O milho safrinha no Pará tem se mostrado promissor, superando as expectativas iniciais de produtividade. A região de Paragominas (PA) deverá atingir uma média entre 80 e 100 sacas por hectare, segundo projeções da Coopernorte. Houve também um aumento significativo de 60% na área plantada para segunda safra, em relação ao ano anterior.
A segunda safra do cereal representa quase dois terços da produção total de milho do Pará. As regiões oeste, sudoeste e sul são as principais produtoras deste cereal. De acordo com o último boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cerca de 40% das áreas de milho safrinha já foram colhidas.
Fortes chuvas atingiram diversas regiões do estado no início da semeadura. No entanto, a grande maioria das culturas desenvolveu-se satisfatoriamente. Em algumas regiões do Pará, a falta de armazéns atrasou a colheita, mas as previsões meteorológicas apontam para precipitações que devem beneficiar colheitas posteriores.
Semeadura de milho em janela curta
A curta janela de semeadura do milho segunda safra no Pará é um dos desafios enfrentados pelos produtores. A soja, principal cultura antes do milho de segunda safra, tem um ciclo de crescimento relativamente curto para evitar a colheita no período de chuvas mais intensas na região.
Isso resulta em menor tempo disponível para preparar o solo para a implantação da cultura do milho, que pode sofrer com a menor incidência de luz devido ao período chuvoso, com as plantas morrendo ao sair do solo.
Por isso, os produtores paraenses precisam redobrar a atenção às condições climáticas e aos calendários agrícolas para garantir que o plantio do milho segunda safra seja realizado no momento mais adequado.
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Antecipar Sistema
O Sistema Anticipe, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é uma técnica de cultivo inovadora que visa aumentar a produtividade do milho safrinha, principalmente em regiões com janela de semeadura curta, como no Pará.
A abordagem consiste em plantar o milho entre as parcelas de soja até 20 dias antes da colheita da oleaginosa, aproveitando melhor o espaço e o tempo disponíveis. Com isso, o cereal já consegue se estabelecer e crescer quando a soja é colhida.
Devido à antecipação, o milho apresentou espigas de melhor qualidade e raízes mais robustas. Isso possibilita maior absorção de água e nutrientes, contribuindo para melhor desenvolvimento das plantas e aumento da produtividade. As estimativas apontam para um ganho de até 2,3 sacas de milho por hectare a cada dia previsto.
Outras culturas na região
Além do milho safrinha, as culturas de sorgo e gergelim têm ganhado destaque no Pará, apresentando crescimento significativo nos últimos anos. Essas culturas têm se mostrado alternativas lucrativas para os agricultores locais, proporcionando diversificação das culturas e ampliando as possibilidades de produção agrícola na região.
O sorgo granífero tem sido o mais cultivado no estado, principalmente em áreas de pastagens degradadas. Sua resistência à seca e adaptabilidade a diferentes tipos de solo atraem agricultores locais, principalmente aqueles que buscam alternativas para enfrentar as adversidades climáticas da região.
Já o gergelim é uma oleaginosa que vive um verdadeiro “boom” no Pará, estimulado pela crescente demanda por alimentos mais saudáveis e nutritivos, além de melhor rentabilidade em relação à soja e ao milho. O cultivo é realizado em regiões com solos arenosos, onde outras culturas podem encontrar maiores dificuldades de desenvolvimento.
Fontes: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Coopernorte
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2513900verificação de cookiesMilho safrinha: Pará supera expectativa de produtividade do grão
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