As exportações de milho em junho de 2023 atingiram 1,03 milhão de toneladas contra o observado em maio (quantidade de 0,38 milhão de toneladas) e acima do ocorrido no mesmo período do ano passado (0,99 milhão de toneladas), devido à ocorrência de negociações antecipadas. A informação é do Boletim de Logística da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (21).
As informações divulgadas atribuem esse movimento aos prêmios de exportação que estão subindo rapidamente no mercado brasileiro, com valores mais altos esperados para o final do ano, por conta do atraso da safra sul-americana e também pelas chuvas das últimas semanas. Estima-se que a atual colheita da segunda safra do milho paraguaio seja a mais atrasada em onze anos.
Em relação aos preços do frete, outro tema abordado pelo boletim, em Mato Grosso, a projeção feita por fontes em maio, para o mês de junho, foi confirmada. Assim, com o avanço da colheita do milho se consolidando, a demanda por frete esquentou e o preço teve leve alta em quase todos os mercados e destinos.
No Mato Grosso do Sul, o mercado de frete de grãos para exportação e o mercado interno esteve concentrado na venda de soja, uma vez que a safra de milho segunda safra ainda não apresentou volumes expressivos neste período.
Em Goiás, na região de Rio Verde, as principais demandas continuam sendo fretes para os portos de Santos e Guarujá (Baixada Santista). No Distrito Federal, na comparação com o mês anterior, os preços do frete em junho oscilaram entre quedas e manutenção, na maior parte das regiões pesquisadas.
Já no Paraná, os preços do frete do milho apresentaram variação positiva, devido ao início da safra do milho. A Bahia registrou, em junho, estabilidade e alta nos fretes. Na Sealba, a demanda por frete diminuiu, causando estabilidade nas cotações. Para o Piauí, o mercado de frete apresentou alta de preços para São Luis/MA, variando em torno de 10% em relação a maio deste ano.
fertilizantes – No dia 14 de junho foi inaugurado o novo corredor de importação de fertilizantes Arco Norte, no Porto do Itaqui, em São Luís/MA. O projeto tem investimentos da ordem de R$ 400 milhões, com capacidade para movimentar até 1,5 milhão de toneladas de matéria-prima por ano, suprindo a crescente demanda por fertilizantes na região do Arco Norte do país.
Segundo o Boletim, a empresa Mosaic Fertilizantes pretende investir em uma unidade de mistura, armazenamento e distribuição a ser instalada no Terminal Integrador de Palmeirante – TIPA. Esta operação consiste no carregamento de composições ferroviárias da VLI Logística no Porto de Itaqui para a recém-construída estrutura de recebimento, armazenamento e expedição de fertilizantes no terminal integrador em Tocantins (também de propriedade da VLI). A projeção é para a criação de um polo industrial no terminal, com área aproximada de 230 hectares.
(com CONAB)
(Emanuely/Sou Agro)
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