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Trigo: alimentação ideal para gado | Caminhos do Campo

    Trigo é alternativa para alimentar rebanhos de gado | Caminhos do Campo

    Sumário:

    1. Introdução

    2. Silagem de trigo como alternativa

    2.1 Colheita do trigo

    2.2 Variedade específica para alimentação animal

    2.3 Mitos sobre as aristas do trigo

    3. Processo de silagem do trigo

    3.1 Distribuição e compactação nos silos

    3.2 Vantagens da silagem de trigo

    4. Depoimentos de produtores

    4.1 Redução no custo de produção

    4.2 Rotação de cultura e benefícios para o gado

    5. Conclusão

    Introdução:

    Na indústria agropecuária, a silagem de trigo está se tornando uma opção cada vez mais popular como alternativa à tradicional silagem de milho. Neste artigo, exploraremos as vantagens e benefícios do uso do trigo na alimentação do gado, além de desmistificar algumas crenças comuns sobre essa prática. Conheça os detalhes do processo de colheita e silagem do trigo, assim como depoimentos de produtores que já adotaram essa alternativa. Descubra como o trigo pode reduzir os custos de produção e fornecer uma alimentação de qualidade para os rebanhos.

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    Trigo é alternativa para alimentar rebanhos de gado

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    A maioria das pessoas conhece silagem de milho, que é um dos principais alimentos do gado de corte e de leite. Mas um outro tipo de silagem está ganhando espaço, principalmente no sul do Brasil, como uma opção de lavoura de inverno: o trigo.

    Em uma propriedade em Marmeleiro, no sudoeste do Paraná, uma ensiladeira parecida com a usada para preparo do milho colhe e mói pés inteiros de trigo. A diferença é uma adaptação feita na frente da máquina, especialmente para este outro cereal de inverno.

    A colheita não para: três caminhões se revezam e, quando um enche, logo outro já encosta ao lado. Quem colhe precisa estar em sintonia com quem dirige o caminhão.

    “Tem que ficar bem atento à carga, para valer a pena a distância até o silo e o caminhão fazer o frete cheio”, diz Sidiclei Risso, produtor de leite.

    Rissi plantou uma variedade de trigo específica para alimentação animal, diferente das usadas para fazer farinha.

    “A estrutura da planta amadurece o cacho, o grão, ou seja, juntando bastante amido para baratear o amido que você compraria para dietas animais”, afirma.

    A variedade também não tem as aristas, as hastes que saem de cada grão no trigo comum. O produtor acredita que as aristas fazem mal ao gado.

    O pesquisador e engenheiro agrônomo Osmar Comte, da Embrapa Trigo de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, diz que não há comprovação científica para isso e que é, sim, possível fazer a silagem com qualquer tipo de trigo.

    “A planta é colhida em um ponto em que a arista ainda não está seca, ela não tem resistência. Porque, depois, quando a planta atinge o estágio de maturação para ponto de colheita, aí sim a arista tem uma determinada resistência que poderia ser agressiva ou causar rejeição por parte dos animais”, explica Comte.

    “No entanto, no ponto em que se colhe silagem, a arista ainda não tem resistência e vai ser triturada, assim como toda a planta, ou seja, será cortada em, pelo menos duas ou três partes, vai para o silo, será compactada e fermentada… Portanto, quando ela sai desse processo, não tem como ela ter uma resistência que pudesse causar alguma coisa aos animais.”

    Trigo é alternativa para alimentar rebanhos de gado — Foto: Reprodução/TV TEM

    Depois de colhido, o trigo é trazido para a fazenda, onde é descarregado em silos. O primeiro passo é distribuir bem e compactar, para não ficar com ar dentro. Para isso, o trator vai e volta várias vezes sobre a massa.

    Rissi usa o trigo para silagem há seis anos e vem incentivando amigos e vizinhos a adotarem a alternativa. Segundo ele, uma das principais vantagens é a redução no custo de produção.

    “Eu estimo que eu consigo reduzir, mais ou menos, em torno de 60% o custo do volumoso produzindo trigo na propriedade em relação [ao custo que teria] se tivesse que comprar”, diz.

    Na propriedade de Ari Vicente Muller, vizinho de Rissi, 60 hectares de trigo renderam 1.200 toneladas de silagem, rendimento que agradou o criador de gado de corte. É o primeiro ano que ele investe na silagem de trigo, uma opção para substituir a silagem de milho safrinha, que no ano passado rendeu menos que essa silagem de trigo e custou muito mais – por conta do ataque de pragas como as cigarrinhas.

    “No momento, tem sido satisfatório, vamos ver o resultado no cocho, fazer esse teste e procurar uma alternativa de comida barata, de qualidade e que se encaixe na nossa realidade”, afirma Muller

    “Essa questão de plantar milho muito tempo na mesma área não é recomendada, tem que ter a rotação de cultura, então optamos pelo trigo.”

    A silagem de trigo de boa qualidade tem proteína, fibra digestível e amido no cacho, sendo benéfica ao animal. “Se o preço do leite hoje não é atrativo para a atividade, temos que fazer nossa lição bem feita da porteira para dentro”, diz Rissi.

    “É muito mais eficiente você produzir do que comprar. Como o trigo entrega muito mais do que a aveia e outros cultivares semelhantes de inverno, com certeza haverá mais adeptos.”

