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Dia Internacional do Milho: Brasil pode se tornar o maior exportador mundial do cereal

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O Dia Internacional do Milho, comemorado hoje, tem um sabor especial para os produtores brasileiros. Isso porque o país está prestes a se tornar o maior exportador mundial do cereal, segundo dados da consultoria rural.

As exportações brasileiras de milho atingiram o recorde de 43,17 milhões de toneladas em 2022, mais do que dobrando em relação ao ano anterior. A expectativa é que o país exporte entre 46 e 47 milhões de toneladas de milho em 2023, consolidando-se como líder mundial do setor.

Para Fábio Pìzzamiglio, diretor da Efficienza, a expectativa positiva pode representar uma mudança de paradigma no mercado externo. “Os Estados Unidos sempre foram reconhecidos pela produção e exportação de milho, que estão presentes em toda a cultura americana. Porém, estamos vendo um crescimento significativo em nosso país, principalmente no quesito preço e qualidade de nossos produtos”, destacou o executivo.

Ainda segundo informações da consultoria de mercado, a possível liderança do Brasil como maior exportador de milho em 2023 será resultado de uma situação específica, relacionada à lentidão das exportações dos Estados Unidos e aos preços pouco competitivos do milho norte-americano. Os produtores americanos retiveram o milho e optaram por vendê-lo posteriormente, o que elevou os preços e impulsionou as exportações brasileiras nos últimos meses de 2022 e início de 2023.

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“Existem aspectos que precisam ser observados, principalmente quando se trata da questão climática, que é de grande importância para nossa agricultura. Porém, acredito nos resultados positivos”, disse Pizzamiglio.

Mas mesmo com o país na liderança, a produção de milho nos países das Américas, Brasil e Estados Unidos, apresenta perspectivas promissoras para as próximas safras, segundo relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do Departamento Nacional de Abastecimento ( Conab) do Brasil. O Brasil espera atingir uma produção de 133 milhões de toneladas de milho na safra 2023/24, com uma área a ser colhida de 22,8 milhões de hectares, representando um aumento em relação à safra anterior. A Conab também estima um aumento de 9% na produção total de milho em relação ao ano anterior, atingindo 123,7 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, a produção esperada é de cerca de 348,76 milhões de toneladas em 2023, com produtividade estimada em 181,28 sacas por hectare. Esses números indicam uma perspectiva positiva para o setor de milho nessas nações, impulsionada pelo aumento da área plantada e pelos investimentos em tecnologia e gestão agrícola.

“O preço do milho brasileiro será o grande diferencial nessa disputa com o produto norte-americano. Além disso, os esforços brasileiros em relação à qualidade e sustentabilidade dos cereais são diferenciais que farão com que nosso milho seja adquirido por mais mercados. E ainda há espaço para expansão no mercado externo”, analisa Pizzamiglio.

colheita de grãos

Além do milho, o Brasil também espera colher safras recordes de soja e algodão de sequeiro em 2023, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de soja está estimada em 147,2 milhões de toneladas, um aumento de 23,2% em relação ao ano anterior. Além disso, a safra de sorgo deve atingir a marca de 3,1 milhões de toneladas, indicando um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior, segundo dados do IBGE.

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Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que o Brasil é hoje o segundo maior player no mercado mundial de grãos, com uma participação de 19% nas exportações internacionais. Nas últimas duas décadas, as exportações brasileiras ultrapassaram 1,1 bilhão de toneladas, representando 12,6% do total exportado globalmente.

Fonte: Eficiência.

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