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GK investe em solução para arroto bovino

Sumário

– Identificação das seções principais:
– Ganho de produtividade
– Do mar para o pasto
– Liberação para uso

Introdução

Com o segundo maior rebanho bovino do mundo, o Brasil é um dos principais emissores de gás metano na atmosfera devido ao arroto dos bovinos. A startup Rumin8, que desenvolve um aditivo à base de algas marinhas para reduzir as emissões de metano, está focada no mercado pecuário brasileiro e recebeu um investimento da Good Karma Partners para expandir seus estudos e estratégias. Este artigo discutirá o impacto dessa tecnologia, o mercado brasileiro e os avanços no uso de aditivos para a pecuária.

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Ganho de produtividade

A utilização do aditivo da Rumin8 mostra um aumento de 9% no ganho de peso dos animais que o recebem. Além disso, a empresa está buscando a criação de metodologias que permitam gerar créditos de carbono na pecuária como forma de incentivar a adoção dessas tecnologias pelos produtores brasileiros.

Do mar para o pasto

O aditivo da Rumin8 é à base de um composto encontrado em algas marinhas chamado bromofórmio. Esse aditivo pode reduzir mais de 85% das emissões de metano durante a digestão dos bovinos. Os testes realizados no Brasil são focados em formulações que podem ser adicionadas à dieta dos animais que são criados soltos no pasto.

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Liberação para uso

O produto da Rumin8 ainda não está disponível comercialmente, mas a empresa está trabalhando para obter o registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária. A liberação deve levar entre 12 e 18 meses. Outras empresas, como a DSM e a Cargill, já possuem aditivos semelhantes disponíveis no mercado.

Com o segundo maior rebanho bovino do mundo, depois da Índia, o Brasil é um dos países que mais contribuem com o gás metano lançado na atmosfera pelo arroto dos bovinos.

A startup australiana Rumin8, que desenvolve um aditivo à base de algas marinhas para reduzir o gás produzido na digestão dos animais, enxerga na pecuária brasileira um mercado chave – e a companhia acaba de dar um passo importante para acelerar seus planos por aqui.

A empresa recebeu investimento da gestora de impacto Good Karma Partners, de Eduardo Mufarej, para estender os estudos científicos que realiza em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e montar uma estratégia adequada às particularidades da criação de gado nacional.

O valor do aporte não foi revelado. Em duas outras rodadas semente, a companhia havia levantado US$ 17 milhões. O Breakthrough Energy Ventures, fundo climático de Bill Gates, é um dos sócios da Rumin8.

“O que mais nos atraiu na companhia é que ela entende a visão do produtor e tenta construir um produto que faça sentido economicamente”, diz Raphael Falcioni, sócio da GK.

Este é um dos pontos críticos para a descarbonização do campo – e para as ambições net zero dos frigoríficos brasileiros. A agropecuária está espalhada em milhares de fazendas dos mais variados tamanhos e seus donos costumam ser conservadores na adoção de novas tecnologias ou métodos produtivos.

O trabalho de convencimento dos produtores é gradual e precisa passar necessariamente pela rentabilidade.

Ganho de produtividade

Falcioni diz que um dos argumentos de venda desse tipo de insumo será justamente a produtividade. O estudo da Unesp, que ainda não foi concluído, aponta um aumento de 9% no ganho de peso dos animais que receberam o aditivo.

O percentual de redução de emissões de metano obtido nos testes com os animais brasileiros ainda não foi divulgado. A companhia espera que a criação de metodologias que permitam gerar créditos de carbono na pecuária seja outro “vento de cauda”.

E o mercado brasileiro é grande o suficiente, diz Falcioni. “Não preciso vender [suplementação] para 260 milhões de vacas. Se conseguir vender para algumas, já é um negócio que para muito de pé.”

Do mar para o pasto

A tecnologia da Rumin8 se baseia num composto chamado bromofórmio, encontrado em um tipo de alga marinha. A companhia patenteou uma maneira de reproduzi-lo em laboratório e transformá-lo em suplemento alimentar.

Acrescentado à dieta do gado de corte, o bromofórmio pode reduzir mais de 85% do metano gerado durante a digestão dos bovinos, de acordo com pesquisas iniciais da companhia.

