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Doenças reprodutivas em bovinos leiteiros: principais causas e tratamentos

    Doenças reprodutivas em bovinos leiteiros: conheça as principais

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    Sumário:
    1. Introdução
    2. Doenças bacterianas
    2.1 Brucelose
    2.2 Leptospirose
    2.3 Campilobacteriose
    3. Doenças virais
    3.1 Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)
    3.2 Diarreia Viral Bovina (BVD)
    4. Doenças causadas por protozoários
    4.1 Tricomoníase
    4.2 Neosporose
    4.3 Toxoplasmose
    5. Doenças metabólicas
    5.1 Hipocalcemia
    5.2 Cetose
    5.3 Acidose ruminal
    6. Considerações finais

    A indústria do agronegócio é fundamental para a economia mundial, e dentro desse setor, a produção de leite desempenha um papel crucial. Dessa forma, para garantir um bom desempenho nessa atividade, dentre os diversos fatores envolvidos, é essencial estar atento e cuidar da saúde reprodutiva dos bovinos leiteiros.

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    Existem diversas doenças que podem afetar negativamente a reprodução desses animais, onde as perdas decorrentes de doenças representam um desafio significativo para qualquer rebanho, devido aos impactos negativos que são ocasionados tanto na questão produtiva, reprodutiva e também financeira.

    Quando pensamos em doenças reprodutivas, a situação pode se tornar mais complicada, pois muitas perdas gestacionais são ocasionadas por essas doenças, mas a detecção ocorre apenas quando o problema já está instalado e as consequências dele estabelecidas.

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    É comum o produtor suspeitar ou perceber que algo está errado quando, por exemplo, já tem casos de abortos ou outros problemas reprodutivos acontecendo e o rebanho se encontra infectado.

    Dessa forma, é de extrema importância adotar medidas preventivas e de controle eficazes, assim como realizar um diagnóstico precoce e um tratamento adequado das doenças reprodutivas em bovinos leiteiros.

    Ao compreender os principais problemas que afetam a reprodução, é possível implementar estratégias apropriadas para minimizar as perdas e maximizar a produção de leite.

    Dentre as principais doenças que afetam a reprodução dos bovinos leiteiros podemos destacar as doenças bacterianas, virais, as causadas por protozoários e até mesmo doenças metabólicas.

     

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    Doenças bacterianas

    Brucelose

    É uma doença bacteriana considerada prevalente, porém ainda pouco diagnosticada. A brucelose bovina ainda é endêmica no Brasil, com impactos econômicos significativos, incluindo restrições ao comércio internacional de produtos de origem animal.

    Causada pela bactéria Brucella abortus, além de ser uma preocupação em saúde pública, a brucelose bovina pode levar a abortos, infertilidade e diminuição da produção de leite.

    A transmissão ocorre principalmente por meio do contato direto com animais infectados, fetos abortados, placentas contaminadas ou ingestão de leite cru contaminado, entretanto, o principal meio de introdução da brucelose em um rebanho saudável é pela aquisição de animais infectados. 

    A vacinação é uma medida eficaz para reduzir a prevalência da doença, sendo obrigatória a vacinação com a vacina B19 para fêmeas jovens de 3 a 8 meses de idade e a RB51 para fêmeas adultas de status vacinal desconhecido.

    Além disso, é importante determinar medidas de biossegurança, como controle sanitário na introdução de animais, monitoramento do rebanho, realização de exames de diagnóstico e descarte de animais infectados são essenciais para o controle da brucelose.

    Leptospirose

    A leptospirose é outra doença bacteriana, causada pela bactéria do gênero Leptospira, que pode manifestar de forma aguda e toxêmica até crônica e inaparente, o que também impacta negativamente na reprodução, promovendo causos de aborto, feto mumificado, nascimento de bezerros fracos, cios irregulares, aumento do intervalo entre partos e até mesmo infertilidade.

    Essas bactérias são transmitidas principalmente pela urina de animais infectados, como ratos, contaminando água, solo, pastagens e outros alimentos, mas também por transmissão transplacentária, nasal, conjuntival e vaginal, por meio de contato além da urina, com sêmen, sangue, secreções vaginais e ingestão de tecidos infectados.

