Para alcançar a neutralidade climática, a proteção da biodiversidade no entorno das fábricas está entre as iniciativas da empresa
As florestas desempenham um papel crucial na manutenção da saúde do nosso planeta, atuando como verdadeiros guardiões do clima e da biodiversidade. Dessa forma, é fundamental que as organizações que estão construindo uma jornada sustentável, considerem iniciativas concretas de restauração e reflorestamento dentro de suas estratégias de Sustentabilidade. No dia 17 de julho, comemoramos o Dia da Proteção Florestal, e a BASF mostra como é possível unir produção química e práticas regenerativas de suas fábricas na América do Sul.
A estratégia começa com metas globais que impactam toda a sua cadeia produtiva, incluindo a redução das emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2030, com base em 2018. Isso permite à empresa avaliar se os indicadores estão sendo cumpridos para atingir a neutralidade climática até 2050.
“A BASF desenvolve alguns projetos em suas plantas produtivas com o objetivo de promover o aumento da biodiversidade e a proteção das florestas. Essa é uma jornada que vem sendo percorrida há anos, um compromisso com a sustentabilidade e a proteção ambiental”, explica Mariana Sigrist, consultora de Proteção Ambiental da BASF. Uma das principais iniciativas com esse objetivo é o programa de compensação de CO2 Mata Viva®, desenvolvido pela parceria entre a BASF e a Fundação Eco+, centro de consultoria e pesquisa em sustentabilidade, mantido pela BASF desde 2005.
O Mata Viva® surgiu em 1984, em Guaratinguetá (SP), como um projeto de restauração florestal às margens do Rio Paraíba do Sul, próximo ao Complexo Químico da BASF e hoje atende pelo nome de Floresta Mata Viva®. “Atualmente, restabelecemos mais de 149 hectares no local, o que corresponde a cerca de 150 campos de futebol. Isso permitiu a absorção de 180 mil toneladas de CO₂ da atmosfera”, explica Tiago Egydio, coordenador da Fundação Eco+.
Desde então, a iniciativa rendeu frutos em outras unidades produtivas da BASF, como a fábrica de insumos de higiene pessoal em Jacareí e o centro de P&D em Santo Antônio de Posse, ambos no interior de São Paulo. Além de ter apoiado diversos produtores rurais em todo o Brasil a restaurar as Áreas de Preservação Permanente (APP) de suas propriedades. Ao todo, o Programa Mata Viva® já acumula 1,4 milhão de árvores plantadas e 800 hectares de florestas restauradas – incluindo a Mata Viva de Guaratinguetá, onde foram plantadas 340 mil árvores ao longo do rio Paraíba do Sul.
A perspectiva agora é que o programa de compensação de CO2 Mata Viva® chegue a outros países da América do Sul. Em 2022, a Fundação Eco+ desenvolveu uma nova ferramenta para calcular as emissões de CO2 relacionadas às atividades diárias das pessoas para o contexto da Argentina e firmou parceria com a Seamos Bosques, entidade que promove a restauração florestal na Argentina e realizará o plantio de árvores para compensar as emissões.
No Brasil, o programa de compensação de CO2 Mata Viva® na escolha do local de plantio de árvores vem considerando a restauração de locais de grande importância para a conservação da biodiversidade. Desde 2020, o programa apoia a restauração de trechos impactados por incêndios florestais na Mata do Barreiro Rico, no município de Anhembi, em São Paulo, um dos últimos habitats do muriqui-do-sul, o maior macaco das Américas, criticamente ameaçado de extinção, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
sustentabilidade no centro
Com foco na medição, a Fundação Eco+ orienta empresas e instituições que pensam no longo prazo e querem desenvolver seus valores econômicos, sociais e ambientais de forma integrada. Neste momento de expansão da atuação para a América do Sul, a OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, vem priorizando os seguintes temas estratégicos: Práticas Regenerativas; Valor Compartilhado e Estratégias de Governança.
Não à toa está localizada em uma reserva de Mata Atlântica, a Reserva Suvinil, localizada no Complexo de Tintas e Vernizes da empresa, em São Bernardo do Campo (SP). Essa área de Mata Atlântica corresponde a 30 campos de futebol. A pedido da marca de tintas decorativas BASF, a Fundação realizou um levantamento da biodiversidade, no qual foram identificadas 196 espécies vegetais pertencentes a 55 famílias e 117 gêneros botânicos. Recentemente, o estudo foi reconhecido pela prefeitura, que concedeu à instituição uma medalha de mérito ambiental.
Há também 111 espécies de aves, 14 de mamíferos e pelo menos cinco tipos de cobras. O local também possui cinco nascentes, que abastecem o sistema de barragens de Billings. Ligada a um grande maciço florestal e à Mata Atlântica da Serra do Mar, a Reserva Suvinil faz parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde Paulista, reconhecida internacionalmente pela Unesco.
Os recursos naturais desempenham um papel crucial no equilíbrio ecológico, proporcionando condições essenciais para o pleno funcionamento do meio ambiente. A interação das organizações com esses recursos é benéfica tanto para a sociedade quanto para os negócios. “É animador ver a sinergia entre o meio ambiente e a indústria química em suas ações para proteger as florestas. Por meio de parcerias colaborativas, trabalhamos para criar um futuro sustentável, onde o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e a preservação do meio ambiente seja alcançado”, finaliza Egydio.
