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Ministério da Economia volta a ser ‘Fazenda’, será uma homenagem ao agro?

    Ministerio da Economia volta a ser Fazenda sera uma homenagem

    O Governo Federal decretou o desmembramento do Ministério da Economia em 4 novos ministérios. Além disso, a nomenclatura da pasta principal é novamente Fazenda.

    Representando cerca de um terço do PIB nacional, o setor do agronegócio é realmente um pilar gigante de toda a economia do país. Então, essa mudança de nome é uma medida de aproximação com o agro? Por que se chama Ministério das Finanças, afinal? Entenda tudo isso a partir de agora.

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    Nova estrutura organizacional

    No dia 1º de janeiro, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o Decreto nº 11.344 que detalha a nova estrutura regimental do Ministério das Finanças, as suas competências e a sua estrutura orgânica. Com a extinção do Ministério da Economia, foram criados quatro novos ministérios: o Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento, o Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Estes ministérios terão as competências que antes pertenciam ao Ministério da Economia.

    O Ministério das Finanças passou a contar com sete secretarias: Secretaria Executiva, Secretaria Especial da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Secretaria de Assuntos Internacionais, Secretaria de Política Econômica, Secretaria de Reformas Econômicas e Secretaria Extraordinária de Reforma Tributária. Além disso, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) também fazem parte da estrutura organizacional do Ministério. O Coaf, vale lembrar, volta ao Tesouro após passar pelo Ministério da Justiça e pelo Banco Central.

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    Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808

    Origem do Ministério das Finanças

    O termo Fazenda foi utilizado pela primeira vez no Brasil em 1821, com a criação da Secretaria de Estado da Fazenda. Antes, as finanças do país eram administradas pelo Tesouro ou Fazenda Geral e Pública, criado em 1808, quando a corte portuguesa se mudou para o Rio de Janeiro. a denominação Ministério das Finanças surgiu em 1891, dois anos após a proclamação da República, e se estendeu até o início da década de 1990.

    Em 1990, durante o governo do ex-presidente Fernando Collor, foi criado o Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento com o objetivo de reduzir o número de ministérios, concentrando três deles em um. No entanto, essa mudança durou apenas até o impeachment de Collor em 1992, quando o novo presidente, Itamar Franco, emitiu um decreto que restabeleceu o Tesouro como um ministério separado.

    Em 1º de janeiro de 2019, na gestão do ex-presidente Bolsonaro, o Ministério da Fazenda foi novamente extinto por meio da medida provisória 870/2019. Ele, juntamente com o Ministério do Planejamento, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior e o Ministério do Trabalho, foi incorporado ao Ministério da Economia (ME) e suas funções foram por ele absorvidas.

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    Por que Fazenda?

    O termo “Fazenda” tem dois significados em português: pode referir-se a uma propriedade rural, como todos sabemos, ou representar um tesouro público. Porém, o segundo significado está mais próximo da origem da palavra, que vem do latim e significa “coisas que devem ser feitas“. E isso o produtor rural sabe bem. Há muitas coisas a serem feitas em uma propriedade rural ou “Fazenda”.

    O Ministério das Finançasportanto, é o órgão da estrutura administrativa da República Federativa do Brasil responsável pela formulação e execução da política econômica ou agropecuária do país.

    Países como Espanha e Chile, onde a palavra “fazenda” tem um significado semelhante ao português, eles também chamam o órgão governamental responsável por gerir a economia do Ministério das Finanças.

    áreas de competência

    Dentre as áreas de competência do Ministério, destacam-se os seguintes assuntos: moeda, crédito, instituições financeiras, capitalização, poupança popular, seguros privados e previdência privada aberta; política, administração, fiscalização e arrecadação tributária e aduaneira; administração financeira e contabilidade pública; gestão das dívidas públicas internas e externas; negociações econômicas e financeiras com governos, organismos multilaterais e órgãos governamentais; formulação de diretrizes, coordenação de negociações e monitoramento e avaliação de financiamento externo de projetos públicos junto a organismos multilaterais e órgãos governamentais; preços em geral e tarifas públicas e administradas; fiscalização e controle do comércio exterior; e realização de estudos e pesquisas para monitorar a situação econômica.

    De qualquer forma, como podemos ver nesta matéria, existem muitos “coisas que devem ser feitas” nisso Ministério das Finanças, que é um dos órgãos mais importantes do Governo Federal. Estamos torcendo e torcendo para que caminhe para o desenvolvimento do país. E não se trata apenas de um jogo de palavras para demonstrar a mudança na gestão.

    Por Vicente Delgado – AGRONEWS®

    Fonte: Noticias Agricolas