Repetindo o movimento registrado no dia anterior, o preço do boi gordo negociado no interior de São Paulo voltou a recuar nesta quarta-feira, 21 de setembro, informa a Scot Consultoria.
“Nas praças de São Paulo, a situação continua confortável para os frigoríficos, por conta das compras antecipadas de gado, o que mantém a balança das indústrias alongada”relata o boletim diário divulgado pela Scot.
Tal cenário, atrelado ao consumo enfraquecido no mercado interno de carne bovina, continua pressionando as cotações da arroba, acrescenta a consultoria.
Segundo dados levantados pela Scot, o macho acabado destinado ao mercado interno (sem prêmio de exportação) sofreu uma retração de R$ 2/@ nesta quarta-feira, chegando a R$ 285/@, valor bruto, na hora.
O preço da novilha gorda de São Paulo também caiu R$ 2/@, e agora vale R$ 280/@, bruto e a prazo.
A vaca gorda segue estável nos mercados de São Paulo, cotada a R$ 270/@ (bruto, pontual), informa Scot.
O gado destinado à China (abate mais jovem, com até 30 meses) custa R$ 300/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo). Nesse caso, “há ofertas abaixo da referência, mas sem grandes volumes negociados”observa escocês.
Segundo a IHS Markit, o mercado de carne bovina segue com preços predominantemente estabilizados, mas o fraco desempenho das indústrias ainda abre espaço para eventuais reajustes na arroba.
“As poucas indústrias que ainda operavam no mercado spot testam cotações abaixo dos máximos atuais”destaca o IHS, acrescentando que alguns frigoríficos obtêm algum sucesso em algumas regiões do país.
No entanto, continua o IHS, os lotes de animais comercializados envolvem pequenos volumes, o que não incentiva o aumento da liquidez no mercado brasileiro de gado vivo.
Na avaliação do IHS, a maioria dos frigoríficos brasileiros possui escalas minimamente ajustadas às necessidades operacionais do período.
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Na visão do IHS, o fornecimento de gado gordo garantido por meio de lotes provenientes de parcerias com grandes confinamentos (ou de engorda própria no cocho) também limita o apetite do comprador por parte dos frigoríficos.
“A oferta de animais da segunda ronda de confinamento também ajuda a reforçar a pressão baixista em algumas regiões do país”observa a consultoria.
Esse movimento foi observado pelo IHS Markit nesta quarta-feira nas regiões de Mato Grosso, estado responsável pelo maior rebanho bovino do país.
Os preços da arroba nas praças mato-grossenses monitoradas pelo IHS registraram recuos devido à menor necessidade de aquisição de gado gordo pelas indústrias locais, ressalta a consultoria.
Assim, em Cáceres e Tangará da Serra, os preços do macho acabado caíram de R$ 265/@ para R$ 262/@. Em Barra do Garças, o boi passou de R$ 265/@ para R$ 260/@. Em Cuiabá e Colíder, o animal acabado caiu de R$ 263/@ para R$ 260/@.
De acordo com o IHS, a pressão negativa sobre a arroba vem também do aumento observado no abate de fêmeas, principalmente devido à mudança no ciclo da pecuária (maior descarte de matrizes).
Aposte na estabilidade – Considerando todos os importantes mercados pecuários do país, analistas do IHS acreditam que, pelo menos no curtíssimo prazo (até o final deste mês), os preços do boi gordo tendem a apresentar certa estabilidade, apesar da forte pressão baixista imposta pelo matadouros.
“O espaço para novos retiros é limitado, pois os pecuaristas, dotados de menor volume de animais para venda, cadênciam suas ofertas, barganhando por melhores condições de preço e margens minimamente remunerativas”acredita o IHS.
Em relação às vendas no atacado de carne bovina, o fluxo de vendas ainda é fraco, bem abaixo das expectativas do setor para a época do ano.
No entanto, diz o IHS, o fluxo constante de embarques de carne bovina ao exterior tem ajudado a equalizar os estoques domésticos, minimizando uma situação de queda de preços dos principais cortes de carne bovina.
“De certa forma, o avanço significativo na produção nacional de carne bovina foi impulsionado pelo aumento das exportações, mas o setor ainda aguarda um fluxo mais consistente do mercado interno”informa o IHS.
As expectativas se voltam para o último trimestre do ano, quando há possibilidade de retomada de negócios que possam encaixar preços mais firmes na proteína, acrescentam analistas do IHS.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta quarta-feira, 21/09
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)
MS-Ouro:
boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (em dinheiro)
MS-C. Grande:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 260/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)
MT-Colíder:
boi a R$ 260/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 248/@ (em dinheiro)
GO-Goiânia:
boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca R$ 250/@ (prazo)
Vá para o sul:
boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 290/@ (em dinheiro)
vaca a R$ [email protected] (em dinheiro)
MG-Triângulo:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
MG-BH:
boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 273/@ (à vista)
vaca a R$ 263/@ (em dinheiro)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 303/@ (à vista)
vaca a R$ 267/@ (em dinheiro)
Fronteira RS:
boi a R$ 300/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 267/@ (em dinheiro)
PA-Maraba:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)
PA-Resgate:
boi a R$ 257/@ (prazo)
vaca a R$ 247/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
TO-Grupo:
boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)
RO-Cacoal:
boi a R$ 255/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 235/@ (em dinheiro)
RJ-Campos:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ [email protected] (data limite)
MA-Açailândia:
boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)