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Milho recua nesta 6ªfeira na B3, mas acumula até 2,5% de alta na semana

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A sexta-feira (21) chega ao fim com os preços futuros do milho respondendo por movimentos negativos na Bolsa de Valores (B3). As principais cotações recuaram até 1% e oscilaram na faixa entre R$ 57,18 e R$ 67,40, mas, mesmo assim, conseguiram acumular altas ao longo da semana.

O vencimento setembro/23 foi cotado a R$ 57,18, com queda de 0,82%, o novembro/23 valorizou R$ 61,05, com perda de 0,02%, o janeiro/23 foi negociado a R$ 64,30, com queda de 0,31% e o março/24 valorizou R$ 67,40, com desvalorização de 1,03%.

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No acumulado semanal, os contratos dos cereais brasileiros registraram ganhos de 1,49% para setembro/23, 2,52% para novembro/23, 2,14% para janeiro/24 e 0,87% para março/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (14).

variação semanal do milho b3

O analista do Real Mercado Rural, Ronaldo Fernandes, aponta que as bolsas exageraram nas reações de alta às notícias da guerra entre Rússia e Ucrânia entre terça e quarta, mas depois, conforme o mercado digeriu as informações e percebendo que os impactos práticos seriam menores do que o esperado, as cotações voltaram a cair na quinta e na sexta.

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Com a safra avançando para o fim em alguns estados e ganhando ritmo em outros, o analista espera mais tendência de queda para os preços nacionais e destaca “ainda não vemos o fundo do poço para os preços do milho”.

Mesmo as exportações, que eram a grande esperança da alta de preços no Brasil, com embarques projetados de mais de 50 milhões de toneladas, podem virar contra as cotações, já que os embarques estão atrasados ​​e abaixo do esperado. O próprio consumo interno também pode ser prejudicado, com a migração dos consumidores para o sorgo, que deve absorver pelo menos 3 milhões de toneladas dessa demanda.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve leves altas neste último dia da semana. O levantamento feito pela equipe do Notícias Agrícolas não constatou desvalorização em nenhum dos mercados, mas identificou valorização em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Porto de Santos/SP.

Confira como ficaram todas as cotações desta sexta-feira

Segundo análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico de milho, os preços andam de lado, o baixo volume de negócios faz com que o cereal ainda esteja cotado na média de R$ 55,00/sc em Campinas/SP”.

SAFRAS & Mercado acrescenta que “as chuvas registradas nas áreas produtoras de milho segunda safra no início da semana ajudaram a travar a colheita, fazendo com que os produtores brasileiros optassem por reduzir os parâmetros de oferta do cereal, levando os consumidores menos abastecidos a pagarem mais pelo cereal. A expectativa é que os preços continuem subindo no Brasil se o movimento de alta no cenário externo continuar no curto prazo”.

Mercado estrangeiro

Os preços internacionais do milho futuro também fecharam a sexta-feira com movimentos negativos na Bolsa de Chicago (CBOT)

O vencimento setembro/23 foi cotado a US$ 5,27 com desvalorização de 10,25 pontos, o contrato dezembro/23 foi negociado a US$ 5,36 com perda de 10,00 pontos, o contrato março/24 foi negociado a US$ 5,47 com desvalorização de 10,00 pontos e o contrato maio/24 foi negociado a US$ 5,54 com desvalorização de 9,75 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, em relação ao fechamento da última quinta-feira (20), de 1,86% para setembro/23, 1,83% para dezembro/23, 1,80% para março/24 e 1,60% para maio/24.

No acumulado semanal, os contratos dos cereais norte-americanos registraram valorizações de 4,15% para setembro/23, 4,48% para novembro/23, 4,19% para janeiro/24 e 4,14% para março/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (14).

mudança semanal de milho cbot

Segundo informações da Agrinvest, uma rodada de realização de lucros provocou quedas nas commodities agrícolas da Bolsa de Chicago nesta sexta-feira.

“Durante a semana, os futuros subiram acentuadamente com a reação do fim do corredor de grãos e os ataques russos aos portos da Grande Odessa. O mercado climático americano também deu suporte adicional para as perspectivas de clima mais quente e seco na próxima quinzena”, explica.

A consultoria acrescenta que, “o mercado deve continuar volátil nos próximos dias, ainda tentando mensurar os impactos do fim do corredor”, diz.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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