Pular para o conteúdo

Lder do MST diz que governo Lula medroso

    Lula volta a protestar contra imposies da UE

    Publicado em 12/07/2023

    O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, ex-aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a manifestar sua insatisfação com o atual governo. Stédile criticou Lula por não ter atendido aos pedidos do movimento.

    Patrocinadores

    Em entrevistas recentes, Stédile acusou o governo Lula de ser “muito lento” e “medroso” no cumprimento das promessas de campanha no campo social. Além disso, o líder do MST preferiu chamar as invasões de terras de “ocupações”, em resposta às acusações feitas contra o movimento. Vale lembrar que Stédile é o principal alvo da CPI do MST na Câmara dos Deputados e foi intimado a depor em agosto, após o recesso parlamentar.

    Lula, por sua vez, tem buscado estreitar as relações com o agronegócio e tem afirmado, em diversas ocasiões, que o MST não precisa recorrer à invasão de terras para garantir moradia às famílias. Segundo o presidente, há outras formas de resolver o problema fundiário.

    Patrocinadores

    Em entrevista ao Metrópoles, Stédile reiterou as críticas dirigidas ao presidente, feitas anteriormente em meados de maio. Na ocasião, o dirigente do MST afirmou que intensificaria as invasões como forma de pressionar pela aceleração da reforma agrária, e considerou a possibilidade de realizar passeatas e grandes acampamentos.

    Stédile destacou que o governo reagiu negativamente a duas invasões realizadas pelo MST em abril. Ele argumentou que, como existe um decreto presidencial, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que declara o dia 17 de abril como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, a expectativa é de mobilização popular. O líder do MST afirmou que seria ilógico esperar que as pessoas ficassem em casa ao invés de protestar.

    As invasões realizadas pelo MST em abril foram duramente criticadas por ministros como Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), que defenderam o diálogo com o movimento. Lula, por outro lado, tem defendido que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) faça um levantamento das terras improdutivas do país, a fim de encaminhá-las para a reforma agrária. Ele propõe a criação de uma espécie de “prateleira” com essas informações, disponível para consulta quando necessário.


    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

    Fonte