser construídos aterramentos secundários no fio negativo usando uma ou duas hastes em cada aterramento.

    Aterramento de cerca elétricaDiagrama de aterramento da cerca elétrica. Fonte: Manual prático de cercas elétricas da Speedrite.

    Proteção contra raios

    É outro fator muito importante. Deve ficar a uma distância de 20 metros do aterramento do aparelho. É feito no fio eletrificado, sendo que ele é interrompido com um isolador tipo castanha e interligado com uma mola própria (resistência).

    Próximo à mola deve ser colocado o centelhador e este ligado ao fio eletrificado e ao aterramento contra raios. Este aterramento deve ter sempre uma haste a mais que o aterramento do seu respectivo aparelho. Em projetos muito longos, podem ser feitas outras proteções secundárias.

    protecao cerca eletricaEsquema de ligação da proteção contra raios. Fonte: Manual prático de cercas elétricas da Speedrite.

    Número e altura de fios

    As cercas devem, no mínimo, ter dois fios (dois fios positivos ou um positivo e outro negativo), sendo que o fio de cima a uma altura 100-110 cm (positivo) e o fio de baixo (negativo) com 50-60 cm do solo.

    Nas áreas de sequeiro onde há má distribuição de chuvas, também em projetos mais distantes (acima de 5 km de raio) e solos mais arenosos há a necessidade de que o fio de baixo seja sem choque (negativo).

    Nas áreas irrigadas, como o uso será intensivo, a cerca pode ser com os dois fios positivos (devido ao solo úmido), o que torna esta cerca mais segura. O fio negativo deve acompanhar toda a cerca e em todas as passagens subterrâneas até que chegue ao aterramento principal do aparelho.

    No aterramento, este fio deve ser ligado à haste mais distante do aparelho. O arame deve ser próprio para cerca elétrica (tripla camada de galvanização), mas o arame ovalado pode ser usado (é mais caro e tem vida útil menor).

    Altura de fios da cerca elétricaEsquema de isolamento. Fonte: Manual prático de cercas elétricas da Speedrite. 

    Dimensionamento do Aparelho

    A recomendação do aparelho é que este tenha a potência de 1 Joule para 5 km de fio eletrificado (metade da distância recomendada pelos fabricantes), visando suprir possíveis perdas.

    Importante ressaltar que, quanto mais intensificado for o sistema, maior será a demanda por potência, devido a pressão dos animais ser maior e mais frequente em sistemas com alta densidade demográfica.

    Uso de Fio Subterrâneo

    Nas passagens de porteiras e estradas é mais indicado o uso de fio subterrâneo com dupla camada de revestimento, ao contrário do fio aéreo ou de arames revestidos por mangueiras. Nestas passagens deve passar também o fio negativo (arame sem capa).

    Uso de Catracas Isoladas

    Nos casos de linhas de cercas mais longas (acima de 100 m) é indicado o uso de catracas isoladas para manter a boa tensão dos fios positivos (fácil manutenção). No caso das cercas de pivô onde os lances são curtos (50 metros) não há esta necessidade.

    Madeira

    Nas linhas longas há a necessidade do uso de esticadores nos cantos, com diâmetro acima de 10 cm. Nos lances curtos de pivô e nas estacas de meio pode ser usada madeira com diâmetro de 6-8 cm.

    A distância entre estacas pode ser até de trinta metros (média de 20 m) No caso dos lances do pivô serão usadas 3 estacas por lance.

    Isoladores

    Os isoladores devem ser de bom isolamento e com proteção para raios UV. Os melhores são do tipo W ou anel, mas a mangueira própria também pode ser usada. Nos isoladores de canto é usado o tipo castanha.

    Porteiras

    É sugerido o uso de porteiras com molas de maior elasticidade (igual à do para-raios), com manopla isolante própria e o mesmo número e altura de fios existentes na cerca. Nestas porteiras elétricas, a largura deve ser de 6-8 metros. Também nos corredores, quando houver, a largura deve ser de 8 metros.