    A urina do bovino contaminado é o principal meio de transmissão, pois mesmo que o animal apresente recuperação clínica da doença, a eliminação das leptospiras pela urina pode acontecer por até 280 dias em condições favoráveis de temperatura e umidade.

    Do ponto de vista epidemiológico os roedores (ratos) são reservatórios naturais e importantes vetores, entretanto, é muito importante entender que mesmo sendo uma importante forma de infecção para o rebanho, no meio rural os principais reservatórios da doença dentro da fazenda são os próprios animais infectados.

    Impactos da leptospirose

    A infecção pode resultar em falhas reprodutivas, como abortos, nascimento de bezerros fracos e prematuros, redução da taxa de concepção, infertilidade, queda na produção de leite.

    Medidas de prevenção, como a vacinação anual e o controle do ambiente, são importantes para reduzir o risco de contaminação.

    É importante ressaltar que o controle da leptospirose em bovinos requer uma abordagem abrangente, combinando diferentes medidas de prevenção e controle, onde podemos citar:

    • Vacinação dos animais: Deter de um calendário sanitário estratégico e específico e que contemple os principais desafios do rebanho. Então, a partir do calendário, contar com a vacinação dos animais, que é uma medida importante para prevenir a doença e reduzir a disseminação.
    • Controle de roedores: Essencial a adoção de medidas para controlar a população de roedores na propriedade, mantendo sempre instalações limpas, eliminar fontes de abrigo e fontes de alimento para os roedores, além de ser importante deter de armadilhas apropriadas para controle.
    • Higiene das instalações e manejo adequado: importante certificar a limpeza de forma regular das áreas onde os animais vivem, removendo a urina e utilizando desinfetantes adequados.

    Campilobacteriose

    A Campilobacteriose é uma doença infecciosa que afeta bovinos, causada pela bactéria Campylobacter fetus, a qual é responsável por infecções genitais em bovinos, resultando em problemas reprodutivos como infertilidade, falhas na concepção, repetição de cio e abortos.

    A transmissão ocorre durante a monta natural ou inseminação artificial. Os touros são os principais disseminadores da doença.

    A bactéria pode sobreviver e se multiplicar no trato genital dos bovinos, podendo causar infecções e afetar negativamente a saúde reprodutiva do rebanho. O controle desta doença envolve:

    • Diagnóstico: Importante realizar exames laboratoriais para confirmação da presença da campilobacteriose no rebanho, onde esse diagnóstico é feito através de técnicas de isolamento e identificação da bactéria a partir de amostras, como muco vaginal, conteúdo uterino e sêmen.
    • Higiene e manejo adequados: ideal higiene adequada das instalações e equipamentos é fundamental para prevenir a disseminação da bactéria. Importante ter uma rotina de desinfecção de áreas de manejo, currais, bretes e ordenha.
    • Vacinação: Importante a fazenda possuir um calendário sanitário estratégico para o rebanho.
    • Controle de vetores: principalmente as moscas podem atuar como vetores da campilobacteriose, por isso, é importante adotar medidas de controle de vetores, como a adoção de armadilhas de moscas, a fim de minimizar a exposição dos animais a esses insetos.

    Doenças virais

    Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)

    A infecção pelo herpesvírus bovino (IBR) é causada por um vírus que pode se apresentar de duas maneiras: forma respiratória ou genital. A contaminação ocorre principalmente durante a reprodução e em animais jovens infectados pelas mães.

    O vírus replica em células epiteliais da mucosa conjuntival, genital e respiratória e pode permanecer latente em gânglios nervosos por longos períodos e se tornar ativo em momentos de exposição a fatores estressantes, os quais reduzem a resistência imunológica e ocasiona a eliminação de partículas virais, em muitos casos sem que o animal apresente sinais clínicos da doença.

    Após ter sofrido a infecção primária, o animal se torna portador do vírus por toda sua vida, atuando como uma fonte de infecção dentro da propriedade.

    A disseminação do vírus nos rebanhos pode ocorrer de forma direta e indireta, onde a forma direta é a mais relevante e ocorre por contato com mucosas e secreções, incluindo secreção nasal, ocular e genital, sêmen, partículas de aerossóis e anexos fetais infectados.

