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Importante alerta da China para a demanda de soja

Sumário

1. Introdução

1.1 A demanda chinesa por soja em ritmo mais lento

1.2 Impacto da suinocultura nas importações de soja

2. Queda nas importações de soja da China

2.1 Números relativamente baixos para setembro

3. Aumento na produção de carne suína na China

3.1 Recuperação da produção após a peste suína africana

4. Consumo mais contido e suas consequências

4.1 Redução nas vendas de farelo de soja

4.2 Estoque apertado do derivado na China

5. Perspectivas e volatilidade do mercado da soja

5.1 Competitividade do Brasil e EUA

5.2 Compras de soja da China e chegadas de produto brasileiro

Introdução

Diferente dos últimos anos, em especial 2021, a demanda da China por soja deverá continuar caminhando em um ritmo mais lento daqui em diante. As compras do maior importador global da oleaginosa não deverão ser, como explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, tão pujantes como em temporadas anteriores. “Vamos ver um vai-e-vem, um elástico nas compras. Não vai ser como em 2021, quando os preços não importavam tanto”, disse. Em setembro, as importações de soja pela nação asiática foram de 7,15 milhões de toneladas, abaixo da média para o mês e ligeiramente aquém das expectativas do mercado.

Importações de soja da China – Gráfico: Karen Braun

Parte disso, segundo Vanin e mais analistas internacionais, está bastante relacionado ao comportamento da suinocultura no país, que impacta diretamente no complexo soja e, consequentemente, no esmagamento. “Margens ruins de processamento, margens ajustadas entre os suinocultores e as perspectivas de preços pressionados de soja contribuíram para o volume mais baixo”, afirmou a especialista em commodities agrícolas, Karen Braun.

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Em relação ao mesmo mês de 2022, as importações de soja da China apresentaram uma queda de 7,3%.

“É um número relativamente baixo para setembro, e isso pode criar um aperto nos suprimentos no quarto trimestre”, disse Darin Friedrichs, cofundador da Sitonia Consulting, sediada em Xangai, à agência internacional Reuters.

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Ao mesmo tempo, o Departamento Nacional de Estatísticas, nesta quarta-feira (18), trouxe dados que mostram que a produção de carne suína para o terceiro trimeste registraram um expressivo aumento de 4,8% na comparação anual, alcançando 12,69 milhões de toneladas. Trata-se do maior volume em uma década para um trimestre. Os suinocultores têm ampliado sua produção nos últimos anos, recuperando-se também – e de forma expressiva – da derrocada na produção ao ser atingida severamente pela peste suína africana, com o pico do surto da doença em 2018.

No acumulado do ano, a produção chinesa de carne suína soma 43,01 milhões de toneladas, 3,6% maior do que no mesmo período de 2022. “E vai continuar crescendo, mas com margens negativas e em um cenário que pode se agravar”, explica Eduardo Vanin. E este é o ponto de atenção na relação entre suínos e complexo soja. Afinal, enquanto a produção de carne suína aumenta, o consumo não acompanha.

Com o consumo mais contido, a dinâmica vai se redesenhando em todos os elos da cadeia. Um dos sinais deste momento são as vendas de farelo de soja menores neste momento. “A grande questão é esta agora, como ficará a demanda por farelo. O feriado do Golden Week foi fraco (em termos de consumo em relação a anos anteriores) e precisamos saber como será o final do ano”, complementa o analista da Agrinvest.

E apesar das vendas mais lentas, os estoques do derivado na China são apertados, em média podendo atingir cerca de oito dias ao consumidor final, quando o normal para este período seria de um mês. “E não há nada muito diferente no horizonte para acontecer que posa promover um pico no consumo de carnes na China”, explica o analista. Assim, o monitoramento deverá ser constante.

Neste novo ambiente, o mercado da soja tende a manter a volatilidade ainda muito latente, já que os agentes deste mesmo mercado vão seguir buscando acertar o direcional dos negócios de forma cada vez mais otimizadas, principalmente com este cenário de margens mais ajustadas, apesar de preços pressionados não só na soja, mas entre a a maior parte das commodities agrícolas.

O Brasil deverá seguir no centro das atenções dada a sua competitividade. Embora para o final deste ano e janeiro de 2024, os EUA deverão ser mais competitivos com a chegada da nova oferta, na sequência a soja brasileira já passa a ser mais barata e a atrair os olhares dos compradores, em especial da China.

No acumulado deste ano, as compras de soja do país asiático já somam 77,8 milhões de toneladas, sendo 14,4% maiores do que no mesmo período de 2022, e com chegadas maiores de produto brasileiro.