    Porteira com cerca elétricaEsquema de isolamento das porteiras. Fonte: Manual prático de cercas elétricas da Speedrite. 

    Área de Lazer

    O mínimo de área por animal deve ser de 10 m2, onde houver mais espaço a área poderá ser de 20 m2 por animal. A sombra é muito importante e a sua projeção deve ter, no mínimo, 4 m2 por animal.

    Aceiros

    Com relação aos aceiros, os aparelhos quando bem dimensionados, suportam algumas perdas com o encosto do capim. Isto deve ser monitorado com o voltímetro e quando estiver sendo limitante, deve ser feito o aceiro químico (dessecante). Normalmente é feito no início do verão nas áreas de sequeiro e outra segunda vez (se necessário) nas áreas irrigadas.

    Ligações

    As ligações feitas nas passagens subterrâneas, nos cantos de cercas e nas emendas devem ser de boa qualidade e com grampo conector próprio.

    No caso de desligar as cercas que não estão sendo usadas, ela deve ser feita com chave própria (chave faca). Para que não se gaste muitas chaves e para diminuir a administração, esta chave pode ser usada de maneira setorizada.

    Linha-Mestra

    Em projetos com raio muito grande (acima de 5 km), é necessário o uso de uma linha-mestra que leve energia para a cerca nas áreas mais distantes. Esta linha deve conter mais fios eletrificados (3 ou 4) e interligados entre si.

    Painel Solar

    Um grande avanço para utilização da cerca elétrica, é a disponibilidade da utilização de fontes de energia elétrica, fotovoltaicas. Essa ferramenta permite que cercas elétricas sejam instaladas distantes da rede elétrica convencional, sem que haja perda da eficiência da utilização.

    Garanta o sucesso com um projeto bem elaborado

    O uso de cerca elétrica é uma tecnologia bastante eficiente que permite ganhos imensuráveis, com a adoção de pastagens rotacionadas, seja em pivôs ou não.

    Utilizar e demandar da estrutura correta para a implantação do processo é essencial para o perfeito funcionamento e garantia de sucesso dessa tecnologia. Um bom projeto garante o sucesso de seu uso, com baixos custos de manutenção.

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    A forragem é essencial para a alimentação dos bovinos de corte no Brasil. A criação desses animais a pasto é considerada altamente produtiva e econômica, uma vez que o custo de produção por arroba é significativamente menor do que o custo do confinamento. No entanto, é crucial utilizar as pastagens de forma adequada e eficiente para obter resultados positivos tanto em termos de desempenho zootécnico quanto econômico.

    Um bom manejo do pastejo e das pastagens é fundamental para o sucesso na atividade pecuária. É preciso conduzir o uso dos recursos forrageiros disponíveis de maneira ajustada, respeitando as alturas de entrada e saída dos animais nas áreas de pastejo. Além disso, é importante levar em consideração outros fatores como adubação, correção de solo, controle de plantas invasoras, localização de cochos e bebedouros.

    Existem diferentes métodos de pastejo, como o pastejo alternado, no qual um mesmo lote de animais alterna o pastejo entre dois piquetes, e o pastejo rotacionado, no qual um lote utiliza três ou mais piquetes para pastejar. Cada método tem suas características, benefícios e pontos de ajuste, mas todos eles têm em comum a necessidade de uma boa estrutura de cerca.

    A cerca desempenha um papel fundamental no manejo das pastagens, principalmente no caso do pastejo rotacionado. A cerca elétrica tem se destacado como uma opção prática e móvel, que permite a condução do pastejo de forma eficiente. Apesar de algumas resistências por parte dos produtores, quando construída com materiais de qualidade e com critérios adequados, a cerca elétrica é altamente eficaz em segurar os animais na área delimitada.

    Para garantir o bom funcionamento e a vida útil da cerca elétrica, é importante considerar alguns critérios. O dimensionamento correto das cercas e o aterramento adequado são fundamentais para o sucesso da cerca elétrica. A quantidade de hastes para o aterramento pode variar de acordo com o tamanho do aparelho, mas é recomendado um mínimo de três hastes. Além disso, é importante que as hastes estejam em um local úmido, especialmente durante a época seca.