    Já a forma indireta ocorre principalmente por fômites e aerossóis, onde a inseminação artificial representa um papel importante na entrada da doença no rebanho e a monta natural pode ser considerada a forma principal de contágio.

    Em bovinos causa várias doenças, incluindo infecções respiratórias, vulvovaginite pustular inflamatória, balanopostite pustular infeccioasa, conjuntivite, infertilidade, abortos e encefalite.

    Impactos da IBR

    Quanto ao impacto econômico que esse vírus pode ocasionar podemos citar:

    • Crescimento retardado de animais jovens
    • Menor produção de leite
    • Abortos frequentes
    • Morte embrionária ou fetal
    • Menor eficiência reprodutiva das vacas: é notório o comprometimento dos indicadores reprodutivos, como o intervalo entre partos, número de serviços por concepção, taxa de concepção, taxa de mortalidade embrionária, abortos e natimortos.

    É muito importante diagnosticar a doença na propriedade, onde além dos sinais clínicos é necessário o apoio de métodos laboratoriais, como o isolamento viral em cultivo celular.

    A estratégia de controle depende da situação epidemiológica do rebanho e pode envolver vacinação, a qual é considerada um eficiente agente de controle do vírus nos rebanhos, descarte de animais saudáveis que são soropositivos e considerados reservatórios do vírus e medidas de biossegurança.

    Diarreia bovina a vírus (BVD)

    A Diarreia Viral Bovina (BVD) é uma enfermidade viral que afeta bovinos de todas as idades com grande importância mundial devido aos impactos econômicos que ela traz.

    É causada por um vírus da família Pestivírus, altamente variável geneticamente.

    Quanto ao impacto econômico causado, podemos citar o custo com tratamentos de animais doentes, menor produção de leite no caso de vacas positivas — vacas positivas produzem cerca de 1,7 litros de leite a menos em comparação com vacas negativas, maior incidência de mastite clínica (7 a 13%) em animais positivos, além disso, podemos citar o aumento dos custos operacionais e também o custo em manter animais com problemas reprodutivos na propriedade.

    Manual de controle da mastite

    A transmissão ocorre por contato direto e indireto, inalação, via oral ou transplacentária.

    Uma característica desse vírus é a capacidade de ocasionar uma infecção fetal persistente quando ocorre infecção nos primeiros três meses de gestação. Os animais nessa fase não possuem um sistema imune maduro, ocorrendo então um reconhecimento das proteínas virias como próprias do feto, tornado então esse animal persistentemente infectado (PI).

    Rotas da diarreia bovina viral

    Esquema mostrando duas possíveis rotas da infecção pelo vírus da BVD. A rota da esquerda considerada a mais comum é aquela onde a vaca não PI se infecta com o vírus enquanto gestante e com isso produz um bezerro PI. A rota da direita, considerada menos comum, é aquela onde a vaca é PI e se torna gestante, originando um novo bezerro PI. 

    Fonte:BVD Virus control & Eradication Recommendations for Cow-Calf Production, Academy of veterinary Consultants

    Os animais PI são tolerantes a BVD e por isso são responsáveis por manter e disseminar o vírus dentro do rebanho, podendo ser considerados então como vetores.

    Bezerro persistentemente infectado

    Esquema mostrando o bezerro persistentemente infectado 

    Fonte: The Center for Food Security and Public Health, Iowa State University

    Impactos e controle da BVD

    A BVD causa várias manifestações clínicas, dentre elas:

    • Problemas reprodutivos — o vírus é capaz de se instalar no sistema reprodutivo, sendo responsável por causar infertilidade, baixa taxa de concepção, reabsorção embrionária e até abortos.
    • Nascimentos de bezerros fracos ou mal formados
    • Baixo desempenho de animais persistentemente infectados — devido ao poder imunossupressor do vírus, o animal infectado se torna susceptível a infecção por bactérias e até mesmo outros vírus.

    O controle pode ser realizado com vacinação, especialmente em rebanhos com alta rotatividade de animais, histórico de doenças ou sorologia positiva.