Diferente dos últimos anos, em especial 2021, a demanda da China por soja deverá continuar caminhando em um ritmo mais lento daqui em diante. As compras do maior importador global da oleaginosa não deverão ser, como explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, tão pujantes como em temporadas anteriores. “Vamos ver um vai-e-vem, um elástico nas compras. Não vai ser como em 2021, quando os preços não importavam tanto”, disse. Em setembro, as importações de soja pela nação asiática foram de 7,15 milhões de toneladas, abaixo da média para o mês e ligeiramente aquém das expectativas do mercado. 

Importações de soja da China – Gráfico: Karen Braun

Parte disso, segundo Vanin e mais analistas internacionais, está bastante relacionado ao comportamento da suinocultura no país, que impacta diretamente no complexo soja e, consequentemente, no esmagamento. “Margens ruins de processamento, margens ajustadas entre os suinocultores e as perspectivas de preços pressionados de soja contribuíram para o volume mais baixo”, afirmou a especialista em commodities agrícolas, Karen Braun. 

Em relação ao mesmo mês de 2022, as importações de soja da China apresentaram uma queda de 7,3%. 

“É um número relativamente baixo para setembro, e isso pode criar um aperto nos suprimentos no quarto trimestre”, disse Darin Friedrichs, cofundador da Sitonia Consulting, sediada em Xangai, à agência internacional Reuters.

Ao mesmo tempo, o Departamento Nacional de Estatísticas, nesta quarta-feira (18), trouxe dados que mostram que a produção de carne suína para o terceiro trimeste registraram um expressivo aumento de 4,8% na comparação anual, alcançando 12,69 milhões de toneladas. Trata-se do maior volume em uma década para um trimestre. Os suinocultores têm ampliado sua produção nos últimos anos, recuperando-se também – e de forma expressiva – da derrocada na produção ao ser atingida severamente pela peste suína africana, com o pico do surto da doença em 2018. 

No acumulado do ano, a produção chinesa de carne suína soma 43,01 milhões de toneladas, 3,6% maior do que no mesmo período de 2022. “E vai continuar crescendo, mas com margens negativas e em um cenário que pode se agravar”, explica Eduardo Vanin. E este é o ponto de atenção na relação entre suínos e complexo soja. Afinal, enquanto a produção de carne suína aumenta, o consumo não acompanha. 

Com o consumo mais contido, a dinâmica vai se redesenhando em todos os elos da cadeia. Um dos sinais deste momento são as vendas de farelo de soja menores neste momento. “A grande questão é esta agora, como ficará a demanda por farelo. O feriado do Golden Week foi fraco (em termos de consumo em relação a anos anteriores) e precisamos saber como será o final do ano”, complementa o analista da Agrinvest. 

E apesar das vendas mais lentas, os estoques do derivado na China são apertados, em média podendo atingir cerca de oito dias ao consumidor final, quando o normal para este período seria de um mês. “E não há nada muito diferente no horizonte para acontecer que posa promover um pico no consumo de carnes na China”, explica o analista. Assim, o monitoramento deverá ser constante. 

Neste novo ambiente, o mercado da soja tende a manter a volatilidade ainda muito latente, já que os agentes deste mesmo mercado vão seguir buscando acertar o direcional dos negócios de forma cada vez mais otimizadas, principalmente com este cenário de margens mais ajustadas, apesar de preços pressionados não só na soja, mas entre a a maior parte das commodities agrícolas. 

O Brasil deverá seguir no centro das atenções dada a sua competitividade. Embora para o final deste ano e janeiro de 2024, os EUA deverão ser mais competitivos com a chegada da nova oferta, na sequência a soja brasileira já passa a ser mais barata e a atrair os olhares dos compradores, em especial da China. 

No acumulado deste ano, as compras de soja do país asiático já somam 77,8 milhões de toneladas, sendo 14,4% maiores do que no mesmo período de 2022, e com chegadas maiores de produto brasileiro. 

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Demanda da China por soja deve seguir mais lenta

A demanda da China por soja está caminhando em um ritmo mais lento em comparação aos últimos anos, especialmente em 2021. De acordo com o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, as compras do maior importador global da oleaginosa não serão tão pujantes como nas temporadas anteriores. Vanin prevê um vai-e-vem, um elástico nas compras, e destaca que os preços não terão tanto impacto como em 2021.