    Outro aspecto relevante é a proteção contra raios, que deve ficar a uma distância de 20 metros do aterramento do aparelho. Essa proteção é feita no fio eletrificado e consiste em interromper o fio com um isolador tipo castanha e interligá-lo com uma mola própria. Próximo à mola, deve ser colocado um centelhador ligado ao fio eletrificado e ao aterramento contra raios.

    O número de fios e a altura deles também são importantes para o bom funcionamento da cerca. Recomenda-se que a cerca tenha no mínimo dois fios, um positivo e outro negativo, sendo o fio de cima a uma altura de 100-110 cm e o fio de baixo a uma altura de 50-60 cm do solo. Nas áreas de sequeiro e em projetos com distâncias maiores, pode ser necessário que o fio de baixo seja sem choque.

    O dimensionamento do aparelho eletrificador deve considerar a potência necessária para a quantidade de fio eletrificado. Recomenda-se a potência de 1 Joule para cada 5 km de fio eletrificado, levando em conta possíveis perdas.

    Nas passagens de porteiras e estradas, é indicado o uso de fio subterrâneo com dupla camada de revestimento. Também é importante utilizar catracas isoladas em cercas longas para manter a boa tensão dos fios positivos. O uso de esticadores nos cantos e madeiras com diâmetro adequado também são recomendados.

    Seguindo essas orientações de manejo e utilizando adequadamente a cerca elétrica, é possível obter melhores resultados no aproveitamento das pastagens e na produção de bovinos de corte. O manejo eficiente das pastagens é determinante para o sucesso da atividade e contribui para a redução dos custos de produção, possibilitando a obtenção de arrobas com menores custos. É essencial investir em técnicas e ferramentas que otimizem o manejo das pastagens, como o uso adequado da cerca elétrica, garantindo assim um desempenho zootécnico e econômico financeiro satisfatório.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    A forragem representa a principal fonte de alimento para a produção de bovinos de corte no Brasil. Um consenso entre técnicos e pecuaristas é que a criação dos animais a pasto permite ganhos produtivos e econômicos, isso porque o custo da arroba produzida em pastagens é significativamente menor do que o custo dessa mesma arroba, produzida no confinamento, por exemplo. Entretanto, há um fator importante a se destacar, para que alcancemos bons resultados, tanto em desempenho zootécnico e principalmente em desempenho econômico financeiro. É indispensável que a utilização dessas pastagens seja realizada de maneira adequada e eficaz.

    A importância de um bom manejo de pastejo e pastagens

    O manejo bem feito do pastejo e das pastagens é determinante para o sucesso na atividade, bem como para a obtenção dos resultados positivos, produzir a supracitada, arroba com menores custos, e isso só se faz possível com uma condução bem ajustada dos recursos forrageiros disponíveis. Além de proporcionar boas possibilidades referentes ao ganho de peso, bem como a bons resultados econômicos, o manejo correto das pastagens e do pastejo, está diretamente relacionado à manutenção das condições dessa pastagem. Estima-se que 80% das pastagens do Brasil, encontram-se em algum grau de degradação, esse fato se dá, entre outros motivos, principalmente pela falha no processo de condução de manejo dessas pastagens. De maneira resumida e direta, o manejo correto das pastagens se torna possível, basicamente, quando respeitamos as alturas daquela forrageira quando os animais entram e saem de uma determinada área empastada.

    Outros fatores, como adubação, correção de solo, controle de invasora, localização de cochos e bebedouros e outros, compõem esse processo, mas o princípio básico de respeitar as alturas de entrada e saída é fundamental. Esse princípio só se faz possível, quando conduzimos os animais às pastagens nesse momento ideal, para isso existem algumas ferramentas e métodos de pastejo. Basicamente, podemos citar alguns desses métodos:

    1. Pastejo alternado: quando um mesmo lote alterna momentos de pastejo entre dois piquetes;
    2. Pastejo rotacionado: quando um lote utiliza 3 ou mais piquetes para pastejar.