    A identificação e descarte dos animais PI é uma medida crucial para controlar a doença. Essa identificação consiste na realização de testes laboratoriais, como imuno-histoquímico, reação da cadeia em polimerase (PCR) e teste imunoenzimático (ELISA direto), os quais são considerados métodos de triagem de animais nascidos na última geração.

    Além disso, é importante implementar medidas de biosseguridade, como quarentena de animais recém adquiridos, limpeza e desinfecção adequada das instalações e equipamentos, além da realização de exames para identificação do vírus.

    As vacinas não curam animais infectados, mas ajudam a reduzir a transmissão e a intensidade das manifestações clínicas. O controle da BVD visa eliminar os animais PI e prevenir a infecção fetal para evitar a geração de novos PIs.

    Doença causada por protozoários

    Neosporose

    A neosporose é uma doença causada pelo protozoário Neospora caninum. Essa doença afeta principalmente vacas gestantes, onde o aborto é o principal problema relacionado, além também da possibilidade de ocorrência de absorção embrionária, nascimento de bezerros fracos e infertilidade.

    Quando pensamos nas perdas econômicas ocasionadas, além do aborto, a neosporose pode promover o descarte prematuro das matrizes, mortalidade de neonatos e também maiores custos operacionais, com diagnóstico e com a reposição necessária.

    A transmissão pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos contaminados com oocistos ou pela transmissão vertical da vaca para o feto.

    Medidas preventivas incluem o controle de cães, que podem ser hospedeiros definitivos, e a utilização de práticas adequadas de higiene e manejo.

    O cão é considerado o hospedeiro definitivo, ocorrendo a eliminação de oocistos não esporulados nas fezes após os mesmos terem ingerido tecidos ou órgãos dos hospedeiros intermediários.

    A transmissão ocorre principalmente de duas formas:

    • Horizontal: pela contaminação das pastagens, ração ou água com oocistos eliminados por animais infectados, como cães e bovinos.
    • Vertical: também conhecida como “infecção congênita”, da vaca para o bezerro, considerada a forma mais comum de transmissão. Essa forma de transmissão em muitos casos provoca o aborto, porém, existe a possibilidade do nascimento de um bezerro saudável, porém infectado.

    Ciclo viral da neosporose

    Ciclo biológico da Neospora caninum. Fonte: Adaptado de Dubey et al. (2017)

    Medidas de controle da doença incluem a adoção de programas de monitoramento para a N. caninum, onde podemos citar a inclusão de testes sorológicos em animais que abortaram e exames histopatológicos de tecidos fetais e placentários para confirmar a presença do protozoário.

    O descarte de animais positivos e a realização de uma reposição dos animais de forma seletiva é a forma mais eficiente de controle da infecção congênita.

    Além disso, como forma preventiva é importante promover a restrição do acesso dos cães a restos fetais e evitar o convívio entre cães e bovinos.

    Doenças metabólicas

    É importante ressaltar que doenças metabólicas, como cetose, deslocamento de abomaso e hipocalcemia, também podem ter efeitos diretos ou indiretos sobre a saúde reprodutiva dos bovinos leiteiros.

    Os desequilíbrios metabólicos e nutricionais resultantes dessas condições podem comprometer a eficiência reprodutiva, levando a uma menor taxa de concepção, aumento dos dias abertos e outros problemas relacionados à reprodução.

    Portanto, é fundamental adotar estratégias de manejo adequadas, como nutrição balanceada, monitoramento constante e práticas de prevenção e tratamento eficazes para essas doenças metabólicas, a fim de minimizar seu impacto negativo na saúde reprodutiva e na produtividade do rebanho leiteiro.

    Cetose

    A cetose ocorre devido a um desequilíbrio no metabolismo energético das vacas, geralmente no período pós-parto, quando há uma maior demanda de energia para a produção de leite. A falta de energia disponível pode levar a uma redução na taxa de concepção e ao aumento dos dias abertos.

    A cetose não tratada ou mal controlada pode causar infertilidade temporária e afetar negativamente a reprodução.

    Deslocamento de abomaso

    O deslocamento de abomaso é uma condição na qual o abomaso se move para uma posição anormal no abdômen. Isso pode ocorrer principalmente após o parto devido a distúrbios metabólicos, como a cetose. 

