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Cavalos idosos precisam de cuidados extras

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cavalos idosos Herpesvírus assusta criadores do estado de São Paulo
Cavalos idosos precisam de cuidados extras 4

Cavalos idosos precisam de cuidados extras em termos de nutrição

Os cavalos são animais que podem viver por muitos anos, mas com o avanço da idade, eles necessitam de atenção especial para manter sua saúde e bem-estar. Um dos aspectos mais importantes a ser considerado é a nutrição dos cavalos idosos, que deve ser adequada às suas necessidades e condições físicas.

O que é um cavalo idoso?

Não há uma definição precisa de quando um cavalo se torna idoso, pois isso depende de vários fatores, como raça, genética, histórico de saúde, atividade física e manejo. No entanto, de forma geral, considera-se que um cavalo entra na fase sênior a partir dos 20 anos de idade.

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Nessa fase, o cavalo pode apresentar algumas alterações fisiológicas e metabólicas que afetam sua capacidade de digerir e absorver os nutrientes dos alimentos. Alguns dos problemas mais comuns são:

  • Desgaste ou perda dos dentes, que dificulta a mastigação e a formação do bolo alimentar;
  • Diminuição da produção de saliva e enzimas digestivas, que prejudica a digestão e a fermentação dos alimentos;
  • Alteração da microbiota intestinal, que reduz a produção de vitaminas do complexo B e C e a utilização da fibra;
  • Diminuição da motilidade intestinal, que aumenta o risco de cólicas e impactações;
  • Perda de massa muscular e óssea, que compromete a estrutura corporal e a função dos órgãos;
  • Redução do apetite e do consumo voluntário de alimentos, que leva à perda de peso e à desnutrição.

Como alimentar um cavalo idoso?

Para evitar ou minimizar esses problemas, é preciso adotar uma dieta específica para os cavalos idosos, levando em conta as seguintes recomendações:

  • Oferecer alimentos de alta qualidade e digestibilidade, que forneçam os nutrientes essenciais para o organismo do cavalo;
  • Preferir alimentos macios e úmidos, que facilitem a mastigação e a deglutição do cavalo;
  • Evitar alimentos muito fibrosos ou duros, que possam causar irritação ou obstrução no trato digestivo do cavalo;
  • Fracionar a alimentação em várias refeições ao longo do dia, para evitar sobrecarga no sistema digestivo do cavalo;
  • Garantir o acesso à água limpa e fresca à vontade, para manter a hidratação e a função renal do cavalo;
  • Monitorar o peso e a condição corporal do cavalo regularmente, para ajustar a quantidade e a qualidade dos alimentos conforme a necessidade;
  • Consultar um veterinário especializado em equinos para avaliar a saúde do cavalo e indicar a melhor dieta para cada caso.

Quais são os alimentos mais indicados para os cavalos idosos?

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Os alimentos mais indicados para os cavalos idosos são aqueles que possuem as seguintes características:

  • Alto teor de proteína (10% ou mais), para manter ou recuperar a massa muscular do cavalo;
  • Baixo teor de amido (menos de 15%), para evitar distúrbios metabólicos como laminites ou resistência à insulina no cavalo;
  • Alto teor de cálcio (0,6% ou mais) e fósforo (0,3% ou mais), para prevenir ou retardar a osteoporose no cavalo;
  • Alto teor de vitaminas e minerais (especialmente vitaminas A, C, E e selênio), para fortalecer o sistema imunológico e antioxidante do cavalo;
  • Alto teor de ácidos graxos essenciais (ômega 3 e 6), para melhorar a pele, o pelo e as articulações do cavalo.

 

Recentemente, um susto no mundo do Hipismo internacional movimentou o setor e gerou muitas dúvidas sobre o assunto. Em Espanha, conforme noticiamos aqui no portal Cavalus, a comissão organizadora do Mediterranean Equestrian Tour, competição internacional realizada em Oliva Nova, cancelou a segunda parte da sua tour de primavera (Spring MET II, ​​que decorreu a partir do dia 7 de a 26 de Fevereiro), depois de quatro cavalos participantes no evento testarem positivo para o vírus Herpesvírus Equino EHV -1. (Clique aqui e confira)

Em Lier, na Bélgica, 1 animal apresentou sintomas durante um evento e também testou positivo para Herpesvírus Equino 1.

No final do ano passado, a Sociedade Hípica Paulista (São Paulo/SP) também divulgou comunicado informando que restringiria a entrada e saída de animais do espaço pelo mesmo motivo: uma suspeita de Vírus Herpes Equino.

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Muito se falou sobre o assunto, mas várias dúvidas ficaram no ar, afinal várias desinformações foram divulgadas sobre o assunto, gerando mais insegurança no ambiente.