    Esses são exemplos de métodos de manejo que permitem essa condução de maneira eficiente. Cada um desses métodos e suas variáveis, apresentam suas características, benefícios e pontos de ajuste, entretanto, um fator é indispensável nesse processo, independente de qual manejo se escolha, e principalmente no manejo rotacionado, a cerca, sendo um componente de extrema importância nesse contexto. Somente com uma boa estrutura de cerca, é possível a condução desses animais, da maneira que nós desejamos. Existem algumas estruturas de cerca possíveis de serem utilizadas, e uma delas vem ganhando destaque: a cerca elétrica.

    O uso de cerca elétrica na condução dos animais

    A cerca elétrica é uma alternativa importante que, diferente das cercas convencionais de arame liso, a “cerca paraguaia”, podem ser móveis e de grande praticidade. Permitindo a condução do pastejo, potencializando e maximizando a utilização das pastagens. A mobilidade e a praticidade da cerca elétrica ganham um destaque ainda maior, quando adotamos o pastejo rotacionado. A frequência da movimentação dos animais, e a necessidade de uma grande rede estrutural de cerca, são pontos que favorecem a utilização dessa tecnologia.

    A cerca elétrica também tem encontrado muita resistência por parte dos produtores e funcionários devido à eficiência em segurar os animais na área delimitada, mas, quando se utiliza materiais de boa qualidade e a construção é criteriosa, a sua eficácia é muito alta. Critérios como qualidade do aterramento, dimensionamento do aparelho eletrificador, vida útil do material, utilização de fio negativo, proteção contra descargas elétricas (raios) e uso de linha-mestra são muito importantes para o bom resultado deste tipo de cerca.

    Vantagens da cerca elétrica:

    1. Fácil e rápida construção;
    2. Facilita o manejo;
    3. Amansa os animais;
    4. Versátil;
    5. Viável economicamente;
    6. Ideal para sistemas de integração.

    Dicas práticas para um bom funcionamento e vida útil da cerca

    O bom funcionamento e a vida útil da cerca elétrica dependem de três aspectos essenciais: potência adequada, isolamento eficiente e aterramento bem feito.

    1. Dimensionamento das cercas elétricas: O número de hastes para aterramento varia de acordo com o tamanho do aparelho, mas deve ter, no mínimo, 3 hastes. É importante medir a voltagem no aterramento após colocar 3 hastes em contato com a cerca e o solo, para garantir a adequada potência do aparelho.

    2. Aterramento das hastes: É fundamental que as hastes sejam aterradas em locais úmidos durante a época de seca. Deve-se utilizar hastes de cobre ou zinco, de acordo com o material utilizado na haste. A distância entre as hastes é de 3 metros, e quando o raio de distância do aparelho ultrapassar 1 km, devem ser construídos aterramentos secundários no fio negativo.

    3. Proteção contra raios: Deve ser feita a uma distância de 20 metros do aterramento do aparelho. O fio eletrificado é interrompido com um isolador tipo castanha e interligado com uma mola própria (resistência). O centelhador é colocado próximo à mola e ligado ao fio eletrificado e ao aterramento contra raios.

    4. Número e altura de fios: As cercas devem ter no mínimo dois fios, sendo o fio de cima a uma altura de 100-110 cm do solo e o fio de baixo a uma altura de 50-60 cm do solo. Nas áreas de sequeiro, em projetos mais distantes e solos mais arenosos, o fio de baixo pode ser sem choque. Nas áreas irrigadas, é recomendado o uso de cercas com os dois fios positivos.

    5. Uso de fio subterrâneo: Nas passagens de porteiras e estradas, é mais indicado o uso de fio subterrâneo com dupla camada de revestimento. O fio negativo também deve passar por essas passagens e ser ligado ao aterramento principal do aparelho.

    Conclusão

    O manejo adequado das

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