    O deslocamento de abomaso pode causar uma diminuição no consumo de alimentos, perda de peso e redução na produção de leite. Consequentemente, essas alterações metabólicas e nutricionais podem afetar negativamente a saúde reprodutiva das vacas.

    Hipocalcemia

    A hipocalcemia é uma condição caracterizada por baixos níveis de cálcio no sangue, que geralmente ocorre logo após o parto.

    A deficiência de cálcio pode causar problemas reprodutivos, como retenção de placenta, diminuição da tonicidade uterina e infertilidade temporária.

    A hipocalcemia não tratada ou mal controlada com auxílio de dietas aniônicas no pré-parto pode levar a complicações adicionais e prolongar o período de recuperação reprodutiva das vacas.

    Impactos das doenças reprodutivas nos resultados da produção de leite

    As doenças reprodutivas em bovinos leiteiros têm um impacto significativo nos resultados da produção de leite.

    A infertilidade, os abortos e as falhas na concepção levam a um menor número de vacas prenhes e, consequentemente, a uma redução na produção de leite e menor lucratividade da atividade leiteira. Além disso, as doenças reprodutivas podem aumentar o intervalo entre os partos, prolongando o período seco das vacas e diminuindo a eficiência produtiva.

    Além disso, as doenças reprodutivas também podem causar problemas econômicos, devido aos custos de tratamento e manejo, descarte de animais infectados e maiores custos para repor os animais.

    Para minimizar o impacto das doenças reprodutivas na produção de leite, é fundamental adotar medidas de prevenção e controle adequadas. Isso inclui a implementação de programas de vacinação conforme o calendário sanitário estratégico adotado na propriedade, o manejo adequado dos animais, a realização de exames regulares para detecção precoce de doenças, o descarte apropriado de animais infectados e a adoção de práticas de higiene e manejo durante o parto.

    Então, sabemos que as principais doenças que afetam a eficiência reprodutiva em bovinos leiteiros podem ter um impacto significativo na lucratividade e sucesso da fazenda.

    A prevenção e o controle dessas doenças são essenciais para garantir a saúde reprodutiva dos animais e melhorar os resultados econômicos. Investir em boas práticas de manejo, monitoramento constante e adoção de medidas preventivas adequadas são passos importantes para garantir a produtividade e a lucratividade do negócio.

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    Quando se trata de doenças reprodutivas, a detecção do problema muitas vezes ocorre apenas quando o mesmo já está instalado e as consequências já estão estabelecidas. É comum que os produtores percebam que algo está errado quando já ocorreram casos de abortos ou outros problemas reprodutivos no rebanho.

    Portanto, é de extrema importância adotar medidas preventivas e de controle eficazes, realizar um diagnóstico precoce e um tratamento adequado das doenças reprodutivas em bovinos leiteiros. Ao compreender os principais problemas que afetam a reprodução, é possível implementar estratégias apropriadas para minimizar as perdas e maximizar a produção de leite.

    Dentre as principais doenças que afetam a reprodução dos bovinos leiteiros, destacamos as doenças bacterianas, virais, as causadas por protozoários e doenças metabólicas.

    No caso das doenças bacterianas, uma das mais prevalentes é a brucelose bovina, causada pela bactéria Brucella abortus. Além de ser uma preocupação em saúde pública, a brucelose bovina pode levar a abortos, infertilidade e diminuição da produção de leite. A transmissão ocorre principalmente por meio do contato direto com animais infectados, fetos abortados, placentas contaminadas ou ingestão de leite cru contaminado.

    A leptospirose também é uma doença bacteriana que afeta a reprodução dos bovinos leiteiros, sendo causada pela bactéria do gênero Leptospira. Essa doença pode manifestar de forma aguda e toxêmica até crônica e inaparente, promovendo também causos de aborto, nascimento de bezerros fracos, cios irregulares, aumento do intervalo entre partos e infertilidade. A transmissão ocorre principalmente pela urina de animais infectados.

    Outra doença bacteriana que afeta a reprodução dos bovinos leiteiros é a campilobacteriose, causada pela bactéria Campylobacter fetus. Essa doença resulta em problemas reprodutivos como infertilidade, falhas na concepção, repetição de cio e abortos. A transmissão ocorre durante a monta natural ou inseminação artificial.