Para esclarecer todos os pontos sobre a doença, conversamos com a veterinária Hélio Itapema, Rachel Campbell Worthinton e sua equipe de profissionais: Rachel Campbell Worthinton; Karla Dantas; Alessandra Esposito de Castro Cardoso; Amanda Dantas; Anna Flávia Valeri; Lays Cristine do Nascimento Olanda; Luna Cabo Cordeiro; Maria Luiza Favero; Vida Maria Martins França. A equipe preparou uma série exclusiva de reportagens abordando todos os pontos sobre a doença que tanto preocupa o setor. Confira!

O que é Herpesvírus Equino? ?

O Mediterranean Equestrian Tour cancelou a segunda etapa de sua turnê depois que quatro cavalos testaram positivo para Herpesvírus Equino

Os Herpesvírus Equinos – EHV (em inglês, EHV) são vírus de DNA pertencentes à família Herpesviridae, sendo que até o momento foram identificados 9 tipos diferentes deste agente com potencial infeccioso para a espécie. Apesar de diversos, os tipos 1 e 4 (EHV-1 e EHV-4), denominados α-herpervírus, possuem maior relevância na rotina veterinária, sendo a primeira endemia na população equina mundial.

As infecções causadas por ambos podem levar a sintomas respiratórios, mas o EHV-1 tem maior potencial de causar efeitos reprodutivos (abortos e mortalidade perinatal) e neurológicos, levando a impactos negativos tanto na saúde individual quanto financeiramente de proprietários e criadores (PAVULRAJ, 2021) .

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O EHV-1 e o EHV-4 possuem características genéticas, antigênicas e epidemiológicas muito semelhantes, mas diferem principalmente em seu potencial patogênico. O tipo 4 se manifesta de forma mais branda, levando a quadros leves de rinopneumonite (PR) de fácil resolução, enquanto as doenças causadas pelo EHV-1, quando na forma respiratória, podem se manifestar de forma leve a moderada, oferecendo riscos principalmente para cavalos jovens/velhos.

O EHV-1 tem o potencial de permanecer latente em animais infectados, ou seja, eles têm a capacidade de permanecer inativos por um período e reinfectar outros indivíduos, mas a fonte de infecção permanece assintomática na maioria das vezes, podendo voltar a se manifestar se em situações de imunossupressão, causadas por estresse ou outra infecção primária (REED, 2004).

Transmissão do Herpesvírus Equino

Herpes Vírus Equino assusta e levanta dúvidas

 

Os sinais clínicos estão relacionados com febre, anorexia, descarga nasal, abortos espontâneos, lesões oculares, ataxia, incontinência urinária e/ou fecal, fraqueza. As manifestações características das infecções neurológicas e reprodutivas estão relacionadas ao processo inflamatório vascular (vasculite) e posterior trombose dos vasos que suprem o SNC e o útero gravídico, levando à isquemia e perda da função dessas estruturas (BENTZ et al., 2001). .

Sintomas

Os sinais clínicos estão relacionados com febre, anorexia, descarga nasal, abortos espontâneos, lesões oculares, ataxia, incontinência urinária e/ou fecal. As manifestações características das infecções neurológicas e reprodutivas estão relacionadas ao processo inflamatório vascular (vasculite) e posterior trombose dos vasos que suprem o SNC e o útero gravídico, levando à isquemia e perda da função dessas estruturas (BENTZ et al., 2001). .

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Diagnóstico da doença de cavalos idosos

Herpes Vírus Equino assusta e levanta dúvidas

 

Os sintomas são febre, anorexia, corrimento nasal, abortos espontâneos, lesões oculares, ataxia, incontinência urinária e/ou fecal

O teste de melhor sensibilidade para o diagnóstico de infecções causadas por EHV-1 e EHV-4 é a PCR, realizada a partir de amostras de secreção nasal, líquido cefalorraquidiano ou fetos abortados. Alguns testes sorológicos podem ser realizados, usando plasma sanguíneo, para detectar a fase aguda da doença, atentando para animais recém-vacinados, pois podem levar a um falso positivo, enquanto para infecções latentes não temos um método diagnóstico considerado ideal (EFSA et al., 2022).

Algumas atitudes podem ser tomadas na tentativa de conter novas infecções e amenizar as manifestações dos animais portadores, essas medidas estão relacionadas principalmente ao bloqueio do trânsito em locais suspeitos e testagem de animais, e, principalmente, ao isolamento e tratamento dos pacientes.

Nossa série continua na próxima semana, desta vez abordando o aborto causado pela doença.

Por Camila Pedroso 

Colaboração: Hélio Itapema, veterinário e sua equipe: Rachel Campbell Worthinton; Karla Dantas; Alessandra Esposito de Castro Cardoso; Amanda Dantas; Anna Flávia Valeri; Lays Cristine do Nascimento Olanda; Luna Cabo Cordeiro; Maria Luiza Favero; Vida Maria Martins França.

 



Fonte: Agro

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