Compras de soja pela China abaixo das expectativas

No mês de setembro, as importações de soja pela China totalizaram 7,15 milhões de toneladas, ficando abaixo da média para o mês e um pouco aquém das expectativas do mercado. Essa queda nas importações está diretamente relacionada ao comportamento da suinocultura no país, que afeta o complexo soja e, consequentemente, o esmagamento. Margens ruins de processamento, ajustes entre os suinocultores e perspectivas de preços pressionados também contribuíram para o volume mais baixo, segundo a especialista em commodities agrícolas, Karen Braun.

Importações de soja da China – Gráfico: Karen Braun

Queda nas importações e aperto nos suprimentos

Comparado ao mesmo mês de 2022, as importações de soja da China apresentaram uma queda de 7,3%. Darin Friedrichs, cofundador da Sitonia Consulting, sediada em Xangai, comenta que esse número relativamente baixo para setembro pode criar um aperto nos suprimentos no quarto trimestre. Ao mesmo tempo, o Departamento Nacional de Estatísticas revelou um expressivo aumento de 4,8% na produção de carne suína no terceiro trimestre, atingindo o maior volume em uma década. A produção chinesa de carne suína no acumulado do ano também é maior em 3,6% em relação ao mesmo período de 2022.

Redução no consumo de carne suína e impacto na demanda por farelo de soja

Enquanto a produção de carne suína aumenta, o consumo não acompanha, o que causa uma mudança na dinâmica da cadeia de suprimentos. Um dos sinais dessa mudança é a redução nas vendas de farelo de soja. Os estoques desse derivado na China estão apertados, em média alcançando cerca de oito dias ao consumidor final, enquanto o normal seria um mês. Eduardo Vanin destaca que não há nada no horizonte que possa impulsionar um aumento repentino no consumo de carnes na China. Por isso, a demanda por farelo de soja é uma incógnita.

Volatilidade no mercado da soja e atenção ao Brasil

Com a volatilidade ainda presente no mercado da soja, os agentes do setor buscam acertar os negócios de forma cada vez mais otimizada. O Brasil continua sendo um ponto de destaque devido à sua competitividade. Embora os EUA possam se tornar mais competitivos no final deste ano e em janeiro de 2024, com a chegada da nova oferta, a soja brasileira já se torna mais barata em seguida, atraindo os compradores, especialmente da China. No acumulado deste ano, as compras de soja pelo país asiático já somam 77,8 milhões de toneladas, 14,4% a mais do que no mesmo período de 2022, com um aumento nas chegadas de produto brasileiro.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

O mercado chinês de soja está passando por um momento de desaceleração, com as importações apresentando um ritmo mais lento. Isso está relacionado ao comportamento da suinocultura no país, que impacta diretamente no complexo soja. Com margens negativas e um cenário que pode se agravar, a demanda por farelo de soja também está sendo afetada. Mesmo com as vendas mais lentas, os estoques do derivado na China estão apertados. Neste novo ambiente, o mercado da soja tende a manter a volatilidade, e o Brasil continua sendo um fornecedor competitivo.

1. Por que a demanda da China por soja está mais lenta?

A demanda da China por soja está mais lenta devido ao comportamento da suinocultura no país, que impacta diretamente no complexo soja. Margens ruins de processamento e perspectivas de preços pressionados têm contribuído para um volume mais baixo de importações.

2. O que está acontecendo com a produção de carne suína na China?

A produção de carne suína na China está aumentando. No terceiro trimestre, houve um expressivo aumento de 4,8% na comparação anual, atingindo o maior volume em uma década para um trimestre. Os suinocultores têm ampliado sua produção nos últimos anos, se recuperando da derrocada causada pela peste suína africana.

3. Como está o consumo de carne suína na China?

O consumo de carne suína na China não tem acompanhado o aumento da produção. Com o consumo mais contido, a dinâmica da cadeia de soja e suínos está se redesenhando. As vendas de farelo de soja estão menores, e os estoques do derivado estão apertados.

4. Qual é o cenário esperado para o mercado da soja?

O mercado da soja tende a manter a volatilidade, com margens mais ajustadas e preços pressionados. O Brasil continua sendo competitivo como fornecedor, mas os EUA deverão ganhar competitividade com a chegada da nova oferta no final deste ano e janeiro de 2024.

5. Qual é o saldo das compras de soja da China até o momento?

No acumulado deste ano, as compras de soja da China somam 77,8 milhões de toneladas, sendo 14,4% maiores do que no mesmo período de 2022. O Brasil é um dos principais fornecedores, com chegadas maiores de produto brasileiro.

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