    Em relação às doenças virais, podemos citar a rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), que é causada pelo herpesvírus bovino. Essa doença pode se apresentar de duas maneiras: forma respiratória ou genital. A contaminação ocorre principalmente durante a reprodução e em animais jovens infectados pelas mães. A disseminação do vírus nos rebanhos pode ocorrer por contato direto ou indireto.

    A diarreia viral bovina (BVD) é outra enfermidade viral que afeta bovinos de todas as idades. É causada por um vírus da família Pestivírus e possui alto impacto econômico devido aos custos com tratamentos e queda na produção de leite.

    Para prevenir e controlar essas doenças, é importante adotar medidas como vacinação dos animais, controle de vetores, higiene das instalações e manejo adequado. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado também são fundamentais para minimizar as perdas e maximizar a produção de leite. É essencial que os produtores estejam sempre atentos à saúde reprodutiva dos bovinos leiteiros, garantindo assim o bom desempenho do rebanho e contribuindo para a economia do agronegócio.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Os títulos HTML h2, h3, e h4 devem ser adicionados da seguinte forma:

    Doenças bacterianas

    Brucelose

    Descrição

    A brucelose é uma doença bacteriana que afeta bovinos leiteiros.

    Transmissão

    A transmissão da brucelose ocorre principalmente por meio do contato direto com animais infectados.

    Leptospirose

    Descrição

    A leptospirose é outra doença bacteriana que afeta a reprodução dos bovinos leiteiros.

    Transmissão

    A transmissão da leptospirose ocorre principalmente pela urina de animais infectados.

    Camplilobacteriose

    Descrição

    A campilobacteriose é uma doença infecciosa que afeta a reprodução dos bovinos leiteiros.

    Transmissão

    A transmissão da campilobacteriose ocorre durante a monta natural ou inseminação artificial.

    Doenças virais

    Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)

    Descrição

    A rinotraqueíte infecciosa bovina é uma doença viral que afeta a reprodução dos bovinos leiteiros.

    Transmissão

    A transmissão da rinotraqueíte infecciosa bovina ocorre principalmente durante a reprodução e em animais jovens.

    Diarreia bovina a vírus (BVD)

    Descrição

    A diarreia bovina viral é uma enfermidade viral que afeta bovinos de todas as idades.

    Transmissão

    A transmissão da diarreia bovina viral ocorre principalmente por contato direto com animais infectados.

    Conclusão:
    Em conclusão, a saúde reprodutiva dos bovinos leiteiros é de extrema importância para garantir um bom desempenho na produção de leite. Existem várias doenças bacterianas e virais que podem afetar negativamente a reprodução desses animais. É essencial adotar medidas preventivas, como vacinação e controle de vetores, além de realizar diagnóstico precoce e tratamento adequado das doenças. Ao entender e implementar estratégias para prevenir e controlar essas doenças, é possível minimizar as perdas e maximizar a produção de leite.

    Perguntas com respostas:

    1. Quais são as principais doenças bacterianas que afetam a reprodução dos bovinos leiteiros?

    As principais doenças bacterianas que afetam a reprodução dos bovinos leiteiros são a brucelose, a leptospirose e a campilobacteriose.

    2. Como ocorre a transmissão da brucelose bovina?

    A transmissão da brucelose bovina ocorre principalmente por meio do contato direto com animais infectados, fetos abortados, placentas contaminadas ou ingestão de leite cru contaminado.

    3. Quais são os impactos da leptospirose na reprodução dos bovinos leiteiros?

    A leptospirose pode causar abortos, infertilidade, nascimento de bezerros fracos, cios irregulares e redução da taxa de concepção nos bovinos leiteiros.

    4. Como ocorre a transmissão da rinotraqueíte infecciosa bovina?

    A transmissão da rinotraqueíte infecciosa bovina ocorre principalmente durante a reprodução e em animais jovens infectados pelas mães.

    5. Qual é o impacto econômico da diarreia viral bovina?

    A diarreia viral bovina causa impactos econômicos devido aos custos com tratamento dos animais doentes e à redução na produção de leite em vacas infectadas.

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