Os números reais dependem de várias condições, da raça do animal à qualidade da alimentação e o tipo de criação. 

Os testes realizados no Brasil, onde 90% da pecuária é extensiva, incluem formulações para fazendas que criam o gado solto no pasto.  “O produto pode ser solúvel em água, ou então misturado com os minerais que fazem parte da dieta”, afirma Falcioni.

Mas o foco principal está na etapa da engorda, por alguns motivos. Em primeiro lugar, porque é aí que a extensa cadeia produtiva se afunila. E é também nesta etapa que os animais comem mais —- e emitem mais metano.

Liberação para uso

O produto ainda não está disponível comercialmente em nenhum lugar do mundo. Um dos objetivos do estudo em andamento no Brasil é colher as informações necessárias para registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Falcioni afirma que a liberação deva levar entre 12 e 18 meses.

O Bovaer, suplemento com função semelhante desenvolvido pela holandesa DSM, é vendido no Brasil há dois anos, e a gigante americana Cargill vende na Europa o Silvair.

Os três produtos tentam, de formas diferentes, reduzir a produção de metano que ocorre naturalmente no aparelho digestivo de ruminantes, um processo conhecido como fermentação entérica.

O gás é um dos subprodutos da transformação dos açúcares em energia pelo animal, e a maior parte dele é expelido pela boca – o arroto dos bois.

A Rumin8 tem hoje uma planta piloto em sua sede, em Perth, no oeste da Austrália. Uma unidade maior, capaz de fabricar 25 mil doses diárias, deve ser inaugurada até o fim do ano.

Uma das apostas da GK é que o domínio mundial dos frigoríficos brasileiros seja um grande acelerador no crescimento da startup. O fato de as companhias daqui serem as líderes globais em um setor é algo raro, diz Falcioni.

“Em dinheiro, o mercado americano é maior. Mas temos o maior número de cabeças de gado do mundo, ponto”, afirma ele. “Se conseguirmos convencer bem a companhia, o Brasil deveria ser o mercado foco ontem.”

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Com o segundo maior rebanho bovino do mundo, depois da Índia, o Brasil é um dos países que mais contribuem com o gás metano lançado na atmosfera pelo arroto dos bovinos. A startup australiana Rumin8, que desenvolve um aditivo à base de algas marinhas para reduzir o gás produzido na digestão dos animais, enxerga na pecuária brasileira um mercado chave – e a companhia acaba de dar um passo importante para acelerar seus planos por aqui. A empresa recebeu investimento da gestora de impacto Good Karma Partners, de Eduardo Mufarej, para estender os estudos científicos que realiza em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e montar uma estratégia adequada às particularidades da criação de gado nacional. O valor do aporte não foi revelado. Em duas outras rodadas semente, a companhia havia levantado US$ 17 milhões. O Breakthrough Energy Ventures, fundo climático de Bill Gates, é um dos sócios da Rumin8.

O que mais nos atraiu na companhia é que ela entende a visão do produtor e tenta construir um produto que faça sentido economicamente, diz Raphael Falcioni, sócio da GK. Este é um dos pontos críticos para a descarbonização do campo – e para as ambições net zero dos frigoríficos brasileiros. A agropecuária está espalhada em milhares de fazendas dos mais variados tamanhos e seus donos costumam ser conservadores na adoção de novas tecnologias ou métodos produtivos. O trabalho de convencimento dos produtores é gradual e precisa passar necessariamente pela rentabilidade.

Ganho de produtividade

Falcioni diz que um dos argumentos de venda desse tipo de insumo será justamente a produtividade. O estudo da Unesp, que ainda não foi concluído, aponta um aumento de 9% no ganho de peso dos animais que receberam o aditivo. O percentual de redução de emissões de metano obtido nos testes com os animais brasileiros ainda não foi divulgado. A companhia espera que a criação de metodologias que permitam gerar créditos de carbono na pecuária seja outro “vento de cauda”. E o mercado brasileiro é grande o suficiente, diz Falcioni. “Não preciso vender [suplementação] para 260 milhões de vacas. Se conseguir vender para algumas, já é um negócio que para muito de pé.”

