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Sustentabilidade é o diferencial entre os vencedores do Prêmio Mulheres do Agro • Portal DBO

    Sustentabilidade e o diferencial entre os vencedores do Premio Mulheres

    Foco em sustentabilidade e investimento em pesquisa e inovação no campo foram os diferenciais da produtora Helga Paiva, vencedora da quinta edição do Prêmio Mulheres do Agro, na categoria Grande Propriedade.

    Na gestão da Fazenda Terra Nova, em Ibiá, Minas Gerais (MG), o agricultor destina mais de 5.000 hectares para soja, milho, produção de sementes e pecuária, com intensificação de práticas agronômicas sustentáveis ​​e sequestro de carbono no solo.

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    A premiação, idealizada pela Bayer em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), aconteceu durante o segundo dia do 7º Congresso Nacional da Mulher no Agronegócio (CNMA) e reconheceu um total de nove produtores rurais nas categorias: pequeno, médio e ótima propriedade.

    Fundadora da fazenda, junto com seu irmão, Helga busca melhorar sua produção, por meio de testes e diferentes práticas de manejo no campo, como o uso de rotação de culturas, plantio de cobertura e agricultura de precisão.

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    Foto: Divulgação

    “Estou sempre estudando para melhorar nossa eficiência produtiva e otimizar os recursos naturais da propriedade. Na fazenda, disponibilizamos áreas para o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para uma agricultura mais sustentável, por meio de parcerias com instituições privadas, tanto multinacionais quanto empresas regionais, além da Embrapa e universidades”conta.

    Com inovação ligada à sustentabilidade no campo, a Helga adotou um sistema de geração própria de energia solar fotovoltaica e passou a utilizar um método de captação e reaproveitamento da água da chuva.

    Além disso, o produtor também participa do programa PRO Carbono, iniciativa da Bayer voltada para agricultores que desejam ampliar seu potencial produtivo e aumentar o sequestro de carbono no solo, por meio da intensificação de práticas agronômicas sustentáveis.

    VEJA TAMBÉM | Mulheres agricultoras lutam pela liderança na sucessão familiar

    O primeiro lugar na categoria de médios imóveis também veio de Minas Gerais. A cafeicultora Mariana Heitor, assim como Helga, tem a sustentabilidade e o uso de tecnologias em sua produção como os principais pilares para alavancar a produtividade e a qualidade de seu produto.

    À frente da Fazenda Reserva Heitor, o produtor produz, em média, 6 mil sacas de café por safra, em 150 hectares. “Deixamos de usar fertilizantes químicos e esse foi um dos principais fatores que contribuíram para nossa classificação como carbono neutro”, diz Mariana. Hoje, o fertilizante utilizado pelo produtor é totalmente orgânico, feito com resíduos próprios e dos vizinhos.

    Sob a gestão de Mariana, a produção de café da Fazenda Reserva Heitor, fundada por seus pais há 28 anos, é reconhecida no Brasil e em outros países: além de contar com clientes renomados do setor como Starbucks, Nescafé e Nespresso, o produtor tem já exportado para países como Reino Unido, Japão, Austrália e Grécia. O cafeicultor, que morava em São Paulo, mudou-se para Minas Gerais em 2009 para iniciar o processo de sucessão familiar.

    portaldbo mariana
    Foto: Divulgação

    Outro diferencial da gestão de Mariana é a preocupação com o desenvolvimento de seus colaboradores. “Temos uma consultoria de formação focada na melhoria das competências de liderança, pertença e inteligência emocional”explica.

    Além disso, com o objetivo de conscientizar as futuras gerações para que se preocupem mais com a sustentabilidade, o agricultor recebe anualmente 120 crianças para palestras e passeios pelas trilhas nas reservas e plantações locais.

    A produção de café sustentável e de baixo carbono também ficou em primeiro lugar na categoria de pequenos produtores. Juliana Rezende, responsável pela Fazenda Santa Bárbara, localizada em Monte Carmelo, Minas Gerais, desde 2015, formou-se em farmácia, mas foi na cafeicultura que ela se encontrou. Um de seus maiores desafios ao assumir a propriedade foi conhecer a safra, entender que tipo de bebida a fazenda produzia e as exigências do mercado.

    Hoje, a Fazenda Santa Bárbara produz 1.500 sacas de café por safra e tem a meta de 3.000 até 2024. O produtor conta que, com a ajuda de seus colaboradores, foram criados diversos projetos voltados para uma gestão mais sustentável.

    Entre eles estão o River Friends, que visa o uso inteligente da água, o Love Bee, que multiplica a produção de abelhas nativas, e o Café Trees, para medir a pegada de carbono do local.

    portaldbo juliana
    Foto: Divulgação

    “Nosso maior desafio foi encontrar parceiros que acreditassem em nossos projetos. Estamos muito preocupados não só em aplicar práticas sustentáveis ​​em nossa fazenda, mas também na região como um todo. Além dos projetos já citados, mapeamos a fauna local com câmeras a fim de melhorar o ecossistema dos animais residentes e visitantes da propriedade”. lembra Juliana.

    Registro de registro – Em 2022, o Prêmio Mulheres do Agro completa 5 anos com recorde no número de inscrições desde sua primeira edição, totalizando 210 mulheres inscritas, um aumento de 53% em relação a 2021.

    Desde sua criação, em 2018, mais de 900 mulheres contaram suas histórias por meio da iniciativa, que reconheceu o trabalho de 45 agricultores e pecuaristas de diversas regiões do Brasil.

    Isabela Fagundes, Especialista em Comunicação Corporativa da Bayer no Brasil, diz que a importância do Prêmio Mulheres do Agro está em reconhecer e ampliar o trabalho dos produtores rurais.

    “Há cinco anos, histórias de impacto e força, com foco em sustentabilidade e inovação, tomaram conta do meio rural e deram voz ao protagonismo feminino na agricultura. Cada entrada tem uma trajetória inspiradora que mostra como as mulheres fazem a diferença no agronegócio brasileiro”reforça.

    Para Gislaine Balbinot, diretora executiva da Abag, a premiação reflete a relevância do trabalho dos produtores rurais para o engrandecimento e posicionamento do agronegócio brasileiro globalmente.

    “Por isso, a cada edição recebemos um número maior de mulheres inscritas. Eles desempenham um papel importante para o nosso setor, que atualmente enfrenta o desafio de dar uma forte contribuição para a redução da insegurança alimentar no mundo. Este reconhecimento é uma forma de homenagear cada mulher que trabalha no campo, na agroindústria, na pesquisa agropecuária e na universidade”Destaques.

    Conheça as vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro 2022

    grande propriedade

    1º lugar — Helga França de Paiva, Ibiá (MG)

    2º lugar — Mariza Stuani de Almeida, Formosa (GO)

    3º lugar — Andréia Cervo Stefanello, Campo Novo do Parecis (MT)

    propriedade média

    1º lugar — Mariana Heitor, Patos de Minas (MG)

    2º lugar — Teresa Márcia Morais, Barretos (SP)

    3º lugar — Marli Scheifer, Ipiranga (PR)

    pequena propriedade

    1º lugar — Juliana Rezende Mello, Monte Carmelo (MG)

    2º lugar — Rayssa de Queiroz, João Pessoa (PB)

    3º lugar — Christiane Morais, Barretos (SP)

    Fonte: Ascom Bayer

    Fonte: Portal DBO