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    Vídeo: Trigo é alternativa para alimentar rebanhos de gado

    No sul do Brasil, uma nova opção de lavoura de inverno está ganhando espaço como alternativa para alimentar o gado de corte e de leite: o trigo. Neste vídeo, mostramos como o trigo é colhido e transformado em silagem para ser utilizado na alimentação dos animais.

    A colheita do trigo

    Em uma propriedade em Marmeleiro, no sudoeste do Paraná, uma ensiladeira especializada é utilizada para colher e moer os pés inteiros de trigo. Essa máquina passou por adaptações para poder colher esse cereal de inverno.

    Transporte e armazenamento

    A colheita do trigo não para, com três caminhões se revezando para transportar a produção para o silo. O produtor de leite Sidiclei Risso destaca a importância de estar atento ao peso da carga para garantir que o frete seja eficiente.

    Variedade específica para alimentação animal

    O trigo utilizado para a silagem é uma variedade específica voltada para a alimentação animal, diferente das variedades utilizadas para produção de farinha. Essa variedade possui maior teor de amido, o que reduz os custos com a compra de amido para as dietas animais.

    Aristas no trigo

    Alguns produtores acreditam que as aristas, que são as hastes que saem de cada grão de trigo comum, podem fazer mal ao gado. No entanto, especialistas afirmam que não há comprovação científica para isso e que é possível fazer silagem com qualquer tipo de trigo.

    Benefícios e redução de custos

    A silagem de trigo de boa qualidade possui proteína, fibra digestível e amido, sendo benéfica para a alimentação dos animais. Além disso, produtores como Sidiclei Risso afirmam que a produção de trigo na propriedade reduz os custos em cerca de 60% em comparação com a compra de volumoso.

    Vídeo: Vantagens da silagem de trigo

    Neste vídeo, destacamos as vantagens da silagem de trigo em comparação com a silagem de milho safrinha. Além de render mais toneladas por hectare, o trigo é menos suscetível a pragas, o que reduz os custos de produção.

    Substituição da silagem de milho

    A silagem de milho safrinha é comumente utilizada na alimentação dos animais, porém, sua produção está sujeita a ataques de pragas, como as cigarrinhas, o que pode comprometer a qualidade e aumentar os custos. A silagem de trigo surge como uma alternativa mais segura e econômica.

    Rotação de cultura

    A rotação de cultura é um fator importante na agricultura, pois evita o esgotamento do solo. Plantar milho por muito tempo na mesma área não é recomendado, por isso o trigo é uma opção interessante para diversificar as culturas e garantir a saúde do solo.

    Mais eficiência e produção própria

    A produção de silagem de trigo é mais eficiente do que comprar volumoso de outras fontes. O trigo entrega um maior rendimento do que a aveia e outros cultivos de inverno similares, o que motivará cada vez mais produtores a adotarem essa alternativa.

    Conclusão

    A utilização de trigo na forma de silagem como alternativa para alimentar rebanhos de gado tem se mostrado uma opção viável e vantajosa para os agricultores. Além de reduzir os custos de produção, a silagem de trigo oferece uma boa quantidade de nutrientes essenciais para a alimentação dos animais. Com isso, espera-se que cada vez mais produtores adotem essa prática e obtenham resultados positivos em suas criações de gado.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo








    Trigo é alternativa para alimentar rebanhos de gado

    A maioria das pessoas conhece silagem de milho, que é um dos principais alimentos do gado de corte e de leite. Mas um outro tipo de silagem está ganhando espaço, principalmente no sul do Brasil, como uma opção de lavoura de inverno: o trigo.

    Em uma propriedade em Marmeleiro, no sudoeste do Paraná, uma ensiladeira parecida com a usada para preparo do milho colhe e mói pés inteiros de trigo. A diferença é uma adaptação feita na frente da máquina, especialmente para este outro cereal de inverno.

    A colheita não para: três caminhões se revezam e, quando um enche, logo outro já encosta ao lado. Quem colhe precisa estar em sintonia com quem dirige o caminhão.

    “Tem que ficar bem atento à carga, para valer a pena a distância até o silo e o caminhão fazer o frete cheio”, diz Sidiclei Risso, produtor de leite.

    Rissi plantou uma variedade de trigo específica para alimentação animal, diferente das usadas para fazer farinha.

    “A estrutura da planta amadurece o cacho, o grão, ou seja, juntando bastante amido para baratear o amido que você compraria para dietas animais”, afirma.

    A variedade também não tem as aristas, as hastes que saem de cada grão no trigo comum. O produtor acredita que as aristas fazem mal ao gado.

    O pesquisador e engenheiro agrônomo Osmar Comte, da Embrapa Trigo de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, diz que não há comprovação científica para isso e que é, sim, possível fazer a silagem com qualquer tipo de trigo.

    “A planta é colhida em um ponto em que a arista ainda não está seca, ela não tem resistência. Porque, depois, quando a planta atinge o estágio de maturação para ponto de colheita, aí sim a arista tem uma determinada resistência que poderia ser agressiva ou causar rejeição por parte dos animais”, explica Comte.

    “No entanto, no ponto em que se colhe silagem, a arista ainda não tem resistência e vai ser triturada, assim como toda a planta, ou seja, será cortada em, pelo menos duas ou três partes, vai para o silo, será compactada e fermentada… Portanto, quando ela sai desse processo, não tem como ela ter uma resistência que pudesse causar alguma coisa aos animais.”

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