Do mar para o pasto

A tecnologia da Rumin8 se baseia num composto chamado bromofórmio, encontrado em um tipo de alga marinha. A companhia patenteou uma maneira de reproduzi-lo em laboratório e transformá-lo em suplemento alimentar. Acrescentado à dieta do gado de corte, o bromofórmio pode reduzir mais de 85% do metano gerado durante a digestão dos bovinos, de acordo com pesquisas iniciais da companhia. Os números reais dependem de várias condições, da raça do animal à qualidade da alimentação e o tipo de criação. Os testes realizados no Brasil, onde 90% da pecuária é extensiva, incluem formulações para fazendas que criam o gado solto no pasto. “O produto pode ser solúvel em água, ou então misturado com os minerais que fazem parte da dieta”, afirma Falcioni. Mas o foco principal está na etapa da engorda, por alguns motivos. Em primeiro lugar, porque é aí que a extensa cadeia produtiva se afunila. E é também nesta etapa que os animais comem mais —- e emitem mais metano.

Liberação para uso

O produto ainda não está disponível comercialmente em nenhum lugar do mundo. Um dos objetivos do estudo em andamento no Brasil é colher as informações necessárias para registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Falcioni afirma que a liberação deva levar entre 12 e 18 meses. O Bovaer, suplemento com função semelhante desenvolvido pela holandesa DSM, é vendido no Brasil há dois anos, e a gigante americana Cargill vende na Europa o Silvair. Os três produtos tentam, de formas diferentes, reduzir a produção de metano que ocorre naturalmente no aparelho digestivo de ruminantes, um processo conhecido como fermentação entérica. O gás é um dos subprodutos da transformação dos açúcares em energia pelo animal, e a maior parte dele é expelido pela boca – o arroto dos bois. A Rumin8 tem hoje uma planta piloto em sua sede, em Perth, no oeste da Austrália. Uma unidade maior, capaz de fabricar 25 mil doses diárias, deve ser inaugurada até o fim do ano. Uma das apostas da GK é que o domínio mundial dos frigoríficos brasileiros seja um grande acelerador no crescimento da startup. O fato de as companhias daqui serem as líderes globais em um setor é algo raro, diz Falcioni. “Em dinheiro, o mercado americano é maior. Mas temos o maior número de cabeças de gado do mundo, ponto”, afirma ele. “Se conseguirmos convencer bem a companhia, o Brasil deveria ser o mercado foco ontem.”
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A importância da redução de gás metano na pecuária brasileira

O Brasil é um dos maiores emissores de gás metano na atmosfera devido ao arroto bovino, o que coloca a pecuária como uma fonte significativa de poluição ambiental. No entanto, a startup australiana Rumin8 está trabalhando para reduzir essas emissões por meio de um aditivo à base de algas marinhas.

Investimento para estudos no mercado brasileiro

A startup recebeu um investimento da gestora de impacto Good Karma Partners para estender seus estudos científicos em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e para desenvolver uma estratégia específica para o mercado de gado brasileiro.

Argumentos de venda e ganho de produtividade

Um dos principais argumentos para os produtores utilizarem o aditivo é o aumento na produtividade. Estudos preliminares indicaram um aumento de 9% no ganho de peso dos animais que receberam o suplemento. Além disso, a empresa espera que a criação de metodologias de gerar créditos de carbono na pecuária seja um incentivo adicional para a adesão ao produto.

Tecnologia baseada em algas marinhas

A tecnologia da Rumin8 utiliza um composto chamado bromofórmio, presente em algas marinhas, para reduzir as emissões de metano na digestão dos bovinos. A empresa patenteou uma maneira de reproduzir esse composto em laboratório e transformá-lo em suplemento alimentar.

Liberação do produto para uso comercial

O produto da Rumin8 ainda não está disponível comercialmente em nenhum lugar do mundo, mas a empresa está trabalhando para obter o registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária. A previsão é de que a liberação leve entre 12 e 18 meses.

Potencial de crescimento no mercado brasileiro

A GK, gestora de impacto que investiu na Rumin8, acredita que o mercado brasileiro de frigoríficos pode impulsionar o crescimento da startup. O Brasil possui o maior número de cabeças de gado do mundo, o que torna o país um mercado alvo para a empresa.

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